A sedutora luz de Vermeer

 The  lacemaker, 1670, Jan Vermeer

Mulher de azul lendo uma carta, 1662-1663,
Jan Vermeer, 

O concerto,1664, Jan Vermeer

O geógrafo (1669), Jan Vermeer

Homem, mulher e vinho (1658-1661) , Jan Vermeer

Mulher segurando uma balança (1665), Jan Vermeer

Rapariga com brinco de pérola, 1665, Jan Vermeer

A leiteira,1658, Jan Vermeer

Vista de Delft, 1661,Jan Vermeer

A Arte de Pintura,1666, Jan Vermeer

The love Letter, 1670, Jan Vermeer

Mistress and Maid , 1666-1667, Jan Vermeer

Johannes Vermeer,(1632-1675), nasceu e morreu em Delft, na Holanda. Juntamente com Rembrandt é um dos pintores holandeses mais famoso e importante do século XVII, período conhecido por Idade de Ouro dos Países Baixos.

O autor do livro “Civilização”, Kenneth Clark, afirma que tal  como Descartes (1596-1650),no seu método  de experimentação directa da realidade, sem interferências e convenções,  Johannes Vermeer é a ilustração máxima do mesmo método na  pintura holandesa dessa época. Jan Vermeer pinta a partir de uma observação cuidadosa do real. O quadro “Vista de Delft” é a expressão maior dessa representação do real .

Jan Vermeer, além “de nos mostrar a luz da Holanda, ilustra o que Descartes chamava ‘a luz natural da mente’”, conclui Kenneth Clark.

Vermeer era daqueles que perceberam “a beleza pura do mundo”,observa E. H. Gombrich no seu livro “História da Arte”.

Johannes Vermeer era um trabalhador lento e meticuloso. Deixou pouco mais de trinta e cinco telas. Pintou os afazeres diversos do quotidiano. Cenas de vida doméstica, interiores de aposentos holandeses, ou mesmo uma mulher solitária despejando leite numa vasilha de barro, como no quadro “A leiteira”, pintado por volta de 1658. “É difícil explicar as razões que fazem de uma tela tão simples e despretensiosa uma das maiores obras-primas de todos os tempos”, diz Gombrich.
Vermeer não foi famoso no seu tempo, como muitos dos grandes artistas. A sua obra foi valorizada e quase descoberta muito mais tarde. "Apenas por volta de 1860, os seus trabalhos passaram a ser redescobertos. Isso se deveu, principalmente, ao brilhante conhecimento artístico de Théophile Thoré, um escritor francês, que identificou cerca de dois terços dos quadros conhecidos de Vermeer actualmente. "
A impressão da realidade, a nitidez, a luz, as sombras, as cenas, os temas, a minúcia dos pormenores quase nos obrigam a pensar que muitas destas telas são fabulosas fotografias da vida quotidiana do glorioso século XVII ,o século de ouro dos Países Baixos.