Garanto que o gato não desiste.
Quando a Ísis vem pró computador,
para me tirar de lá, ela insiste,
teimosa, obstinada, sem pudor.
Por mais que eu a reponha no chão,
ela volta como se nada fosse:
“Este palerma deste sabichão
não pense que, por mais que se desosse,
me impede de fazer o que quero:
de nos reporem no chão não se morre
e ganho sempre neste quero-quero”,
diz a Ísis que, obstinada, corre
e vem deitar-se em cima do meu texto,
dele não saindo, a qualquer pretexto!
07.03.2023
Eugénio Lisboa
Este
soneto é para todos os meus gatos, vivos, mortos, amigos, conhecidos e
adjacentes. E mais alguns, de que me tenha esquecido.
Quando a Ísis vem pró computador,
para me tirar de lá, ela insiste,
teimosa, obstinada, sem pudor.
ela volta como se nada fosse:
“Este palerma deste sabichão
não pense que, por mais que se desosse,
de nos reporem no chão não se morre
e ganho sempre neste quero-quero”,
e vem deitar-se em cima do meu texto,
dele não saindo, a qualquer pretexto!
07.03.2023
Eugénio Lisboa
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