“Eu estava habituada a vir para casa com um velho amigo
Que me punha a mão nos ombros. Eu raramente tropeçava
Porque dele irradiava o calor das macieiras e a paz das
Tílias. Era a árvore dos meus passos. E, regressando a casa,
Regressava à Paisagem que humana me fazia.”
Que me punha a mão nos ombros. Eu raramente tropeçava
Porque dele irradiava o calor das macieiras e a paz das
Tílias. Era a árvore dos meus passos. E, regressando a casa,
Regressava à Paisagem que humana me fazia.”
Maria Gabriela Llansol,"O começo de um livro é precioso", Assírio & Alvim,2003
"UM DIA DE FULGOR "- Colóquio Internacional Maria Gabriela Llansol (1931-2008)
Falecida em 2008, a escritora portuguesa Maria Gabriela Llansol deixou uma obra publicada e um espólio a editar, depositado no Espaço Llansol, em Sintra, Portugal. O seu projecto literário, de original radicalidade, apresenta novos caminhos para o romance na contemporaneidade, esfumando fronteiras entre géneros, áreas do saber e domínios do humano. A obra tem atraído a atenção de estudiosos e escritores do Brasil, de Portugal e de outros países da Europa.
Para comemorar a passagem dos 80 anos de nascimento da autora, o Colóquio reunirá críticos portugueses e brasileiros para falar sobre a sua obra que, pela primeira vez, será publicada no Brasil, atendendo a uma crescente demanda de leitores. Promovido pelo NEPA – Núcleo de Estudos de Literatura Portuguesa e Africana, o evento ocorrerá no dia 18 de Outubro, no Instituto de Letras da Universidade Federal Fluminense, em Niteroi ( Brasil), a partir das 7h.
Agregadas ao colóquio serão realizadas também outras actividades. Haverá três conferências na UFF e um congresso na UNESP. Além disso, a editora Autêntica lançará no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, a trilogia dos diários “Um Falcão no Punho”, “Finita” e “Inquérito às Quatro Confidências”.
17 de Outubro.
João Barrento, «A máquina metafórica: poetas traduzem poetas (de Pessoa a Llansol)
Maria Etelvina Santos, «O espólio de M. G. Llansol: apresentação, perspectivas de pesquisa, caminhos particulares»
João Barrento, «A máquina metafórica: poetas traduzem poetas (de Pessoa a Llansol)
Maria Etelvina Santos, «O espólio de M. G. Llansol: apresentação, perspectivas de pesquisa, caminhos particulares»
18 de Outubro:
Intervenções de João Barrento, Maria Etelvina Santos e Maria Carolina Fenati (do Espaço LLansol)
Intervenções de João Barrento, Maria Etelvina Santos e Maria Carolina Fenati (do Espaço LLansol)
19 de Outubro:
«João Barrento; Llansol e a questão da poesia»
«João Barrento; Llansol e a questão da poesia»
Ler mais em : um dia de fulgor
Prémio Literário Planeta
O escritor espanhol Javier Moro, foi galardoado com o Prémio Planeta com um romance sobre o Imperador Pedro I do Brasil (D. Pedro IV de Portugal) que tem como título “El Imperio eres Tu”. O prémio, com o valor de 600 mil euros, foi instituído por aquela editora espanhola há mais de sessenta anos , tendo como alvo obras escritas em espanhol.
Segundo a agência EFE, Javier Moro disse sobre o livro: "Conta uma fase da longa história da luta do homem pela liberdade, mais concretamente do primeiro imperador do Brasil, Pedro I, que forjou a independência da primeira nação".Comentou ainda que a personagem "é uma das mais surpreendentes, pitorescas e originais". O júri era composto por Alberto Blecua, Ángeles Caso, Juan Eslava Galán, Pere Gimferrer, Carmen Posadas, Rosa Regàs e Carlos Pujol.
Em Portugal , Moro tem publicadas algumas obras como “O Sari Vermelho” da Editora Planeta e “Uma Paixão Indiana” da Editora Caderno.
Inma Chácon foi a outra finalista deste prémio com o romance “Tempo de Arena”.
