Quando se nomeia Eugénio Lisboa surge de imediato o vulto do credenciado e exímio ensaísta e do crítico literário de excelência. Laborioso conhecedor e devotado intérprete de vasta poesia e de incontáveis obras literárias, tem produzido , ao longo de décadas, páginas preciosas e únicas para estudo da Literatura Universal. Aprendemos e extasiamo-nos com as descobertas que nos faz desvendar. A Literatura deixa de ser apenas um aglomerado de obras para ser, em cada registo eugeniano, a obra. A luminosidade que lhe vem do saber acumulado e do gosto profundo pela leitura tem o poder de nos contagiar, numa contaminação compulsiva e duradoura. A palavra é nele uma ferramenta que manuseia com perícia e mestria. Resistir à escrita de Eugénio Lisboa é um acto impossível. Há uma sedução que nos prende e um glamour que nos deslumbra, embora como homem da ciência inclua no discurso a clareza, o rigor e a precisa medida. É nesse habitat festivo e lúcido que a escrita de Eugénio Lisboa vive para nos encantar.
Os recentes volumes publicados das suas memórias, "Acta est Fabula", são um hino à arte da escrita e a afirmação de que é mestre em qualquer género literário. Obra de um riquíssimo fôlego narrativo vem demonstrar que não há géneros nobres ou menores em Literatura. Com estes três volumes de memórias e um próximo no prelo, Eugénio Lisboa dá uma lição àqueles que menorizam a escrita autobiográfica. O Grande Prémio de Literatura Biográfica 2012/2013, da Associação Portuguesa de Escritores (APE), que foi atribuído ao volume I de Acta est Fabula é apenas um sinal da grandeza deste projecto memorialístico de Eugénio Lisboa. Com ele fica registado o caminho, o pulsar de uma criança de um bairro humilde da extinta Lourenço Marques ( Moçambique) que se transformou num dos maiores intelectuais portugueses da actualidade. Através desse percurso , vislumbra-se a História Cultural dos séculos XX e XXI. Repositório de uma intensa diáspora , esta obra constrói-se de diferentes memórias onde a pátria é o lugar ou lugares que só Eugénio Lisboa pôde escolher. E nessa escolha está a dimensão humanista e universal deste escritor e a irrecusável opção de fazer nossa esta "Acta est Fabula".
Os recentes volumes publicados das suas memórias, "Acta est Fabula", são um hino à arte da escrita e a afirmação de que é mestre em qualquer género literário. Obra de um riquíssimo fôlego narrativo vem demonstrar que não há géneros nobres ou menores em Literatura. Com estes três volumes de memórias e um próximo no prelo, Eugénio Lisboa dá uma lição àqueles que menorizam a escrita autobiográfica. O Grande Prémio de Literatura Biográfica 2012/2013, da Associação Portuguesa de Escritores (APE), que foi atribuído ao volume I de Acta est Fabula é apenas um sinal da grandeza deste projecto memorialístico de Eugénio Lisboa. Com ele fica registado o caminho, o pulsar de uma criança de um bairro humilde da extinta Lourenço Marques ( Moçambique) que se transformou num dos maiores intelectuais portugueses da actualidade. Através desse percurso , vislumbra-se a História Cultural dos séculos XX e XXI. Repositório de uma intensa diáspora , esta obra constrói-se de diferentes memórias onde a pátria é o lugar ou lugares que só Eugénio Lisboa pôde escolher. E nessa escolha está a dimensão humanista e universal deste escritor e a irrecusável opção de fazer nossa esta "Acta est Fabula".
Poeta singular, a par da sua imensa e variada obra, tem publicados dois livros de Poesia: Matéria Intensa,1985, Prémio Poesia Cidade de Lisboa, e O Ilimitavel Oceano, 2001.
A poesia é, de facto, o fruto/de um silêncio que sou eu, sois vós,/por isso tenho que baixar a voz /porque, se falo alto, não me escuto. Palavras sábias do poeta brasileiro Ferreira Gullar que respeitarei para dar voz a Eugénio Lisboa, em dois magníficos registos sobre poesia. O primeiro extraído do livro "As vinte e cinco notas do texto" e o segundo da sua obra em dois tomos, " Índicíos de Oiro II".
