Faz hoje 13 anos que militantes da Al-Qaeda conduziram aviões comerciais contra as Torres Gémeas nova-iorquinas e o Pentágono
“Mais de uma década depois dos atentados em solo norte-americano, as teorias da conspiração em torno dos ataques da Al-Qaeda a 11 de Setembro de 2001 continuam. No mês passado, dois membros da Câmara dos Representantes norte-americana deram início a uma campanha para relançar o processo iniciado em Dezembro, que passa por forçar a administração Obama a tornar público o relatório de 28 páginas produzido por um comité do Congresso em 2002 por ordem do então presidente George W. Bush.
Walter Jones, republicano da câmara baixa do Congresso, e Stephen Lynch, democrata, querem que o actual presidente dos EUA cumpra a promessa feita em Março de retirar ao documento a classificação “top secret”, para que seja publicado e analisado e assim se perceberem alegações como as do envolvimento da Arábia Saudita.
Jones e Lynch prometeram para hoje uma conferência de imprensa com familiares das vítimas dos ataques da Al-Qaeda em Nova Iorque e Washington, para elevarem a importância da Resolução 428, um documento de duas páginas que introduziram no Congresso no final de 2013 para exigir a divulgação do relatório Bush.
Ontem, em vésperas de se marcarem os 13 anos dos atentados que alteraram profundamente a geoestratégia mundial e que, dizem vários analistas, abriram caminho à criação do Estado Islâmico (EI), foi revelado que o antigo ministro do Interior do Egipto avisou “antecipadamente” os EUA de um “ataque em grande escala” a ser planeado pela Al-Qaeda em solo americano.
No seu julgamento por crimes cometidos enquanto funcionário do governo ditatorial de Hosni Mubarak, deposto em 2011, Habib al-Adly declarou que “avisou repetidamente” a administração Bush, mas as mensagens foram ignoradas. “Recebemos informações do ninho da Al-Qaeda de que a América ia ser sujeita a um grande ataque terrorista”, disse Al-Adly, ministro do Interior entre 1997 e 2011, garantindo que o então presidente egípcio deu ordens para que as informações fossem transmitidas aos EUA em Março de 2001, após análise e verificação. Os dados foram passados à CIA e ao FBI “várias vezes” e, mesmo quando o Egipto “alertou que o plano [terrorista] ia passar à fase operacional”, foram “ignorados”. Por Joana Azevedo Viana, publicado em Jornal i,11 Set 2014 - 05:00
Torres Gémeas em 11 de Setembro de 2001 |
Torre da Liberdade em 11 de Setembro de 2014 |
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