"Celebram-se
25 anos sobre a edição de “Os Dias da MadreDeus” a primeira de oito grandes
obras do grupo que elevou a música portuguesa a um patamar nunca antes
atingido. Cerca de 4 milhões de discos vendidos em todo o mundo e cinco
tournées que passaram por centenas de salas de espectáculos nos cinco
continentes, falam por si.
A música dos Madredeus não é como qualquer outra. É a música do que nos vai
acontecer, como se já tivesse acontecido. Eis agora os caminhos por que nos
levaram, celebrados, reabertos. Esta antologia é a primeira em que a escolha
incide sobre todos os álbuns em que cantou Teresa Salgueiro e tem
necessariamente uma riqueza musical que é arrebatadora. 2012 é uma boa altura para ouvir esta primeira parte da obra dos Madredeus,
levantada pela voz da Teresa. Passamos por tempos concretos, de tristezas
materiais e estas canções deixam-nos fugir do presente, abraçando-o nos
momentos de escutá-las. Tanto se escreveu e disse sobre as canções e as letras
dos Madredeus. Foi isso o que se esqueceu. As canções livraram-se disso tudo.
Ei-las, limpas, à espera de serem ouvidas.
“Antologia” está disponível em duas versões Standard e Alargada. Na primeira
estão 18 músicas, e a segunda tem dois CDs com 15 canções cada.O material
escolhido não está organizado por ordem cronológica o que, segundo a discográfica,
"permite que tanto os admiradores confessos como os que só agora entrem em
contacto com a obra do grupo descubram inesperadas afinidades poéticas e
musicais entre canções que por vezes distam vários anos no tempo".
A
discográfica alinha em quatro vectores temáticos as canções deste período dos
Madredeus: "de inspiração campestre e pastoril; urbana; marítima, e
"aquelas a que poderia chamar-se canções da distância", sendo em
todas "persistente a imagem da cidade de Lisboa".
Os dois CD
incluem temas dos álbuns "Os Dias da Madredeus" (1987), com o qual
começou esta história musical de sucesso, com a actuação em centenas de palcos
internacionais, em cercas de 50 países, e milhares de fãs espalhados pelo
mundo, "Existir" (1990), "O Espírito da Paz" (1994),
"Ainda", também de 1994, e que foi a banda sonora de "Lisbon
Story", de Wim Wenders); e ainda "O Paraíso" (1997),
"Movimento" (2001), "Um Amor Infinito" (2004) e
"Faluas do Tejo" (2005).
Ambas as
edições incluem um texto do jornalista Miguel Esteves Cardoso. "Amanhã
será há muito tempo", no qual afirma: "A música dos Madredeus não é
como qualquer outra. É a música do que nos vai acontecer, como se já tivesse
acontecido".
O grupo foi
criado em 1986 sob a liderança de Pedro Ayres Magalhães (ex-Heróis do Mar, Corpo
Diplomático, etc.), tendo sido as instalações do Teatro Ibérico (antiga igreja do Convento das Xabregas, num bairro de Lisboa chamado Madredeus) o seu primeiro
local de ensaios que serviu de estúdio de gravação para mais de quinze temas reunidos à época em um LP duplo, depois convertido para o formato de CD. Chamaram-no de Os dias da Madredeus de onde se inspiraram para dar nome ao grupo que
experimentava tocar música em português com instrumentos acústicos.O grupo era ainda constituído por Rodrigo Leão
nos teclados, Gabriel Gomes no acordeão e Francisco Ribeiro, no violoncelo, a
que se juntou mais tarde a voz de Teresa Salgueiro." Fonte: HardMusic e Lusa
"O Paraíso" é uma canção muito intensa, interpretada pela extraordinária e virtuosa voz de Teresa Salgueiro.
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