"(…) Naqueles dias toda a esquerda
equatoriana estava agitada com a chegada de Fidel Castro, em 4 de Novembro de 1971 à
Guayaquil, para onde parte da classe estudantil, intelectuais e líderes
sindicais se programavam para viajar a fim de ouvi-lo.
Embora não tenha podido ir a
Quayaquil para o histórico encontro de Fidel com o presidente José María
Velasco Ibarra, li quase tudo o que a respeito era publicado em Quito. No dia
da chegada alguns jornais traziam mensagens do Partido Comunista, de
organizações de esquerda e sindicais saudando o visitante e sugerindo que se
abrissem os caminhos para reatar as relações diplomáticas entre os dois países.
No dia seguinte, um domingo, jornais, rádios e canais de televisão noticiavam a
recepção de milhares de equatorianos ao ilustre comandante. A conferência de
imprensa, dada por Fidel no aeroporto, marcou o primeiro grande momento de sua
visita. Nessa interlocução Fidel chegou a ser aplaudido pelos jornalistas,
quando colocou e justificou o processo revolucionário cubano. Respondeu com objectividade e conteúdo, enquadrou as perguntas capciosas feitas por alguns
jornalistas, encarou com segurança e tranquilidade as provocações e afirmou, com todas as letras, que a OEA era
uma cloaca. Sobre a leitura que fiz do
longo discurso de Velasco e, do mais longo ainda, de Fidel, guardo ainda comigo
um recorte de 5 de Novembro de 1971 do jornal “El Comércio” de Quito onde hoje
releio as corajosas colocações de Velasco e onde “vejo” o dedo que tantas vezes
Fidel colocou nas feridas abertas da América Latina, questionando como seria o
nosso amanhã. Contudo, suas palavras mais comoventes estão na resposta que deu
ao presidente equatoriano sobre a delicada questão dos fuzilamentos havidos em
Havana logo depois da vitória da Revolução. Daquele longo discurso, como soem
ser os pronunciamentos de Fidel, deixo aos leitores interessados, numa nota,
apenas essa parte de sua fala, para que tomem conhecimento, como eu tomei, da
outra versão dos fatos, bem diferente daquela que nos passaram as fontes
capciosas do imperialismo. (4)
Sobre esses fatos, que ocorreram há
quarenta anos, informo que a rápida passagem de Fidel pelo Equador e pelo Peru
surgiu no caminho da visita oficial de três semanas que fez ao Chile, num
explícito gesto de solidariedade ao governo socialista de Salvador Allende.
Quanto a “escala técnica em Lima e Guayaquil”, era um fato inusitado e que
claramente incomodava o Pentágono, e a seus submissos aliados no
continente. Neste contexto geopolítico
era animador ver a posição dos dois Velascos. Embora o reatamento das relações
do Peru com Cuba somente fossem celebradas em Julho de 1972, era previsível e
até natural uma visita circunstancial ao Peru. Na verdade, o namoro ideológico
entre Lima e Havana já começara em 1968
quando o general Juan Velasco Alvarado tomou o poder em 1968, nacionalizou as
petroleiras norte-americanas La Brea e Pariñas, colocando-se em franca rota de
colisão com os Estados Unidos. O que não era previsível, dentro do “quintal”
dos Estados Unidos, era uma visita ao Equador. Eis porque foi tão aplaudida a
coragem de Velasco Ibarra, ao convidar Fidel Castro, diante da pressão da
embaixada norte-americana em Quito, que tentou impedir o encontro, e da
oposição de setores militares e da oligarquia equatoriana. Foi também admirável
a coragem com que dignificou seu discurso. Por um lado, pela imagem de
soberania e independência em que
colocava o país, no contexto de submissão ao imperialismo em que vivia o
continente naqueles anos, e, por outro, por expressar oficialmente sua
admiração pela Revolução Cubana e condenar publicamente a injustificável
exclusão de Cuba pela OEA, posições tão raras entre os estadistas da América
Latina, na época e ainda hoje.
