quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Do Mar

“Ele é a concretização de dois mundos. Tem o efémero, na renda da espuma que cada vaga cria, e tem ao mesmo tempo, no mar propriamente dito, a essência do tempo, aquele tempo que se converteu em problema e que nos problematiza.” Eduardo Lourenço, Fevereiro 2011

Lusitânia

Os que avançam de frente para o mar
E nele enterram como uma aguda faca
A proa negra dos seus barcos
Vivem de pouco pão e de luar.
Sophia de Mello Breyner Andresen, in " Mar Novo ",1958, Guimarães Editores

2 comentários:

  1. gosto muito, continue....

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  2. Eis uma conjugação muito bem desenhada e tradutora de verdade e de autenticidade! A de hoje, aqui e agora. Unir dois grandes da nossa Literatura - a Literatura da Língua Portuguesa - o Eduardo Lourenço e a Sofia Mello Breyner Andresen, à volta do tema do "Mar". Tanto um como outro foram (e é, no caso do Eduardo, que ainda está entre nós...) dos "que avançam (avançaram) de frente para o mar", quer no "efémero", quer na perenidade, quando ambos em vida reuniram esforços em prol da difusão da cultura, da resistência às ditaduras, da revolução do pensamento e o saber. A nossa homenagem a estas duas figuras públicas!

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