Olhar fixo
nos ecrãs, silêncio, respiração suspensa e, momentos depois, uma explosão de
alegria, aplausos e abraços entre os cientistas do Jet Propuslion Laboratory
(JPL) de Psadena (na Califórnia).
O robô
Curiosity chegou a Marte às 05.31 TMG (06.31 de Lisboa). "O contacto está
confirmado", anunciou um membro da missão de controlo, no laboratório,
situado a leste de Los Angeles.
Esta aterragem no Planeta
Vermelho era especialmente importante para os cientistas. A história das
missões a Marte está recheada de falhanços. Desde 1960, das 39 missões que se
realizaram, 26 falharam, muitas delas mal saíram da Terra. Não é por acaso que
o planeta é conhecido como um cemitério de sondas.
Pouco depois da aterragem o robô enviou uma primeira fotografia, com uma definição
descrita como impressionante, o que suscitou uma segunda explosão de alegria
por parte da equipa.
O robô (um Rover) foi programado ao pormenor pela agência espacial
norte-americana NASA para descer e aterrar na cratera Gale. O local foi
escolhido para se procurarem sinais que mostrem que, no passado, houve
condições ambientais que sustentassem vida microscópica.
Mitch Schulte, cientista da NASA, disse à BBC que este é “mais um passo em
frente na exploração do nosso sistema solar... Este é o próximo grande passo”.
O perito espera agora que seja possível descobrir se “houve condições
favoráveis em Marte para que a vida tenha existido ali”.
O Curiosity é um laboratório andante de seis rodas, com dez instrumentos
científicos. Mede três metros de comprimento e 2,8m de largura, uma altura
máxima de 2,1 metros e um braço para fazer experiências. Tem 899 quilos: em
comparação, o Opportunity, o Rover da NASA da geração anterior, que há mais de
oito anos rola pela paisagem marciana, pesa menos de um quarto.
Com um orçamento de 2,5 mil milhões de dólares (dois mil milhões de euros), a
missão Curiosity deverá durar dois anos.
Barack Obama já reagiu a esta aterragem afirmando que se trata de uma “façanha
tecnológica sem precedentes”, declarou hoje cedo o Presidente americano. “A
aterragem com sucesso do Curiosity - o mais avançado laboratório a pousar
noutro planeta - constitui uma façanha tecnológica sem precedentes que
permanecerá como um marcador do orgulho nacional no futuro”, indicou Obama em
comunicado.
Reveja a aterragem do robô através de uma simulação feita pela NASA." Fonte : DN e Público.
... Mesmo já sem o impulso e o furor dos anos sessenta, a pesquisa de outros mundos, outros planetas prosegue... Importante!
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