Paralelo 42, Trilogia U.S.A. - Volume I , de John
dos Passos
Tradução:
João Martins
Editorial
Presença, Agosto de 2023 ‧
Pags: 416
Preço:
18.81 €
Sinopse:
Pags: 416
Sinopse:
Paralelo
42 é o primeiro
volume da Trilogia U.S.A., que celebrizou John dos Passos como um
dos maiores escritores norte-americanos do século XX.
Uma das obras mais importantes de um dos maiores escritores da literatura
americana moderna, Paralelo 42 é o primeiro livro da Trilogia
U.S.A., um esboço grandioso e caleidoscópico de uma nação em vias de se
tornar uma superpotência. Tal como o paralelo que lhe dá título, este livro
atravessa o coração dos Estados Unidos, ao seguir a vida de cinco personagens
que procuram singrar nos anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial.
A impressionante mescla de narrativas, criada pela colagem, entre outros, de
manchetes e notícias, puríssima ficção e biografias de figuras emblemáticas do
primeiro quartel do século, espelha o fervor da luta de classes e os desaires
económicos, políticos e sociais que moldaram um país chamado América.
Uma das obras mais importantes de um dos maiores escritores da literatura
americana moderna, Paralelo 42 é o primeiro livro da Trilogia
U.S.A., um esboço grandioso e caleidoscópico de uma nação em vias de se
tornar uma superpotência. Tal como o paralelo que lhe dá título, este livro
atravessa o coração dos Estados Unidos, ao seguir a vida de cinco personagens
que procuram singrar nos anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial.
A impressionante mescla de narrativas, criada pela colagem, entre outros, de
manchetes e notícias, puríssima ficção e biografias de figuras emblemáticas do
primeiro quartel do século, espelha o fervor da luta de classes e os desaires
económicos, políticos e sociais que moldaram um país chamado América.
A
Bela Senhora Seidenman,
de Andrzej
SzczypiorskiEdições
Asa, Junho de 2023
Pags.: 272
Preço: 17,55 €
Sinopse
Pags.: 272
Preço: 17,55 €
Sinopse
Em
1943, a cidade de Varsóvia encontra-se sob a ocupação nazi. Irma Seidenman é
uma jovem viúva judia com dois atributos preciosos: cabelo loiro e olhos azuis.
São eles a delimitar a fronteira entre a sua vida e a sua morte. Com a ajuda de
documentos falsos, consegue escapar ao gueto fazendo-se passar pela mulher de
um oficial polaco, até ao dia em que é descoberta e entregue à Gestapo.
Seguem-se trinta e seis horas de detenção e um resgate no limite do impossível,
que chega quando os últimos judeus da cidade enfrentam a morte num cenário de
terror apocalíptico.
Trágico, belo e profundo, A Bela Senhora Seidenman dá-nos a
conhecer uma mulher e uma cidade num mundo em convulsão. Nas ruas de Varsóvia,
personagens tão reais que parecem saltar das páginas repetem as rotinas
possíveis por entre o caos e o violento desenrolar da História. As suas vozes
acompanham-nos nesta caleidoscópica e inquietante viagem aos limites do amor,
da abnegação e da crueldade.
Brilhante e oportuno, este romance foi internacionalmente aclamado pela crítica
e pelo público aquando da sua publicação na década de 1980, e surge agora numa
nova edição com introdução de Chimamanda Ngozi Adichie.
Leonard Cohen |
Relógio
D’Água Editores
Setembro
— Um Balé de Leprosos, de Leonard Cohen
Este livro reúne um romance e contos inéditos de Leonard Cohen escritos entre 1956 e 1961. O compositor canadiano de sucessos como “Hallelujah”, “Suzanne” e “Famous Blue Raincoat” aventurou-se pela primeira vez na escrita aos vinte e poucos anos, e é neste livro que os leitores descobrirão que a magia que animou o seu trabalho estava presente desde o início.
