"Trabalhamos apenas para encher a memória e deixamos vazios o entendimento e a consciência. (...) Sabemos dizer: Cícero diz assim; eis o que fazia Platão; são as próprias palavras de Aristóteles. Mas nós, que dizemos nós próprios? Que pensamos nós, que fazemos nós? Um papagaio poderia fazer o mesmo. (...) Recolhemos as opiniões e o saber dos outros e é tudo. Mas é preciso torná-los nossos. (...) Tanto nos deixamos andar ao colo dos outros que deixamos desvanecer as nossas forças. Quero armar-me contra o terror da morte? Faço-o à custa de Séneca. Quero arranjar consolação para mim ou para outrem? Vou buscá-la a Cícero. Porém, poderia encontrá-la em mim próprio se me tivesse exercitado. Este saber relativo e mendigado não me diz nada. Ainda que pudéssemos ser sábios com a ciência dos outros, só com o nosso próprio pensamento poderemos ser conscientes."Montaigne (1533-1592) ,Do Professorado, 1993,Lisboa Editora, 1998
Symphony No. 2 (in B minor) (1948) do José Manuel Joly Braga Santos (Lisboa 1924 - Lisboa 1988) pela Bournemouth Symphony Orchestra, dirigida pelo maestro Álvaro Cassuto.
I. Largo - Allegro energico ed appassionato [00:00]
II. Adagio non troppo [14:54]
III. Allegretto pastorale [27:12]
IV. Lento, Allegro, Epilogo (Lento) [33:21]
Joly Braga Santos foi um compositor e maestro português que deixou uma importante obra musical. Sobre a sua música afirmava:"Desde sempre entendi que tinha de criar o meu próprio estilo e a minha música devia ser o resultado dessa criação." A melodia era para ele a razão de ser da música."
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