Estranha, a imobilidade em que me perco, como se tivesse milhões de horas para esbanjar.
Estranho , o medo que me prende.
Estranha, a inconsciência com que governo o dia a dia ( a vida , essa, é ingovernável...).
Não sou o primeiro que deseja o repouso do não-ser, gasto pelos amanhãs que não vêm - ou temendo-os - pernas e mãos bloqueadas, cérebro vazio, nauseado, sem saber.
Amanhã!
E amanhã será como hoje, como ontem, como sempre, insatisfeito, triste, longe, mas enraizado naquela terra donde vim."
J. Rentes de Carvalho, in o rebate, Círculo de Leitores, p157
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