A visita de Fidel teve também seus
momentos de humor e de risadas. Lembro-me até hoje de uma passagem anedótica
que foi muito comentada nos dias seguintes entre os habitantes e rodas de
amigos. Contava-se que depois da seriedade dos discursos, durante o jantar de confraternização das comitivas,
em que o rigor do protocolo foi quebrado,
Fidel, descontraído, perguntou ao anfitrião: Com uma comida tão boa, por
que você é tão magro, Dr. Velasco?
Hoje, quarenta anos depois, é difícil
fazer uma reflexão sobre a grande importância que o acontecimento teve na
época, já que naqueles anos vivíamos bi-polarizados pelo contexto da “Guerra
Fria” numa década em que, na América Latina, os governos seguiam a cartilha do
Departamento de Estado norte-americano e a classe estudantil, a
intelectualidade de esquerda e algumas lideranças populares estavam
identificadas com os movimentos revolucionários que actuavam no continente e com
a vigorosa aura ideológica da Revolução Cubana. Digo que é difícil essa
reflexão porque nesses dias de 2012, quando se fala em Cuba, qualquer
interpretação crítica honesta deve levar em conta a questão dos direitos
humanos, mas sem discriminação. Nesse sentido qual país da América Latina ou da
Europa está isento de pecado para atirar a primeira pedra no regime cubano?
Ante essa visão maquiada sobre Cuba, -- que há décadas nos foi imposta pelo
governo que mais violou os direitos humanos na história -- os chocantes
relatórios da Amnistia Internacional falam mais alto e mostram, com dados e a
memória dos fatos, que Cuba está muito longe de ser o lobo mau dessa
história. Quero deixar claro que sou
visceralmente contra qualquer violação dos direitos humanos e, a despeito da
minha ideologia, nesse tribunal não absolvo nem romanos, nem cartagineses.
Contudo, ante essa reaccionária retórica das violações, é imprescindível sempre relembrar o que significou o ultraje aos direitos humanos aqui na América do
Sul, onde somos os campeões do mundo, e onde a justiça de transição tem
denunciado o que foram as ditaduras do Brasil, Uruguai, Argentina, Chile,
Paraguai, a da Bolívia, de Hugo Banzer e a do Peru, de Alan García.
A passagem de Fidel
pelo Peru e pelo Equador certamente se cumpria no contexto da nova estratégia
cubana para o continente, já que nos anos 70, Fidel Castro abandonou a via
armada e passou a considerar a via política
-- que levara o partido socialista ao governo do Chile -- como uma nova estratégia para combater o
imperialismo, presentes nas revoluções nacionalistas de Velasco Alvarado no
Peru e de Omar Torrijos no Panamá.
O encontro histórico
com Fidel foi sem dúvida um arriscado gesto de coragem de Velasco, do qual deduzia-se, por um lado, a aproximação com
Cuba para um próximo reatamento diplomático e, por outro, uma demonstração de
força política ante os sectores reaccionários das forças armadas. Não foi preciso
esperar muito tempo para se recolocar a ordem no “quintal” do imperialismo.
Três meses depois de receber o comandante cubano, Velasco Ibarra foi deposto
pelos militares. O grande caudilho estava no seu quinto mandato presidencial.
Perdeu o poder, mas ganhou na história. Esse foi o preço de sua coragem. " Manoel de Andrade, in " NOS RASTROS DA UTOPIA, Uma memória crítica da América Latina nos anos 70", Ed. Escrituras
(4) - (...) El Presidente ha abordado algunos temas
que nosotros nos consideramos en el deber de abordar también, y abordarlos con
la franqueza que nos ha caracterizado siempre. Se abordó aquí la cuestión
relacionada con los fusilamientos. Todo esto tiene una explicación. La historia
de nuestros países la escriben en otros países. La historia de la Revolución
Cubana ha sido escrita por agencias internacionales al servicio de los
monopolios.
