quinta-feira, 12 de março de 2015

Livros para Ler em Março

 
Passos perdidos , novo romance de Ernesto Rodrigues, Editora Âncora
A apresentação do  romance  pelo autor:
“Retomando prática em que terei sido pioneiro ‒ ser o autor a falar da sua obra, que deve conhecer minimamente ‒, apresento, agora, o meu quinto romance, Passos Perdidos (na Âncora Editora, sob comando de um prático experimentado, António Baptista Lopes), agradecendo a generosidade de espaço mais do que centenário a que retorno, e rogando um olhar sereno dos leitores e eleitores que me ouvem, ou lêem, sobre um ano decisivo nas nossas vidas. A democracia definha; o Estado de direito é subvertido por serviços secretos ‒ que reconhecem as ilegalidades em que incorrem. Serei breve, para dar azo a debate que gostava seguisse estas palavras, dedicadas a Amigo que o sofrimento retém em casa: Amadeu Ferreira.
Quando três personagens sobem a escadaria da Assembleia da República, vencem o detector de metais e caem no salão-corredor exibindo seis painéis a óleo sobre tela de Columbano que retratam 22 heróis pátrios desde o século XIII, não podemos deixar de pensar, também, que os designados Passos Perdidos são uma imagem acusadora dos últimos dois séculos (desde 1821), em que o desleixo dos eleitos está longe de rivalizar com «os visionários D. Henrique e filho Afonso», e com aquele pequeno milhão de Quatrocentos, que deu novos mundos ao mundo. Eis o cerne do problema, qual chaga aberta no Portugal contemporâneo ‒ eleitos e sistema eleitoral, sobre que tanto se fala, sem proveito, e que o voto soberano não deveria caucionar (…). “[Apresentação, pelo autor, de Passos Perdidos, no dia 25 de Fevereiro, na Livraria Ferin, Lisboa.]  Site de Ernesto Rodrigues
Leia o texto completo aqui
O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë foi publicado em 1847, reaparece  em  nova edição portuguesa com  a chancela da Dom Quixote.
Sinopse: «O Monte dos Vendavais foi considerado lúgubre e chocante pelos padrões de meados do século XIX. No entanto, esta história sombria de paixão e vingança, ambientada nas charnecas solitárias do Norte da Inglaterra, provou ser um dos clássicos mais duradouros da literatura inglesa.A turbulenta e tempestuosa história de amor de Catherine Earnshaw e Heathcliff abrange duas gerações: desde o tempo em que Heathcliff, um rapaz grosseiro e estranho, é adoptado pelo patriarca da família Earnshaw – o senhor do Monte dos Vendavais –, passando pelo casamento de Cathy com Edgar Linton e a terrível vingança de Heathcliff, até à morte de Cathy, anos mais tarde, e à eventual união dos herdeiros das famílias Earnshaw e Linton


