No antigo império dos romanos,
quando os bárbaros estavam à porta,
faziam-se contas aos desenganos,
o esplendor imperial, letra morta.
Quando um grande império se desmorona,
o esplendor da queda é grandioso,
mesmo se todo o lixo vem à tona,
em sinistro desastre aparatoso.
Os impérios nascem e também morrem
e, no meio, vivem, tenebrosos:
os impérios, sem vergonha, percorrem
cursos ardilosos e criminosos.
Há, neles, uma luz bela e trágica
que antevê uma ruína mágica!
21.04.2022
Eugénio Lisboa
quando os bárbaros estavam à porta,
faziam-se contas aos desenganos,
o esplendor imperial, letra morta.
o esplendor da queda é grandioso,
mesmo se todo o lixo vem à tona,
em sinistro desastre aparatoso.
e, no meio, vivem, tenebrosos:
os impérios, sem vergonha, percorrem
Há, neles, uma luz bela e trágica
que antevê uma ruína mágica!
21.04.2022
Eugénio Lisboa
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