Trotsky ao lado de Harry De Boer e James H. Bartlett e suas esposas, no México |
75
ANOS DO ASSASSINATO DE TROTSKY
“A 20 de Agosto fez 75 anos que Lev Bronstein, mais conhecido
como Leon Trotsky, foi assassinado na Cidade do México na sua casa da Avenida
Viena pelo agente da NKVD Ramon Mercader, executando ordens de Stalin transmitidas pelo seu controlador Pavel Sudoplatov.
Trotsky perdeu o poder em
Outubro de 1927, com Zinoviev e Kamenev,
todos revolucionários que perderam a luta pelo poder dentro do Politburo. Trotsky
foi expulso do Partido em Novembro de 1927 e exilado em Fevereiro de 1929,
primeiro para a Turquia, depois França, Noruega e finalmente México. Os exílios
duravam pouco em cada país por causa da pressão de Stalin. Foi para o México a
convite do Presidente Lázaro Cárdenas, seu admirador.
No México, sofreu um
primeiro ataque a mando de Stalin, sem sucesso. Depois introduziu-se no seu
vasto círculo de admiradores e companheiros, o jovem Ramon Mercader, filho da
lutadora comunista da Guerra Civil Espanhola, Caridad Hernandez. Ramon Mercader
era catalão e passou a ser um amigo íntimo de Trotsky, a quem visitava
diariamente até que em 20 de Agosto de 1940 o matou com uma picareta de quebrar
gelo.
Mercader foi preso,
cumpriu 20 anos de cadeia, morou depois em Cuba e na União Soviética, onde
tinha recebido in absentia a Ordem de Lenine e o título de Herói da
União Soviética.
A execução de Trotsky
terminou a liquidação dos velhos bolcheviques por Stalin. Zinoviev e Kamenev já
tinham sido executados nos expurgos de 1938. Trotsky todavia foi o único não
reabilitado no discurso revisionista de Kruschev, quando demoliu o mito de
Stalin, no congresso do PCUS em 1956, mas Trotsky manteve intacto o prestígio
intelectual entre a esquerda mundial muito tempo depois de sua morte. De todos
os bolcheviques era o mais culto e sofisticado intelectualmente e elaborou um
conjunto de interpretações próprias do marxismo que constituíram o TROTSKYSMO.”
André Araújo, in CGN, 21/08/2015
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