— Amor e Perda, de Amy Bloom (Trad. José Mário Silva)
Amy Bloom começou a reparar em mudanças no marido, Brian. Reformou-se de um novo emprego de que gostava. Afastou-se das amizades mais próximas. Começou a falar bastante sobre o passado. Subitamente sentiu uma parede de vidro entre eles. As suas longas caminhadas e conversas cessaram. O seu mundo foi lentamente abalado até uma ressonância magnética confirmar o que não podiam mais ignorar: Brian sofria de Alzheimer e chegara o momento das decisões drásticas.
— Foi assim, de Natalia Ginzburg (introdução de Italo Calvino)
O romance começa por narrar o crime: “Disparei-lhe nos olhos.” Depois, sentada num banco do jardim público, antes de se entregar, a narradora evoca a história, que a levou até ali.
— Alexis ou Tratado do Vão Combate, de Marguerite Yourcenar
Alexis é a confissão de um homem que deixa a mulher para assumir a sua homossexualidade.
Foi publicado «num momento da literatura e dos costumes em que um tema até então marcado por interdito encontrava pela primeira vez a sua plena expressão escrita».
— A Máquina de Joseph Walser, de Gonçalo M. Tavares
No romance A Máquina de Joseph Walser, pertencente à série O Reino, o protagonista, Joseph Walser, trabalhador modesto numa fábrica e coleccionador obsessivo de pequenas peças metálicas, vai sobrevivendo à violência da guerra e à vida familiar deprimente, com uma apatia que, por vezes, de longe, parece uma espécie de sabedoria. Joseph Walser é um sobrevivente.
— Poemas, de Bertolt Brecht
O essencial da poesia de Brecht, traduzida por Paulo Quintela e revista e apresentada por António Sousa Ribeiro.
— Gente Pobre, de Fiódor Dostoievski
O livro narra, sob forma epistolar, a relação entre dois primos, Makar Diévuchkin e Varvara Dobrossiólova, e aborda o tema das interacções entre pobres e ricos.
— O Conde d’Abranhos, de Eça de Queirós
O Conde d’Abranhos é a apresentação irónica de um destacado político visto através de uma memória biográfica do seu secretário particular e acrítico servidor.
A obra é de 1869, mas poderia ter sido escrita hoje.
— A Filha do Capitão, de Aleksandr Púchkin
A Filha do Capitão apresenta-nos Pugatchóv, um dirigente que encarna as aspirações populares, apresentado através de uma jovem aristocrata.
— Helena, de Machado de Assis
Publicado em 1876, Helena é um romance do primeiro período de Machado de Assis, em que o próprio reconhece um excesso de romantismo trágico, num caso de aparente incesto.
— Yvette, de Guy de Maupassant
Publicado em 1884, Yvette é uma das mais famosas novelas de Maupassant.
Cortejada pelo elegante Jean de Servigny, a ingénua Yvette toma, pouco a pouco, consciência do meio social equívoco em que a sua mãe, uma aventureira, a faz viver.
— Duna, de Frank Herbert — O Romance Gráfico: Livro 1, adaptado por Brian Herbert e e Kevin J. Anderson e ilustrado por Raúl Allén e Patricia Martín
Duna, obra-prima de ficção científica de Frank Herbert, situa-se num futuro distante, no seio de uma sociedade feudal interestelar. Conta a história de Paul Atreides no momento em que ele e a família aceitam assumir o controlo do planeta deserto Arrakis, fonte única da mais valiosa substância do cosmos.
Publicado em 1965, surge agora como romance gráfico por Brian Herbert — filho de Frank Herbert — e por Kevin J. Anderson.
— O Segredo da Força Sobre-Humana (romance gráfico), de Alison Bechdel
Em O Segredo da Força Sobre-Humana, Alison Bechdel oferece-nos uma história, que vai da infância à idade adulta, atravessando todas as modas do fitness, de Jack LaLanne nos anos 1960 até à estranheza existencial das corridas atuais.
Outubro
— Certas Raízes, de Hélia Correia
O regresso de Hélia Correia ao conto.
— Morte e Democracia, de José Gil
A morte traça uma fronteira-limite do pensamento. Para lá dela nada há a experienciar ou a pensar. Fractura radical, deixa-nos à beira de um impensável abismo. Para o transpor, inventámos a transcendência e a imortalidade. E com elas surgiram as teocracias, as realezas mágicas e os regimes políticos que criaram as maiores desigualdades e injustiças.