 "A Senda Estreita para o Norte Profundo" de Richard Flanagan que foi vencedor  do Man Booker Prize 2014 está  a chegar às livrarias, publicado pela Relógio D'Água.
Sinopse:“Centenas de milhares de prisioneiros de guerra, entre eles numerosos australianos, são forçados pelos japoneses a um trabalho escravo nas selvas da Indochina durante a Segunda Guerra Mundial. O objectivo é construir, num prazo inverosímil e sem maquinaria adequada, uma via-férrea de 450 quilómetros ligando o Sião à Birmânia, o que permitiria atacar a Índia. Até à conclusão da linha em 1943, morreram dezenas de milhares de homens, incluindo um terço dos 22 mil prisioneiros de guerra australianos. Executores fanáticos das ordens imperiais, alguns oficiais japoneses chegavam a recitar haikai antes de torturar ou decapitar os prisioneiros.
É neste clima de desespero que o cirurgião Dorrigo Evans, prisioneiro neste campo de guerra japonês na Ferrovia da Morte, se vê assombrado pela relação amorosa que manteve com a jovem esposa do seu tio dois anos atrás, enquanto tenta evitar que os homens sob o seu comando morram de fome, de doença, ou sejam simplesmente espancados.
O romance de Richard Flanagan aborda as diferentes formas que o amor, a morte, a guerra e a verdade podem assumir, à medida que um homem envelhece e tem consciência de tudo o que perdeu. “
«Uma obra-prima… um livro extraordinário.»
[Michael Williams, Guardian]
«Não é apenas um grande romance, mas um livro importante, pelo modo como consegue olhar para coisas horríveis e criar algo tão belo. Deveria ser lido por toda a gente.»
[Evie Wyld, GRANTA Best of Young British Novelists]
«Um dos romancistas vivos mais empolgantes. Ponto final.»
[The Age]
Tratado sobre a Tolerância de Voltaire, Editora Relógio D’Água
Sinopse:Os acontecimentos que levaram Voltaire a escrever o seu Tratado sobre a Tolerância poderiam ter passado quase despercebidos aos seus contemporâneos. Tratava-se de um abuso judicial de uma extrema crueldade, mas nada de muito estranho aos hábitos da monarquia absoluta do Século das Luzes. Há um jovem huguenote que se suicida e uma multidão que se dispõe a linchar o pai, que acusa de ter assassinado o filho porque este se tornara católico. Não há provas nem indícios nesse sentido. Pelo contrário, Jean Calas é considerado um bom pai e tolerante em relação à orientação religiosa do filho.
Mas o poder judicial cede ao fanatismo popular e Jean Calas é executado. O génio  de Voltaire consegue extrair do episódio ilações cuja validade permanece até aos nossos dias.
«Os povos de que a História nos transmitiu alguns esparsos conhecimentos olharam todos eles para as diferentes religiões como laços que os uniam uns aos outros: era uma espécie de associação do género humano. Havia como que uma espécie de direito de hospitalidade tanto entre os deuses, como entre os homens. Um estranho que chegava a uma cidade começava por adorar os deuses do país. Nunca se deixava de venerar os deuses dos próprios inimigos. (…)
Vede, peço-vos, as consequências terríveis do direito da intolerância. Se fosse permitido espoliar dos seus bens, atirar para uma masmorra, matar um cidadão que, num determinado grau de latitude, não professasse a religião admitida nesse grau, que excepção isentaria as principais figuras do Estado dessas mesmas penas? (…)
Não é preciso uma grande arte, uma eloquência muito rebuscada, para demonstrar que os cristãos se devem tolerar mutuamente. Vou mais longe: digo-vos que é preciso encarar todos os homens como nossos irmãos. O quê! Meu irmão, o turco? Meu irmão, o chinês? O judeu? O siamês? Sim, sem hesitação; não somos todos nós filhos do mesmo pai, e criaturas do mesmo Deus?»

Sobre Os Pescadores, de Raul Brandão

«A nova e excelente edição de Os Pescadores lançada pela Relógio d'Água passou a ser a melhor versão do clássico de Raul Brandão disponível nas livrarias. A preferir absolutamente.» [Observador]
Livros da Relógio D'Água para Março:
. A Filosofia e o Mal, António Marques
. A Analfabeta Que Era Um Génio dos Números, Jonas Jonasson
. A Conquista da Felicidade, Bertrand Russell
. Contos de Guerra I, Lev Tolstói
. Mansfield Park, Jane Austen
Numero Zero , o novo romance de Umberto Ecoed. Bompiani.
Sinopse:"Grandes jornais devorados e arruinados pela corrupção, conspirações organizadas clandestinamente pela  CIA, o cadáver de Mussolini e um herói encarregado de escrever as memórias de um repórter  de  "Domani", revista que faz recordar as do Grupo Berlusconi.
Breve,  o romance  passa-se em Milão em  1992.  Ninguém escapará ao fascínio deste romance de Umberto Eco, já best-seller em  Itália,  a aparecer até ao fim do ano em  34 países. Umberto Eco, Numero Zero, ed. Bompiani, 2015."
Numero Zero è un romanzo molto abile che descrive con precisione e ironia due fenomeni che chiunque abbia frequentato i media, tradizionali e non, negli ultimi anni conosce bene: l’abilità semiologica dell’autore sta nel riuscire non solo a riprodurre i linguaggi, ma i processi logici di questi due fenomeni."

A Pérola de Euler de David S. Richeson, Editora Gradiva
Sinopse:”A fórmula dos poliedros e o nascimento da topologia Euler olhou para onde todos tinham olhado e viu o que ninguém tinha visto. Nascia uma das equações mais belas da matemática: a fórmula de Euler para os poliedros. Richeson, apaixonado pela topologia, conduz o leitor numa viagem que começa na pré-história e chega aos dias de hoje, recheando-a de exemplos de aplicação da fórmula. A travessia é acessível ao grande público, mas o livro está também escrito para matemáticos.”

