"A certeza de que chegando fevereiro, numa cidade portuguesa à beira do Atlântico, pelo menos durante uma semana, um pedaço de Utopia é possível", são palavras de Lídia Jorge, mas podiam ser de qualquer pessoa que já viveu o espírito do Correntes d'Escritas... um festival que todos sentimos como nosso.
E é com este espírito que se anuncia a chegada da 25.ª edição do Correntes d’Escritas, com mais de uma centena de escritores de diferentes geografias de línguas hispânicas e portuguesas. Ao todo, são 120 autores convidados, de 16 nacionalidades diferentes, com realce para dois Prémios Camões – Hélia Correia (2015) e Germano Almeida (2018) – entre muitos outros premiados neste que é considerado o verdadeiro ponto de encontro anual de escritores de expressão Ibérica.
Apesar de a abertura oficial do Correntes d’Escritas estar apenas reservada para a manhã de dia 21 de fevereiro, onde serão anunciados no Casino da Póvoa os vencedores dos prémios literários deste ano, o nosso festival começou a fazer sentir-se pela cidade já a partir deste fim-de-semana.
Como tem sido habitual, as ruas da Póvoa de Varzim vão encher-se de arte e literatura, através da iniciativa “vozes transeuntes nas ruas da poesia“, que decorreu no Mercado Municipal. Começou às 10h30 de sábado, com as declamações e interpretações de Alexandre Sá, Isaque Ferreira, João Rios, Renato Filipe Cardoso e Rui Spranger.
Pela mesma hora deste sábado, haverá a abertura da Exposição de fotografia do projeto de arte comunitária, de Elisa Ochoa – fotografias de Rui Ochoa, no Mercado Municipal. Mais tarde, às 12h00, na Sala Principal do Cine-Teatro Garrett, terá lugar a apresentação do documentário de Henrique Pina, no âmbito da Residência Artística de Elisa Ochoa, Memórias da Ruralidade, seguida de conversa com alguns dos seus protagonistas.
Sem comentários:
Enviar um comentário