No tenemos ni la más remota intención de
negar que en nuestro país los Tribunales Revolucionarios han fusilado. No
tenemos la menor intención siquiera de expresar el menor arrepentimiento, ni
rehuir el menor átomo de responsabilidad por lo que nuestro pueblo, en defensa
de su soberanía y de su vida, se vio en la necesidad de hacer.
Se contó la historia de los hombres que
fueron pasados por las armas. Pero no eran humildes obreros, no eran campesinos
sin tierras, no eran limosneros, no eran santos, no eran sacerdotes, no eran
hombres honrados. Eran sencillamente asesinos, y asesinos además de la peor
especie,. que en determinado momento de lucha, durante siete años de combate
contra la tiranía batistiana, cometieron las más incalificables fechorías;
asesinatos en ocasiones masivos, de 60 y 70 personas; asesinatos de hombres, de
mujeres, de niños, de madres; que quemaron decenas y decenas de miles de casas
y, en ocasiones, las quemaron con sus moradores dentro de ellas.
Y no sólo eso, no sólo fue necesario
ajustar cuentas que demandaba el pueblo, porque nosotros dijimos siempre al
pueblo: no queremos venganza, no queremos hombres arrastrados por las calles,
no queremos desórdenes, porque los culpables de los desórdenes, los culpables
de las vindictas populares son los que preconizan el asesinato y el crimen. Y
nosotros le decíamos al pueblo: habrá justicia, por eso no queremos venganza. Y
le pedimos al pueblo: cuando la Revolución triunfe, no queremos una casa saqueada,
no queremos un hombre ajusticiado por la mano popular, sin juicio, sin pruebas.
Y desde la guerra, ya se establecieron las leyes revolucionarias en virtud de
las cuales serían sancionados los asesinos.
Pero se fusiló no sólo a los esbirros de
aquella guerra. Nuestro país siguió en guerra durante muchos años.
Nuestro
país todavía está virtualmente en guerra. Cuando triunfa la Revolución, comenzó
entonces otra forma de guerra —experiencias que ha vivido Cuba—: cientos de
infiltraciones de armas y de agentes y espías organizados, entrenados y armados
por la CIA; cientos de lanzamientos de armas en paracaídas; organización de
bandas armadascontrarrevolucionarias en todas las provincias del país;
organización, entrenamiento y planeamiento de ataques exteriores desde bases en
Centroamérica, Guatemala, Nicaragua; ataque a nuestra patria con aviones
disfrazados com las insignias cubanas, B-26 cargados de bombas que llevaban la
bandera cubana pintada en sus alas y en su cola.
Nosotros presenciamos en un momento
determinado cómo esos aviones lanzaron el ataque sobre una de nuestras bases
aéreas. Y no podremos olvidar jamás las circunstancias de Girón, cuando un
batallón avanzaba por una carretera y algunos de aquellos aviones pasaron por
encima de las filas de nuestros combatientes, incluso movieron las alas y los
saludaron y recibieron el saludo de nuestros soldados, y dieron una vuelta, y
en medio de la carretera, sin ningún lugar de protección, los ametrallaron a
mansalva y las bombardearon, costando decenas de vidas.
No podremos olvidar los casos de tiendas
incendiadas, de mujeres que se quemaron vivas en esas tiendas; de la explosión
del vapor “La Coubre” con armas que venían de Bélgica. Porque nosotros al
principio de la Revolución intentábamos comprar algunas armas en los países
occidentales, precisamente para que no se tomara de precia, texto ningún tipo
de relación con países del campo socialista para justificar las agresiones
contra nosotros. ¡ Explotar un barco!
No se nos podrá olvidar aquella tarde que
estando nosotros.en las oficinas del Instituto Nacional de la Reforma Agraria,
escuchamos un estremecedor estampido que hizo temblar el edificio, situado a
kilómetros de distancia, y vimos la columna de humo que se levantó desde el
puerto donde se estaba descargando un barco con miles de toneladas de
explosivos, que barrió literalmente a decenas de obreros y soldados de los
muelles. No podremos olvidar la segunda explosión que barrió también con los
que fueron a prestarles los primeros auxilios.
