Claude Monet, Soleil couchant sur la Seine à Lavacourt. |
Os que vão morrer
e
Os que vão viver
O sol, dentro de mim, fez-se tão raro,
nem eu sei porquê! Fiz-lhe algum mal?
Ou desistiu de mim? Torna-se claro
que, afinal, é tristemente normal
que o sol se vá de mim afastando:
os que vão desaparecer repelem
- e são leis que nos foram ensinando –
os sóis que a outras vidas se atrelem.
Os que se apagam perdem vigor
e essa perda torna-se sinal
de que já os desertou o fervor.
Ir morrer parece que só faz mal
aos que ficam e não querem saber
nada, mas nada, dos que vão morrer.
08.11.2022
Eugénio Lisboa
Os que vão viver
O sol, dentro de mim, fez-se tão raro,
nem eu sei porquê! Fiz-lhe algum mal?
Ou desistiu de mim? Torna-se claro
que, afinal, é tristemente normal
que o sol se vá de mim afastando:
os que vão desaparecer repelem
- e são leis que nos foram ensinando –
os sóis que a outras vidas se atrelem.
Os que se apagam perdem vigor
e essa perda torna-se sinal
de que já os desertou o fervor.
Ir morrer parece que só faz mal
aos que ficam e não querem saber
nada, mas nada, dos que vão morrer.
08.11.2022
Eugénio Lisboa
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