"Inspirado na obra A volta ao Mundo em oitenta dias, escrita por Julio Verne , o Centro Cultural de Belém programou Os Dias da Música de 2016 como uma viagem à volta do mundo, não em 80 dias, mas em 80 concertos."
Hoje, às 19 horas, na sala Fernando Pessoa, o concerto pertence a James Blood. Nas páginas da programação define-se este grande homem do jazz com as seguintes palavras: James “Blood” Ulmer está a comemorar 75 anos de vida da forma mais pessoal possível: a sós com a sua guitarra. Para todos os efeitos, é uma das mais idiossincráticas figuras da história do jazz. Como ele não há mais ninguém, ainda que muitos o tentem imitar. Este é um homem que se foi reinventando – e à sua música – ao longo de um percurso de décadas em que viu o seu estatuto único como guitarrista ser confirmado uma vez e outra. Segundo o crítico Greg Tate, o estatuto de quem surgiu como o “elo que faltava entre Wes Montgomery e Jimi Hendrix e entre os P-Funk e Mississippi Fred McDowell”.
Ulmer desdenhou da segurança e do conforto de cada sucesso para mudar tudo. Aderiu ao método harmolódico de Ornette Coleman com o fito de ir mais além, estabelecendo uma nova forma de afinar o seu instrumento. Encheu o jazz de funk, de rock e mesmo de folk e até na cena norte-americana dos blues está a deixar marcas. Nenhum dos idiomas musicais da diáspora afro-americana sai incólume dos seus dedos: misturam-se, confundem-se e ficam profundamente renovados. É um gigante da música do século XX e deste início do XXI, independentemente de géneros e tendências.
E porque a voz e o talento de James “Blood” Ulmer nos surpreende e nos agrada, ei-lo numa actuação na Jazzhouse, Copenhagen, em 5 de Fevereiro de 2016 , no Vinterjazz Festival 2016.
"Are You Glad to Be in America?", numa original interpretação de James Blood Ulmer. Esta canção foi lançada no Álbum de James Ulmer de 1980, com o mesmo nome.
Sem comentários:
Enviar um comentário