Ai, se de
saudade
Morrerei ou não,
Meus olhos dirão
De mim a verdade.
Por eles me atrevo
A lançar nas águas
Que mostrem as mágoas
Que nesta alma levo.
Se me levam águas,
Nos olhos as levo.
As águas que em vão
Me fazem chorar,
Se elas são do mar,
Estas de amor são.
Por elas relevo
Todas minhas mágoas;
Que, se força de águas
Me leva, eu as levo.
Se me levam águas,
Nos olhos as levo.
Todas me entristecem,
Todas são salgadas;
Porém as choradas
Doces me parecem.
Correi, doces águas,
Que, se em vós me enlevo,
Não doem as mágoas
Que no peito levo!
Se me levam águas,
Nos olhos as levo.
Correi, doces águas,
Que, se em vós me enlevo,
Não doem as mágoas
Que no peito levo!
"A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento" Platão
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022
Saudade
Poema (vilancete em redondilha menor),de Luís de Camões (adaptado) , na voz de Cristina Branco, com Custódio Castelo – guitarra portuguesa; Jorge Fernando – viola; Marino de Freitas – viola baixo; arranjos e direcção musical – Custódio Castelo; produção em estúdio – Custódio Castelo; coprodução em estúdio – Fernando Nunes.
Gravado e misturado por Fernando Nunes, nos Estúdios Pé-de-Vento, Salvaterra de Magos, de Dezembro de 1997 a Março de 1998.
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