Eugénio Lisboa |
"Tenho cada vez mais dificuldade em falar de poesia, sobretudo quando ela é grande poesia (o caso deste livro de Néjar) , isto é , quando se situa naquela feliz e inquietante zona de ambiguidade entre a fala e o silêncio, entre o que diz e o que é, entre o que se lança no papel e o que se guarda nas gavetas do indizível. Por outras palavras , compreendo cada vez melhor ( com angústia, com má consciência, com alegria, com ironia e com medo) as palavras turvamente luminosas de Claudel: " O mon âme! le poëme n'est point fait de ces lettres que je plante comme des clous, mais du blanc qui reste sur le papier". Sinto cada vez mais que se fala a pretexto de, à volta de, que se profana com a tepidez dos nossos comentários um tanto estéreis , essa extrema corda tensa que é um poema (" Ça a toujours kékechose d'extrème/ un poème", dizia Raymond Queneau, numa das suas fulgurações sulfuricamente " cocasses"). Álvaro de Campos, que era um heterónimo de outro heterónimo chamado Fernando Pessoa-ele-mesmo, costumava duvidar de que houvesse " grandes poetas neste mundo fora do silêncio dos seus corações". Que dizer dos críticos desses poetas , tecendo comentários sobre um silêncio reluntantemente quebrado e esticando, afinal de contas, uma corda mais flácida ( Sê-lo-á?). A poesia de Carlos Nejar não vem diminuir , vem, pelo contrário, acentuar a minha perplexidade. E o seu último livro , Os Viventes ( este cujo pudor violamos), com toda a sua invasora necessidade discursiva de testemunhar ( " Vai , transeunte, contar em Lacedemónia...), com toda a sua densidade dura e compacta , com toda a sua retórica contida e cantada, a um tempo presa e desencadeada, com todo o seu apetite de dizer sibilinamente minado por uma vontade ainda mais forte de ser poema, sublinha ainda mais as interrogações milenárias que a poesia levanta.
(...) A música é sempre , em última análise, mesmo quando se esconde e disfarça, a componente vital da grande poesia. Os testemunhos , mesmo dos tempos mais chegados, abundam, desde Verlaine (" De la musique avant toute chose"), até Ezra Pound ( " Music rots when it gets too far from the dance . Poetry atrophies when it gets too far from music"). O canto preserva e redime. Pela via do canto , " o nada"/é da mesma flor/ que tudo." Por isso informa, com simplicidade e orgulho:
Me procuram
na cintura
deste canto.
E aludindo à dor, diz distanciando-se
Não fico nela,
quando existe o canto.
quando existe o canto.
Arte poética, portanto, destinada a durar. Música ao serviço de um falar poético que é um compromisso feliz entre a nossa eliotiana conversa de todos os dias e aquele " falar de certo modo como que acima de uma boca mortal", que Ben Jonson sugeria que a poesia deveria ser. E também um pacto entre um enorme e obstinado esforço e um resultado às vezes miraculoso:
és tua própria promessa,
és tua própria fadiga.
Londres, Janeiro de 1979 ( Eugénio Lisboa,in As Vinte E Cinco Notas Do Texto, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1987)
Estocolmo |
"Em Dezembro de 1976, saí definitivamente de África, rumo à Suécia, via Lisboa .(...) A neve, o conforto, a calma – eu ia dizer: a apatia – de tal modo contrastavam com os tempos de vida, calor, criação e perigo que vinha de viver, que corria claramente o risco de me esquecer de toda uma parte importante da minha vida. A vivência desse contraste violento e a consciência dolorosa e forte desse iminente esquecimento desencadearam em mim uma vontade irresistível de registar, de imediato, tudo isso: Podia, eventualmente, desaparecer, em mim, dentro de mim, mas o texto ficaria para outros. Mesmo que eu próprio, que tão fortemente o vivera, mais tarde, ao lê-lo, já o não reconhecesse, ou o não reconhecesse com toda a força e evidência que em mim tivera, no momento de o viver – e de o escrever.
