Toda esta humana ânsia louca
A mão que me cerrar a boca
Não impedirá o canto que sei!
António Jacinto, poeta angolano
Amanhece. Angola levanta-se . É dia de trabalho. Uma semana que se esgota, mas que se alonga em dias de frenesim matinal. Da cidade ao campo, o caminho tem de ser feito. Confuso , acidentado, sinuoso , linear, o percurso difere de um lugar para outro. Angola espalha-se por um território imenso, porém agrega-se em cor e em gente que vai e labuta pelas manhãs quentes em busca de um futuro melhor.
As minhas mãos colocaram pedras
nos alicerces do mundo
mereço o meu pedaço de pão!
Agostinho Neto, poeta angolano
Que as minhas mãos brancas se estendam
para estreitar com amor
as tuas longas mãos negras
E o meu suor
se junte ao teu suor
quando rasgarmos os trilhos
de um mundo melhor!
Alda Lara, poeta angolana
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