No podremos olvidar las decenas de
campesinos asesinados por las bandas mercenarias; estudiantes alfabetizadores
torturados y asesinados, de maestros que estaban enseñando en los campos. No
podremos olvidar la cantidad de crímenes y de fechorías que cometieron.
Recordábamos recientemente, en una
exposición del Ministerio del Interior sobre las distintas tareas realizadas
por los hombres de ese ministerio, una exposición, por ejemplo, del armamento
con que en una ocasión se preparaba un atentado contra nosotros, una colección
de armas automáticas, bazucas, cañones sin retroceso, granadas de mano, uno de
los tantos planes de atentados organizados por la CIA. ¿ De dónde habían salido
esas armas? De la Base de Guantánamo, suficientes no para matar un hombre: ¡ para matar un elefante, a una
docena de elefantes, a un centenar de elefantes.
Esas cosas naturalmente no las publican
los cables: de una base que está ubicada en un pedazo de nuestra tierra, que
por la fuerza se nos la impuso, después de que disminuyeron la independencia de
nuestro país, después de que le impusieron una Enmienda Platt con derecho a
intervenir.
Y nuestro país no ha estado luchando
contra un enemigo pequeño: ha estado luchando contra un enemigo poderoso, el
más poderoso país imperialista del mundo, que con toda su técnica, todo su
dinero, todos sus recursos, hizo lo indecible por aplastar nuestra Revolución,
y no por nacionalizar el cobre o el petróleo: sencillamente por hacer una reforma
agraria y porque aquellas tierras eran de empresas norteamericanas.
Ese tipo de lucha ha tenido que seguir
nuestro país. Y nosotros teníamos que defender a nuestro pueblo, a nuestros
obreros, a nuestros estudiantes, a nuestros trabajadores, a nuestra patria,
contra aquel tipo de traidores, que desde el exterior, mandados por el
exterior, organizados desde el exterior, realizaban todo este tipo de fechorías
contra nuestro pueblo.
Era el más elemental deber ajustar cuentas
con tales criminales, y no hacerlo habría sido una cobardía, no hacerlo habría
sido una responsabilidad muy grande. Por eso, no eran obreros masacrados,
campesinos masacrados, como lo hemos visto tantas veces en los pueblos. Los que
contaron tales historias de los fusilamientos, no dicen uma sola palabra de las
fechorías que cometen por el mundo, de los cientos, de los cientos de miles de
toneladas de bombas lanzadas contra un pequeño pueblo como Vietnam, de la
matanza de My Lai. ¿ Qué se sabe de los cientos de miles, millones de mujeres y
niños asesinados en la guerra contra un pueblo pequeño, por el país mas
industrializado del mundo, que ha lanzado sobre esa pequeña nación dos veces
más bombas que las que se lanzaron en la Segunda Guerra Mundial? ¡Ah!, de eso
no habla la reacción, de eso no hablan los fascistas, de eso no hablan los
aliados del imperialismo. Y pretenden erigir en mártires prácticamente a los
canallas que contra nuestro pueblo cometieron tales fechorías.
Y por eso digo hoy que nuestro deber se
cumple y se cumplirá. Nuestro pueblo se ha defendido con valor, con dignidad.