Os livros de Outubro
A Editora D.Quixote lançou a 10 de Outubro, um outro romance de Philip Roth, "Némesis". Ontem, (17 Outubro),colocou nas livrarias "O Peregrino Secreto" de John le Carré e a 30 de Outubro lança o novo romance de Alan Hollinghurst, "O Filho do Desconhecido", que foi nomeado para o Man Booker Prize 2011.
O Peregrino Secreto – John le Carré
Sinopse:«Derrubado o Muro de Berlim, está aberta a Cortina de Ferro. O Peregrino Secreto é Ned, um agente leal e honesto do período da Guerra Fria, que fez parte dos Serviços Secretos britânicos durante toda a vida. Agora, no final da sua carreira, tem por tarefa formar uma nova geração de espiões. No jantar de fim de curso, é arrastado para uma viagem sentimental através da sua própria vida, desde o recrutamento à iminente aposentação. O resultado é uma deslumbrante série de episódios – em parte cómicos, em parte líricos, em parte trágicos –, cada um deles constituindo um marco ao longo do percurso deste “peregrino secreto”.»
Sinopse:«Derrubado o Muro de Berlim, está aberta a Cortina de Ferro. O Peregrino Secreto é Ned, um agente leal e honesto do período da Guerra Fria, que fez parte dos Serviços Secretos britânicos durante toda a vida. Agora, no final da sua carreira, tem por tarefa formar uma nova geração de espiões. No jantar de fim de curso, é arrastado para uma viagem sentimental através da sua própria vida, desde o recrutamento à iminente aposentação. O resultado é uma deslumbrante série de episódios – em parte cómicos, em parte líricos, em parte trágicos –, cada um deles constituindo um marco ao longo do percurso deste “peregrino secreto”.»
Némesis – Philip Roth
Sinopse:«No “calor demolidor da Newark equatorial” grassa uma epidemia aterradora que ameaça de mutilação, paralisia, incapacidade irreversível e mesmo de morte as crianças de Nova Jérsia. É este o tema surpreendente e lancinante do novo livro de Philip Roth: uma epidemia de poliomielite em tempo de guerra, no Verão de 1944, e o efeito que tem sobre uma comunidade de Newark, coesa e assente nos valores da família, e nomeadamente sobre as suas crianças.»
Sinopse:«No “calor demolidor da Newark equatorial” grassa uma epidemia aterradora que ameaça de mutilação, paralisia, incapacidade irreversível e mesmo de morte as crianças de Nova Jérsia. É este o tema surpreendente e lancinante do novo livro de Philip Roth: uma epidemia de poliomielite em tempo de guerra, no Verão de 1944, e o efeito que tem sobre uma comunidade de Newark, coesa e assente nos valores da família, e nomeadamente sobre as suas crianças.»
O Filho do Desconhecido – Alan Hollinghurst
Sinopse:«No final do Verão de 1913, nas vésperas da Grande Guerra, o jovem poeta aristocrata Cecil Valance passa um fim-de-semana em “Dois Acres”, a casa da família do seu amigo e colega de Cambridge, George Sawle. São dias intensos para todos, mas é em Daphne, irmã de George, que o seu impacto será mais duradouro, pois Cecil escreve-lhe um poema que virá a tornar-se num marco para toda uma geração.
Tendo como pano de fundo um século da vida britânica, "O Filho do Desconhecido" é um retrato envolvente de uma Inglaterra em constante mutação, um romance sobre o poder duradouro do desejo e a forma como o coração cria as suas próprias lendas.»
Sinopse:«No final do Verão de 1913, nas vésperas da Grande Guerra, o jovem poeta aristocrata Cecil Valance passa um fim-de-semana em “Dois Acres”, a casa da família do seu amigo e colega de Cambridge, George Sawle. São dias intensos para todos, mas é em Daphne, irmã de George, que o seu impacto será mais duradouro, pois Cecil escreve-lhe um poema que virá a tornar-se num marco para toda uma geração.
Tendo como pano de fundo um século da vida britânica, "O Filho do Desconhecido" é um retrato envolvente de uma Inglaterra em constante mutação, um romance sobre o poder duradouro do desejo e a forma como o coração cria as suas próprias lendas.»
Nova Delegação da Fundação Gulbenkian em França
Exposição Transformed Land, comissariada por Sérgio Mah, marca o início da programação.
