“Sob impacto
do rascunho do documento da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável (Rio+20), representantes da sociedade
civil intensificaram os debates, na tentativa de incluir temas
considerados prioritários no texto final. Os participantes dos debates
paralelos concentram-se nos esforços para que suas recomendações cheguem às
mãos dos 115 chefes de Estado e de Governo, nos próximos dias 20 a 22.
Para a
sociedade civil, é preciso redefinir os caminhos trilhados pelos governos para
garantir que o desenvolvimento sustentável seja um instrumento de combate à
pobreza. Nas sugestões, os grupos da sociedade civil querem estabelecer
propostas para os novos padrões de consumo e produção nos vários países e
medidas que assegurem a preservação das florestas.
Esses são
alguns dos temas, apontados como prioritários, da agenda internacional de
sustentabilidade da Rio+20, que integram os Diálogos para o Desenvolvimento
Sustentável. Os debates estão divididos em dez painéis, que tratam de dez
diferentes assuntos, e vão até terça-feira (19).
As discussões
são conduzidas por representantes de vários países, que falam em nome de
universidades, comunidades científicas e movimentos sociais. Os grupos definem
três propostas para cada tema, e essas recomendações serão apresentadas aos
chefes de Estado e de Governo.
A porta-voz
da Organização das Nações Unidas (ONU), na Rio+20, Pragati Pascale, considerou inovador esse modelo de debate que
estimula a mobilização da sociedade civil. “É fundamental que exista
participação, e é um traço importante da conferência”, disse ela. Apesar de
exaltar a iniciativa, Pascale alertou que “provavelmente será tarde demais para
que as recomendações feitas pelos grupos produzam alguma alteração no documento
final da conferência”.
As
recomendações da sociedade civil deverão ser agregadas ao documento, que está
sendo finalizado pelos negociadores em reuniões, e que deve ser concluído até dia 18. O texto preliminar já aponta alguns pontos de convergência, mas os
principais debates ainda dependem de negociações para superar divergências
principalmente entre os países mais ricos e as nações mais pobres.
Os diálogos
ocorrem paralelamente às negociações das delegações. Em cada grupo, os
participantes têm a tarefa de transformar em três as dez propostas que foram
sugeridas e votadas, para cada tema, em uma plataforma na internet que funcionou até poucos dias
antes da conferência. Mais de 60 mil pessoas, de 193 países, participaram do
processo de consulta digital.
No caso do
debate sobre florestas, por exemplo, o tópico que recebeu maior adesão dos
participantes foi o que recomenda a restauração, até 2020, de150 milhões de
hectares de terras desmatadas ou degradadas.
Em relação ao
um novo padrão de consumo e produção, a expectativa é pela criação de
mecanismos fiscais verdes, que estimulem essas práticas. A educação em nível
global foi o que os participantes elegeram como principal ferramenta para
erradicar a pobreza e atingir o desenvolvimento sustentável.” Agência
Brasil
Demasiado importante o "Rio+20"!... Nunca tantos precisaram de todos, que o mesmo é dizer todos precisaram inadiavelmente de todos, num mundo em permanente oscilação!...
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