A Tirania dos Pais dos Alunos, Nos bastidores das escolas ,de Anna Topaloff
Colecção: Fora de Colecção, Páginas: 124, Editora Gradiva
Sinopse:
"Parceiros oficiais nas escolas, estarão os pais em vias de se tornarem inimigos dos docentes?
Parte na solução do problema da educação, desejavelmente parceiros no apoio aos professores e à escola, tal como na França, também em Portugal os pais como que se tornaram inimigos dos docentes, passando a ser crescentemente parte do problema. O desejo de proteger e defender – cegamente – os filhos, leva a que passem com frequência os limites, irresponsabilizando-os, impedindo que cresçam autónomos, preparados para o futuro.
Muito se escreveu já sobre a crise no ensino. Faltava uma abordagem séria sobre a parte de responsabilidade desta que cabe aos pais. Negociar uma nota, contestar uma reprovação ou uma sanção, pressionar para conseguir a passagem de ano, criticar a exigência de estudo e, mesmo, chegar a vias de facto, são comportamentos que se têm vindo a acentuar e envenenam as relações, minando a confiança.
Cada observação, cada gesto deslocado, cada tentativa de desautorização prejudica o funcionamento normal da instituição escolar e impede-a de cumprir a sua missão que deve ser fundada na meritocracia e na igualdade de oportunidades.
Este é um livro para ler e reflectir. Consiste na investigação de um fenómeno que, se não for enfrentado com lucidez, poderá fazer implodir o ensino.
Autor:Anna Topaloff é uma jornalista francesa. Tem-se dedicado às questões de educação.
O Escriba é o novo romance de A. M. Dean, Edição do Clube do Autor. Trata-se de  um  thriller histórico  que se baseia em factos e descobertas reais.
Sinopse: «Egito, ano 374.
No deserto, um homem executa a última e mais importante missão da sua vida: esconder um precioso artefacto. A sua chave não pode cair nas mãos erradas.É isto que a professora Emily, especialista em história das religiões, vai tentar impedir. A chave para resolver o mistério encontra-se algures no deserto e Emily tem de ser a primeira a encontrá-la.Entretanto, em Chicago, uma perigosa seita monta um atentado em larga escala. Os seguidores acreditam que o mundo está podre, marcado pelo materialismo. A libertação pela morte é o único caminho. Os preparativos estão em marcha para desencadear o caos na cidade. Falta apenas um elemento, que tem estado guardado ao longo de vários séculos.
Quando o caminho da professora universitária se cruza com o do líder da seita, os dados estão lançados. Será que vai ser possível impedir aqueles fanáticos de transformarem uma antiga promessa numa enorme destruição?»


"Olhos de Água" de  Alves Redol, Editora Caminho
"De livro para livro, o estilo de Redol depurou-se, a sua invenção psicológica enriqueceu-se, a sua capacidade de construção afirmou-se, para culminarem agora na obra acabada que é este romance", diz João José Cochofel em Gazeta Musical e de Todas as Artes.  "Uma nova fase literária na obra de Alves Redol parece revelar-se no seu novo romance A Barca dos Sete Lemes", palavras de Álvaro Salema no Diário de Lisboa. A Caminho acaba de relançar toda a obra de Alves Redol, da qual faz parte este Olhos de Água.”

Roland Barthes de Tiphaine Samoyault , Date de parution 15/01/2015
Fiction et Cie, 720 pages - 28.00 € TTC
Figure centrale de la pensée de son temps, Roland Barthes (1915-1980) était aussi un être à la marge. Un père mort à la Première Guerre, l’amour inaltérable d’une mère, de longues années passées en sanatorium, la découverte précoce de son homosexualité lui donnent très tôt le sentiment de sa différence. Il a vécu à distance les grands événements de l’histoire contemporaine. Pourtant sa vie est prise dans le mouvement précipité, violent et intense de ce siècle qu’il a contribué à rendre intelligible.
Fondée sur un matériau inédit jamais exploré jusqu’ici (archives, journaux, agendas), cette biographie de Barthes éclaire d’un jour nouveau ses engagements, ses refus, ses désirs. Elle détaille la quantité des objets dont il a parlé, les auteurs qu’il a défendus, les mythes qu’il a épinglés, les polémiques qui ont fait sa célébrité, l’écoute des langages de son temps. Et sa puissance d’anticipation?: si on aime tant le lire encore, c’est qu’il a exploré des territoires originaux et qui sont aujourd’hui les nôtres.
Le récit de sa vie donne de la substance et de la cohérence à la trajectoire de Barthes, conduite par le désir, la perspicacité et une extrême sensibilité à la matière du monde. À quoi on peut ajouter une forte réticence à tout discours d’autorité. En faisant reposer la pensée sur le fantasme, il a fait d’elle à la fois un art et une aventure. Entrer dans sa vie, approcher la forme de son existence aident à comprendre comment il fut écrivain et comment il fit de la littérature la vie même.
Découvrez une vidéo de l'auteur discutant de son livre avec les libraires de la librairie Mollat en cliquant ici ! « » La République des Livres
"Tiphaine Samoyault inaugure, par une biographie cérébrale de l'écrivain, le centenaire de sa naissance." Libération

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