SONETO
DO MUITO MORRER
Morre-se agora muito, à nossa volta,
e não é só na guerra que se morre.
Não é só a guerra que nos escolta
para sítios de onde nunca se recorre.
Morre-se de cancro e de covide,
destroem-nos abruptos avêcês
e todo o bicho que em nós reside,
venha de fora ou seja português.
Certo é que se morre por todo o lado,
sem conta nem medida, loucamente,
restando-nos este mundo empestado,
sala de espera da morte iminente,
mas que demora muito a chegar,
para tudo isto, enfim, apagar.
11.04.2022
Eugénio Lisboa
Morre-se agora muito, à nossa volta,
e não é só na guerra que se morre.
Não é só a guerra que nos escolta
para sítios de onde nunca se recorre.
Morre-se de cancro e de covide,
destroem-nos abruptos avêcês
e todo o bicho que em nós reside,
venha de fora ou seja português.
Certo é que se morre por todo o lado,
sem conta nem medida, loucamente,
restando-nos este mundo empestado,
sala de espera da morte iminente,
mas que demora muito a chegar,
para tudo isto, enfim, apagar.
11.04.2022
Eugénio Lisboa
Sem comentários:
Enviar um comentário