Ha pasado peligros muy grandes, muy grandes; no sólo invasiones mercenarias,
sino que en determinado momento nuestro país estuvo amenazado por decenas de
cohetes nucleares. Y yo pregunto ¿ qué país pequeño como el nuestro se ha visto
en situación tan difícil, como la que se vio en la Crisis de Octubre? Y nuestro
país, puedo decirlo aquí, no estaba dispuesto a ceder un ápice, no cedió un
ápice. Puedo decir más: el 26 de octubre nuestras baterías-antiaéreas abrieron
fuego contra los aviones yanquis que en vuelo rasante estaban volando sobre
nuestro territorio, en plena Crisis. Y puedo decirles algo más, para que se
tenga una idea de la dignidad de nuestro pueblo: que no hubo un solo cubano que
vacilara, no hubo un solo cubano que temblara, porque las motivaciones de
nuestropueblo han sido muy profundas, la defensa de su causa ha sido algo muy
sentida. Y ese pueblo tiene tal sentido de la dignidad y de la justicia que
habría estado dispuesto a morir, a desaparecer de la faz de la tierra. Y los
pueblos solo llegan a tales determinaciones cuando defienden realmente una
causa justa, cuando defienden realmente la patria, cuando tienen motivaciones
profundas. Ese pueblo, y con ese pueblo, nosotros, los dirigentes, nos
responsabilizamos por las medidas de justicia revolucionaria que se han tomado,
y de lo que pudiéramos lamentarnos realmente es de que hayan quedado en el
mundo tantos criminales y tantos asesinos sin recibir la sanción ejemplar que
se merecían.
Esa es nuestra posición y seguirá siendo
nuestra posición. Pero muy lejos de albergar en el sentimiento de ese pueblo
actitudes crueles. Es preciso que se sepa que en nuestro país, enfrentándose a
tales organizaciones de la CIA, nunca se ha torturado a un hombre, ¡ nunca!
Pero por eso mismo se han desarrollado la inteligencia, la capacidad y la moral
de los hombres que combaten al enemigo. Nosotros nos apoyamos en las masas.
Tenemos el pueblo unido, las masas organizadas, y en nuestro país no se puede
mover ni una hormiga contrarrevolucionaria; y lo que hagan lo sabemos. Y por
eso siempre tenemos las pruebas en la mano, los argumentos, las razones. Pero
jamás en nuestro país se ha torturado a un hombre. En nuestro país se aplican
las leyes acordadas por el Gobierno Revolucionario y mediante el Tribunal
Revolucionario, no se asesina a nadie y además no se tortura a nadie, no se
pone jamás la mano sobre un hombre. Porque una de las cosas que aprendimos en
la lucha revolucionaria a detestar, a repudiar, fueron las torturas, las
cobardías. El recuerdo de miles y miles de revolucionarios torturados de las
maneras más atroces, creó en nuestro pueblo una conciencia tremenda contra
tales actos inhumanos, contra tales actos cobardes. (...)
5- Como o Brasil, por exemplo, onde o governo
sanguinário de Emílio Garrastazu Médici ia deixando, friamente, o rastro
indelével da tortura, morte e desaparecimentos de presos políticos, cujas
denúncias internacionais abalaram a imagem do país em todo o mundo, o que não
impediu que o ditador fosse recebido, em dezembro daquele ano, pelo poderoso
chefão do império, Richard Nixon.
Manoel de Andrade, poeta brasileiro, escreveu as memórias da sua diáspora libertária ao longo de 16 países da América Latina, na década de 70. Nessa época, tempo de terríveis ditaduras, Manoel de Andrade foi obrigado ao exílio. Esta obra memorialista que tem como título " NOS RASTROS DA UTOPIA, Uma memória crítica da América Latina nos anos 70" será apresentada em Curitiba, Brasil, no próximo dia 19 de Março. A edição tem a chancela da Editora Escrituras de S. Paulo.
Manoel de Andrade, poeta brasileiro, escreveu as memórias da sua diáspora libertária ao longo de 16 países da América Latina, na década de 70. Nessa época, tempo de terríveis ditaduras, Manoel de Andrade foi obrigado ao exílio. Esta obra memorialista que tem como título " NOS RASTROS DA UTOPIA, Uma memória crítica da América Latina nos anos 70" será apresentada em Curitiba, Brasil, no próximo dia 19 de Março. A edição tem a chancela da Editora Escrituras de S. Paulo.
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