Metamorfose da palavra
A palavra nasceu:
nos lábios cintila.
Carícia ou aroma,
mal pousa nos dedos.
De ramo em ramo voa,
na luz se derrama.
A morte não existe:
tudo é canto ou chama.
Eugénio de Andrade, in ” Até Amanhã “(1956), Ed. Assírio & Alvim
No Domingo de Carnaval em que metamorfosear é princípio , Sara Tavares e Ana Moura, duas valorosas cantoras portuguesas da nova geração, apresentam-se ao natural na canção "De Nua". Despidas de artifícios e de efeitos sonoros lançam as vozes, obrigando a confirmar que, quando se quer e o talento o permite, tudo é canto.
Sem comentários:
Enviar um comentário