Nas guerras há matar e há matar:
antigamente matava-se menos
e morria-se, sim, mas devagar,
sendo as mortes todas de somenos.
mata-se velho, mulher e criança:
distinguir quem se mata não interessa,
é só perder tempo enquanto se avança.
O estupro de velhas, novas, crianças,
faz parte do terror organizado:
foi tudo pensado e mesmo as vinganças
são parte dum projecto meditado.
Na guerra nada fica ao acaso,
há só que arrasar bem e sem atraso.
18.04.2022
Eugénio Lisboa
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