A nova delegação da Fundação Gulbenkian em Paris abriu ao público no dia 17, no Boulevard de la Tour Maubourg, 39, na zona dos Invalides, num espaço remodelado e adaptado às necessidades de um moderno centro. O novo edifício, datado de 1869, está localizado nos Invalides, dispondo de cerca de 1.900 metros quadrados, distribuídos por cinco andares e uma cave. Criado por Teresa Nunes da Ponte, o projecto de adaptação do espaço contempla uma área expositiva com cerca de 240 metros quadrados, e uma sala polivalente com 140 lugares para a realização de colóquios e conferências. A biblioteca é dotada das mais modernas tecnologias, sendo suficientemente ampla para acolher o seu valioso acervo de 90.000 livros, dispondo de uma zona de livre acesso de cerca de 240 metros quadrados, com mais de 11.000 títulos já disponíveis. Para além de uma zona de leitura dispõe, ainda, de uma zona multimédia.
No dia da abertura do novo espaço, é inaugurada também a exposição de fotografia Transformed Land, comissariada por Sérgio Mah, com trabalhos de artistas como Tacita Dean, Filipa César ou Claudia Angelmeier.
Desde 1965 que a Fundação desenvolvia as suas actividades na antiga residência de Calouste Gulbenkian, no nº 51 da Avenue d’Iéna. Este centro desempenhou um papel fundamental ao longo de mais de quatro décadas, no quadro das relações luso-francesas, e a sua biblioteca tornou-se entretanto a maior e mais importante biblioteca de língua portuguesa fora de Portugal e do Brasil. Apesar do valor simbólico do palacete da Avenue d’Iéna, tornou-se necessário procurar um novo local, mais preparado para as exigências da actividade cultural contemporânea e com capacidade para acolher, em boas condições, a volumosa biblioteca. O novo espaço da Boulevard de la Tour Maubourg pretende continuar o trabalho realizado nas últimas quatro décadas, aproveitando o capital acumulado, contribuindo para o processo de debate e reflexão actualmente em curso sobre uma sociedade em mudança. E-News Gulbenkian
A nova delegação da Fundação Gulbenkian em Paris abriu ao público no dia 17, no Boulevard de la Tour Maubourg, 39, na zona dos Invalides, num espaço remodelado e adaptado às necessidades de um moderno centro. O novo edifício, datado de 1869, está localizado nos Invalides, dispondo de cerca de 1.900 metros quadrados, distribuídos por cinco andares e uma cave. Criado por Teresa Nunes da Ponte, o projecto de adaptação do espaço contempla uma área expositiva com cerca de 240 metros quadrados, e uma sala polivalente com 140 lugares para a realização de colóquios e conferências. A biblioteca é dotada das mais modernas tecnologias, sendo suficientemente ampla para acolher o seu valioso acervo de 90.000 livros, dispondo de uma zona de livre acesso de cerca de 240 metros quadrados, com mais de 11.000 títulos já disponíveis. Para além de uma zona de leitura dispõe, ainda, de uma zona multimédia.
No dia da abertura do novo espaço, é inaugurada também a exposição de fotografia Transformed Land, comissariada por Sérgio Mah, com trabalhos de artistas como Tacita Dean, Filipa César ou Claudia Angelmeier.
Desde 1965 que a Fundação desenvolvia as suas actividades na antiga residência de Calouste Gulbenkian, no nº 51 da Avenue d’Iéna. Este centro desempenhou um papel fundamental ao longo de mais de quatro décadas, no quadro das relações luso-francesas, e a sua biblioteca tornou-se entretanto a maior e mais importante biblioteca de língua portuguesa fora de Portugal e do Brasil. Apesar do valor simbólico do palacete da Avenue d’Iéna, tornou-se necessário procurar um novo local, mais preparado para as exigências da actividade cultural contemporânea e com capacidade para acolher, em boas condições, a volumosa biblioteca. O novo espaço da Boulevard de la Tour Maubourg pretende continuar o trabalho realizado nas últimas quatro décadas, aproveitando o capital acumulado, contribuindo para o processo de debate e reflexão actualmente em curso sobre uma sociedade em mudança. E-News Gulbenkian
A Literatura avança, os premiados aumentam em número, a ficção antecipa-se, porém a realidade será sempre muito maior, mais surpreendente, mas danosa, mais terrífica, mais dolorosa... - V. P.
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