As descobertas da adolescência
são aventuras sempre muito intensas.
Pomos nelas grande luxo e ardência
e é como vermos Pisas e Florenças!
Destapamos, de olhos muito abertos,
cavernas com escondidas maravilhas:
a luz dos vestidos entreabertos,
os montinhos, no peito, como ilhas!
Tudo o que se descobre, depois,
já nunca mais tem o mesmo fulgor:
são luzes, mas sem a fúria de sóis,
que souberam aquecer-nos com ardor.
No começo, o mundo era uma mulher,
fruta, com novo sumo, que se quer!
17.11.2023
Eugénio Lisboa
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