Que poder o da imagem!... Que força, a do desenho!... Iluminam, expressam em meia dúzia de traços caricaturais, apontados ao tema, ao assunto, à actualidade, como flechas de apurada pontaria, zunindo com uma pertinência afunilada, com uma persistência implacável!... Em suma, uma mensagem que se capta numa fracção de um segundo, uma preciosidade em termos de poder de observação, de iniludível comentário ou opinião, munida de uma acuidade directa ou obliquamente dirigida, deveras espantosa, tanto que o génio de quem a concebe ultrapassa a morfologia do traço. Através do "cartoon", com legendas ou não, evitam-se todo um mundo de palavras que poderiam ser escritas falando sobre o mesmo, e por fim deixam de ser necessárias. O mundo hodierno precisa de cartoonistas com talento e propriedade, qualidades para a hermenêutica, para a arte do desenho. Que poder o do "cartoon", quando analisa, chama a atenção, comenta, aplaude ou critica!... Esta forma de comunicar encontra-se em todo o mundo ocidental muito bem cotada e é uma actividade muito respeitada no mundo da comunicação social. A cada dia, mais! Portugal teve e continua a ter bons cartoonistas... Foi uma saudável herança de toda uma escola artística que o século XIX nos legou... O desenho criativo, comentarista, oportuno, pedagógico, objectivo, ponteiro, encanta-nos de tal forma, que nos deixa impressionados, perplexos, mais auditivos, preenchidos, muito para além de inúmeros textos ensaboados em saliva e palavras tresmalhadas, artigos explicativos e apelativos, que não explicam o importante e sumário, que quase não chamam a atenção de ninguém para o principal, antes - pelo contrário - confundem-nos. Como diria o Eça, há escritos, escritores, textos, que mesmo depois de impressos, não conseguem ser lidos, ser apreendidos, percepcionados!... - Varela Pires
Que poder o da imagem!... Que força, a do desenho!... Iluminam, expressam em meia dúzia de traços caricaturais, apontados ao tema, ao assunto, à actualidade, como flechas de apurada pontaria, zunindo com uma pertinência afunilada, com uma persistência implacável!... Em suma, uma mensagem que se capta numa fracção de um segundo, uma preciosidade em termos de poder de observação, de iniludível comentário ou opinião, munida de uma acuidade directa ou obliquamente dirigida, deveras espantosa, tanto que o génio de quem a concebe ultrapassa a morfologia do traço. Através do "cartoon", com legendas ou não, evitam-se todo um mundo de palavras que poderiam ser escritas falando sobre o mesmo, e por fim deixam de ser necessárias. O mundo hodierno precisa de cartoonistas com talento e propriedade, qualidades para a hermenêutica, para a arte do desenho. Que poder o do "cartoon", quando analisa, chama a atenção, comenta, aplaude ou critica!... Esta forma de comunicar encontra-se em todo o mundo ocidental muito bem cotada e é uma actividade muito respeitada no mundo da comunicação social. A cada dia, mais! Portugal teve e continua a ter bons cartoonistas... Foi uma saudável herança de toda uma escola artística que o século XIX nos legou... O desenho criativo, comentarista, oportuno, pedagógico, objectivo, ponteiro, encanta-nos de tal forma, que nos deixa impressionados, perplexos, mais auditivos, preenchidos, muito para além de inúmeros textos ensaboados em saliva e palavras tresmalhadas, artigos explicativos e apelativos, que não explicam o importante e sumário, que quase não chamam a atenção de ninguém para o principal, antes - pelo contrário - confundem-nos. Como diria o Eça, há escritos, escritores, textos, que mesmo depois de impressos, não conseguem ser lidos, ser apreendidos, percepcionados!... - Varela Pires
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