Ao Nuno Pacheco, incansável lidador,na batalha por uma língua portuguesa asseada.
A língua portuguesa, que um Acordo
Ortográfico quis assassinar,
deixando a inteligência a estibordo
e o ouvido muito a desejar,
a língua portuguesa, digo eu,
com a beleza que lhe deu Camões
e o vigor que, com Vieira, cresceu,
aguentará este e mais safanões!
Os acordos passam e a língua fica,
bela e sonora, cheia de buzinas,
de consoantes de que não abdica,
em palavras muitíssimo ladinas,
tais como concepção e recepção,
que, sem «p», têm ar sensaborão!
Ortográfico quis assassinar,
deixando a inteligência a estibordo
e o ouvido muito a desejar,
com a beleza que lhe deu Camões
e o vigor que, com Vieira, cresceu,
aguentará este e mais safanões!
bela e sonora, cheia de buzinas,
de consoantes de que não abdica,
tais como concepção e recepção,
que, sem «p», têm ar sensaborão!
10.05.2023
Eugénio Lisboa
Este poema é para ser
dedicado ao Nuno Pacheco, se ele mo autorizar. Ele é o nosso mais esforçado e
incansável lutador contra esse maligno Acordo Ortográfico, que os nossos
sucessivos governos, cobardemente, não têm querido desfazer.
Eugénio Lisboa
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