Que forma dar-lhe?, foi a pergunta que a mim próprio fiz. Uma carta a um amigo? Uma página de diário? Um pequeno ensaio? Um conto? Mais ambiciosamente: um romance? Um poema? Logo se impôs, como quase inevitável, a ideia de um poema; com a sua linguagem concentrada, intensa, alusiva, metafórica, um pouco (mas só um pouco) enigmática, de algo que se vela mesmo quando se desvela, opaco e transparente, provocador e sedutor. E logo me ocorreu um personagem com quem convivera em Moçambique e que, para mim, personificava esse mundo de “húmida, vegetal espessura” de que vinha para a “neve que faz mal”: José Craveirinha, de quem fora (e ainda sou) amigo, com quem conversara quase quotidianamente e sobre quem escrevera (e, na Voz de Moçambique, publicara o primeiro texto de fundo que, sobre a sua poesia se publicou). Craveirinha seria a referência, a imagem humana que me sustentaria na elaboração do poema e, mais ostensivamente, aquele a quem o poema seria dedicado para que melhor se descodificasse, no poema, o sentido um pouco secreto.
No mesmo momento em que tudo isto congeminava, lia, um pouco ao acaso, textos de Pessoa recolhidos por David Mourão-Ferreira no livro O Rosto e as Máscaras. Muito em particular, o poema “O último sortilégio”, de que um ou outro verso serviu, para mim, de motor de arranque. Pessoa perturba-me, às vezes repele-me, mas frequentemente estimula-me. Quem tem um verso (que provoca) e uma vontade irresistível de “fixar” qualquer coisa – tem um poema. A angústia de ter de escrever que precede o acto de realmente escrever começou a ser rapidamente substituída pela convicção (forte) de que o poema estava garantido. Uns versos propiciadores (ou fracções de versos) – os de Pessoa -, uma vivência forte e quase intolerável que se não podia perder nas fragilidades da memória, uma referência aglutinadora e simbólica (José Craveirinha), eis os principais fermentos de que dispunha para consumar a alquimia do poema. Enquanto o não realizasse não teria paz. A neve de um lado a e a verde espessura do outro criavam um diferencial propiciador que o medo do esquecimento (obliteração) ajudava a mover-se em direcção ao poema. Começava a sentir-me melhor, por outras palavras, quase indiscretas, começava a sentir que estava quase salvo. Certas palavras começaram a impor-se: “neve”, “mineral”, “gelado”, para simbolizarem o exílio, a emigração arrefecedora que me caíra em sorte; ou, do outro lado, a “chuva” que “fecundava” a “terra de ouro” e propiciava a “vegetal espessura” de um mundo que ficara para trás... Com esta vontade forte de me salvar, de me não deixar esquecer, apoiado no arranque que me propiciavam um ou dois versos de Pessoa (também, para mim, símbolo de um certo frio de que às vezes fujo), munido de alguns vocábulos que na minha cabeça e na minha sensibilidade se impunham obsessivamente, o poema, dentro de mim, construía-se. Construía-se no sentido de lhe faltar só o que era realmente importante: uma linguagem articulada capaz de produzir, nas palavras de Valéry, “algo de novo e de capital importância” (nem que só para mim). E construía-se com uma estranha pressa, como se tivesse receio de se desvanecer pelo caminho se rapidamente se não deixasse agarrar. E foi assim que, numa tarde branca mas sem luz, numa Estocolmo onde lambia feridas arranjadas num paraíso que acabava de perder, foi assim, digo, que, numa espécie de transe e com uma rapidez improvável, compus o poema que abaixo transcrevo e mais tarde (oito anos mais tarde) viria a incluir no meu primeiro livro de poesia. Parecia-me que tinha encontrado, para a minha obsessão, uma articulação necessária e a música adequada, uma espécie de balanço inevitável capaz de me salvar e salvar um pouco de um passado intenso que aquela peculiar e fria latitude ameaçara obliterar.
NO TEMPO EM QUE, FERNANDO
Era terra de sol e alegria,
de húmida, vegetal espessura:
ali a minha voz acontecia,
com o ritmo do sangue e da negrura.
Agora, a neve branca cobre a estrada,
com seu manto de noite e solidão.
Já, se o círculo traço, não há nada,
se não fora gelada vibração.
Era terra de ouro fecundada,
força macha, leal, apetecida.
Era chuva, magia visitada,
era sal, sugestão de força ardida.
