EM UMA TARDE DE OUTONO
Outono. Em frente ao mar. Escancaro as janelas
Sobre o jardim calado, e as águas miro, absorto.
Outono... Rodopiando, as folhas amarelas
Rolam, caem. Viuvez, velhice, desconforto...
Por que, belo navio, ao clarão das estrelas,
Visitaste este mar inabitado e morto,
Se logo, ao vir do vento, abriste ao vento as velas,
Se logo, ao vir da luz, abandonaste o porto?
A água cantou. Rodeava, aos beijos, os teus flancos
A espuma, desmanchada em riso e flocos brancos...
A espuma, desmanchada em riso e flocos brancos...
Mas chegaste com a noite, e fugiste com o sol!
E eu olho o céu deserto, e vejo o oceano triste,
E contemplo o lugar por onde te sumiste,
E contemplo o lugar por onde te sumiste,
Banhado no clarão nascente do arrebol...
Olavo Bilac (1865-1918) - “Obra Reunida”
Quando a sonoridade da voz nos surpreende , rendemo-nos ao fulgor que dela emana. Com a intensidade da descoberta, quase nos perdemos num rodopio de emoções até à serena fruição da magia do canto.
Kaz Hawkins & Ged McMahon, em One more night with you.Kaz Hawkins , em Because you love me.
Kaz Hawkins, em NENDRUM.
Nendrum é um histórico local monástico da Irlanda do Norte . Kaz Hawkins considera-o um lugar muito especial para o seu coração. Esta canção é algo de diferente no seu repertório.
Não conhecia este original cantor. Onde é que o descobriu?
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