Revista
Orpheu e modernismo português recordados em Lisboa
"O artista plástico Júlio Pomar, o
ensaísta José-Augusto França e o musicólogo Mário Vieira de Carvalho
participarão, hoje, quinta-feira, num colóquio em Lisboa sobre o início do
Modernismo em Portugal, com a revista Orpheu.
"Nós, os de Orpheu", com coordenação
de Teresa Rita Lopes, acontecerá, hoje, quinta-feira, na Academia das Ciências, em
Lisboa, associando-se ainda aos 120 anos do nascimento de Almada Negreiros.
O colóquio abordará diferentes
perspectivas, artes plásticas, poesia, ficção, música, do movimento cultural
desencadeado com a revista Orpheu, no início do século XX, tendo Almada
Negreiros, Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, entre os seus protagonistas.
Teresa Rita Lopes, investigadora da
obra de Pessoa, abordará precisamente aquele "triângulo de Orpheu",
com o poeta de "A Mensagem", Sá-Carneiro e Almada Negreiros.
Eugénio Lisboa falará de "Orpheu
em África", Júlio Pomar sobre os artistas plásticos presentes naquela
revista, como Amadeo de Souza Cardoso e Santa Rita Pintor, e Mário Vieira de
Carvalho, sobre a música dos modernistas.
Anabela Almeida, Ana Rita Palmeirim,
João Bigotte Chorão, António Valdemar e José-Augusto França, que recordará o
centenário da publicação de "A engomadeira" (1915), texto de Almada
Negreiros, são outros dos convidados deste colóquio, que incluirá ainda uma
exposição iconográfica e um almoço "orphaico".
A Orpheu foi uma revista
luso-brasileira de literatura nascida em 1915, um ano depois do começo da
primeira guerra mundial, e da qual foram publicados apenas dois números,
dirigidos por Luiz de Montalvor, para Portugal, e Ronald de Carvalho, para o
Brasil - o 1.º volume -, e por Fernando Pessoa, com Mário de Sá Carneiro, o
segundo.”Lusa
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