Agora é só o branco que faz mal
ao filho cujo sal já emigrou.
A vida, agora, é lisa, mineral,
o coração, gelado, sossegou.
Estocolmo, 31. de Janeiro de 1977
Eugénio Lisboa , in " Indícios de Oiro, volume II" , Imprensa Nacional- Casa da Moeda, Lisboa 2009
Alguns
poemas do livro O Ilimitável Oceano de Eugénio Lisboa
A Criação do Mundo
O ponto não tem dimensões, disse-o o grego
assim descobrindo a geometria que havia
antes que houvesse criação: porisso, o cego,
mas rigoroso, já tudo se construía.
Anaxágoras
ou o Astrónomo
Qual o fim da vida?, foi-lhe alguém perguntar.
E ele: o sol, a lua, os céus investigar.
Euclides
Um percurso exacto.
Um discurso claro.
O rigor em acto.
O escuro raro.
Galileu
As leis do movimento perscrutaste,
com paciência e cândido olhar.
Com o mesmo olhar o vasto céu sondaste,
humilde mas altivo no ousar.
Copérnico
O céu que viste era o céu
de Ptolomeu. Mas diferente
foi a forma de o olhar.
No modo de julgar, teu,
a Terra, astro movente, demitiu-se de pensar
que era o centro do mundo:
assim ver, que abalo fundo!
Hipótese - II ( O Outro Inverno)
Um frio estelar rouba à glória a memória.
Ao mais e ao menos uma fria brisa alisa.
Arrefecido o homem , já da sua história
fica só nada, que o fluir do tempo pisa.
Do que fomos, nem de nos termos esquecido
traço fica. Inocente , o tempo, liso ,flui,
nem sabendo que não sabe . O já ter sido
é nem ter chegado a ser: o passado alui.
Eterno, sem lembranças, o frio acontecido.
Hipótese - II ( O Outro Inverno)
Um frio estelar rouba à glória a memória.
Ao mais e ao menos uma fria brisa alisa.
Arrefecido o homem , já da sua história
fica só nada, que o fluir do tempo pisa.
Do que fomos, nem de nos termos esquecido
traço fica. Inocente , o tempo, liso ,flui,
nem sabendo que não sabe . O já ter sido
é nem ter chegado a ser: o passado alui.
Eterno, sem lembranças, o frio acontecido.
Eugénio Lisboa, in O Ilimitável Oceano, Edições Quasi, Março 2001
OBRAS DE EUGÉNIO LISBOA
– José Régio. Antologia,
bibliografia, introdução e notas. Porto: Livraria Tavares Martins, 1957. – Cónica dos Anos da Peste – I. Estudos,
ensaios e recensões. Lourenço Marques: Livraria Académica, 1973 (2.ª ed.,
Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1996). – Crónica dos Anos da Peste – II. Estudos,
ensaios e recensões. Lourenço Marques: Livraria Académica, 1975 (2.ª ed.,
Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1996). – Versos e Alguma Prosa de Jorge de Sena,
antologia e introdução, Lisboa: Arcádia e Moraes, 1978. – José Régio – A Obra e o Homem. Ensaio,
antologia, antologia crítica e bibliografia activa e passiva. Lisboa: Editora
Arcádia, 1976 (2.ª ed. revista e aumentada, Lisboa: Dom Quixote, 1986). – O Segundo Modernismo em Portugal. Ensaio. Lisboa:
ICALP, 1977 (2.ª ed., Lisboa: ICALP, 1984). –
Jorge de Sena, antologia, introdução, antologia crítica e bibliografia,
Lisboa: Presença, 1984. – Estudos sobre
Jorge de Sena, selecção e introdução, Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda,
1984. – José Régio – Uma Literatura
Viva. Ensaio. Lisboa: ICALP, 1978 (2.ª ed., 1992).
– A Matéria Intensa. Poesia.
Baden: Peregrinação, 1985 (2.ª edição, Lisboa: Instituto Camões, 1999). – Poesia Portuguesa – do «Orpheu» ao
Neo-Realismo. Ensaio. Lisboa, 1980 (2.ª ed., Lisboa: ICALP, 1986). – As Vinte e Cinco Notas do Texto. Ensaios e
recensões. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1988. – José Régio ou A Confissão Relutante. Ensaio,
antologia e bibliografia. Lisboa: Rolim, 1989. – Organização e prefácio de uma antologia de
contistas portugueses dos séculos XIX e XX (em versão inglesa), em 2 vols: vol.
