Nos teus olhos
Como em dois espelhos
A brilhar
Vi reflectir-se
O voo das gaivotas
O contorno das rochas
E o refluxo do mar.
Vi a calma das nascentes
O crepúsculo solar
E o ímpeto das torrentes
A correr para o mar.
E vi a abolição dos limites
Na fusão das cores do
Arco-íris
E no acoitar dos pontos cardeais.
Cristina Semblano, in " O Murmúrio do Poço", Novembro de 2011, Palimage
Há sons que pedem palavras e palavras que pedem sons. Reciprocidade harmoniosa que nem sempre acontece. Provocá-la, através da poesia, talvez seja a forma mais sublime de o fazer.
Neste Domingo, dar ao surpreendente poema de Cristina Semblano as vozes mágicas de Julianna Barwick é a proposta que se lança.
Julianna Barwick em "Nepenthe", último álbum, 20 Agosto, 2013, Dead Oceans.
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