domingo, 11 de fevereiro de 2024

Ao Domingo Há Música


É o pau, é a pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba no campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o Matita-Pereira

É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento vetando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira

É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho
(...)
Pau, erda
Im, inho
Esto, oco
Oco, inho
Aco, idro
Ida, ol
Oite, orte
Aço, zol
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
Composição Tom Jobim

Numa época carnavalesca, minada  por tragédias naturais e  pelas insanas e cruéis guerras que  eclodem no mundo, fomos ao baú da musicalidade para (re)fruir o ritmo que veio do Brasil e deu  forma ao Carnaval.
Elis Regina & Tom Jobim, em  Águas de Março , 1974.
 
Elis Regina & Adoniran Barbosa, em  Tiro ao Álvaro.
   
 Jorge Ben e Gal Costa, em  Que pena.
 

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