I, The Anarchist Banker and Other Stories; vol. II, Professor Pfiglzz and His
Strange Companion, Carcanet Press, Manchester, 1997. Com L. C. Taylor e Michael
Schmidt, dirigiu, para a editora Carcanet Press, a série “Aspects of Portugal”,
que incluiu, em traduções para inglês, obras de Camões, Fernão Mendes Pinto,
Fernando Pessoa e Eça de Queirós (quase toda a ficção). De Fernando Pessoa,
além de uma antologia com traduções de Keith Bosley, publicaram-se o Livro do
Desassossego (The Book of Disquietude) e uma substancial antologia – A
Centenary Pessoa –, incluindo poesia e prosa e um vasto aparato crítico (este
livro foi da responsabilidade conjunta de E. Lisboa e L. C. Taylor). Na série
“Aspects of Portugal”, incluem-se ainda vários livros de Charles Boxer; The
Grand Peregrination de Maurice Collis; They Went to Portugal Too de Rose
Macauley; In the Wake of the Portuguese Navigators de Michael Teague e A World
on the Move de Russell Wood. Para esta mesma editora, co-dirigiu a série “From
the Portuguese”, que inclui livros de Miguel Torga, José Rodrigues Miguéis,
Jorge de Sena, David Mourão-Ferreira, José Régio e Teixeira Gomes.
Para a editora Dedalus, co-organizou (com Hélder Macedo), prefaciou e
anotou uma antologia de contos fantásticos portugueses, em tradução, para
inglês, de Margaret Jull Costa. – O
Objecto Celebrado. Ensaios e estudos. Coimbra: Biblioteca Geral da
Universidade de Coimbra, 1999. –
Portugaliae Monumenta Frivola. Ensaios e crónicas. Lisboa:
Universitária, 2000. – O Essencial sobre
José Régio. Ensaio. Lisboa: Imprensa Nacional- -Casa da Moeda Lisboa, 2001.
– O Ilimitável Oceano. Poesia. Vila Nova
de Famalicão: Quasi, 2001. – No Eça nem
com uma Flor se Toca – Eça Visto por José Régio (organização, selecção e
introdução de Eugénio Lisboa). Lisboa: Instituto Camões, 2002. – Direcção da edição de 15 volumes da obra de
José Régio (incluindo a Correspondência e o Diário Íntimo, inéditos), no
Círculo de Leitores, 1993/1994. – Edição
em curso da Obra Completa de José Régio, na Imprensa Nacional-Casa da Moeda
(direcção, coordenação e alguns prefácios). –
Indícios de Oiro. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2009. – Ler Régio. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da
Moeda, 2010.
– Acta Est Fabula. Memórias I -
Lourenço Marques, 1930-1947.Opera Omnia, 2012.
– Acta Est Fabula. Memórias III
- Lourenço Marques Revisited - 1955- -1976. Opera Omnia, 2013.
- Acta Est Fabula.IV.Peregrinação: Joanesburgo . Paris . Estocolmo . Londres – 1976-1995 : Opera Omnia, 2014
Prémios Literários
Prémios Literários
– Prémio da Cidade de Lisboa,
1985, pelo livro de Poesia A Matéria Intensa. –
Prémio Jacinto do Prado Coelho (Associação Internacional dos Críticos
Literários), em 2000, pelo livro Portugaliae Monumenta Frivola. - Grande Prémio de Literatura Biográfica 2012/2013, da Associação Portuguesa de Escritores (APE), em 2014,pelo livro Acta Est Fabula. Memórias I - Lourenço Marques, 1930-1947
Distinções
– Membro da Academia das Ciências
de Lisboa – Medalha de Mérito Cultural
da Câmara Municipal de Cascais. – Doutor
Honoris Causa pela Universidade de Nottingham –
Doutor Honoris Causa pela Universidade de Aveiro – Membro do Conselho Geral da Fundação da
Universidade de Aveiro.
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