— Não Tenho Casa se Esta não For a Minha Casa, de Lorrie Moore (Trad. Inês Dias)
O primeiro romance de Lorrie Moore desde Uma Porta nas Escadas é uma ousada exploração do amor e da morte, da paixão e da dor, e do que significa ser assombrado pelo passado.
— Margarida e Rosa, de Louise Glück (Trad. Inês Dias)
Margarida e Rosa é uma ficção incandescente da Prémio Nobel da Literatura Louise Glück.
— Pedro Costa — Os Quartos do Cineasta, de Jacques Rancière
«O cinema não pode ser o equivalente da carta de amor ou da música dos pobres. Já não pode ser a arte que simplesmente restitui aos humildes a riqueza sensível do seu mundo. É preciso que consinta ser apenas a superfície sobre a qual se traduza, por meio de figuras novas, a experiência daqueles que foram relegados para a margem das circulações económicas e das trajectórias sociais.» [Jacques Rancière]
— Aforismos para a Arte de Viver, de Arthur Schopenhauer (Trad. António Sousa Ribeiro)
Trata-se de um tratado de filosofia prática em que se recolhem doutrinas, recomendações e advertências para viver melhor e evitar as ratoeiras e contrariedades da vida. Uma “arte de prudência” que se pode considerar uma estética da existência.
— Contos Completos, de Katherine Mansfield
Diferentes, espirituosos e argutos, os contos de Katherine Mansfield revolucionaram o género, e esta compilação representa toda a variedade da sua escrita.
— O Fim do Mundo Clássico, de Peter Brown
Esta obra aborda o período em que começa a definir-se a divisão da bacia mediterrânica em três mundos estranhos entre si, que ainda hoje persistem, apesar de todas as mudanças: a Europa Ocidental católica, Bizâncio e o Islão.
— Puro, de Nara Vidal
Numa povoação do Brasil, onde todos parecem conhecer-se, mas poucos sabem o que se passa, surge um pesadelo de eugenia racista.
Novembro
— País do Passado (título provisório), de Georgi Gospodinov (Trad. Monika Boneva e Paulo Tiago Jerónimo), vencedor do International Booker Prize 2023
— Adivinhas de Pedro e Inês, de Agustina Bessa-Luís
— Sonata para Surdos, de Frederico Pedreira
—
Feiticeira da Lua, Rei Aranha, de Marlon James (Trad. José Miguel
Silva)
Uma estratégia narrativa genial — Leopardo Negro, Lobo Vermelho contado por uma adversária — e uma fascinante luta entre diferentes versões de império, Feiticeira da Lua, Rei Aranha mergulha no mundo de Sogolon, que conta a sua própria história.
— Patos (Romance Gráfico), de Kate Beaton (Trad. Alda Rodrigues)
Katie enfrenta a dura realidade da vida nas areias petrolíferas, onde o trauma faz parte do dia-a-dia, mas não das conversas. O livro foi vencedor das duas principais categorias do Prémio Isner, o mais conceituado para romances gráficos.
— Coelhinha, de Mona Awad (Trad. Manuel Alberto Vieira)
Fenómeno no TikTok (BookTok), elogiado por Margaret Atwood, considerado um dos melhores livros do ano pela TIME, e brevemente adaptado ao cinema pela produtora BAD ROBOT (“Cloverfield,” “Star Trek, Mission: Impossible – Rogue Nation” e “Star Wars” Episodes VII e IX.)
— Apologia dos Ociosos e Outros Ensaios, de Robert Louis Stevenson (Trad. Nuno Batalha)
“As observações mais inteligentes que já foram escritas sobre literatura”, disse Nabokov. “Penso que nunca se escreveu nada de mais belo e mais profundo”, afirmou o filósofo William James. “Coloco em primeiro lugar ‘Um Capítulo sobre Sonhos’”, afirmou Borges.
— Perturbação, de Thomas Bernhard
Existem seres em quem a obsessão da morte intensifica a vida, outros a quem paralisa todos os gestos, como se fossem antecipadamente inúteis.
Em Thomas Bernhard havia uma estanha conjunção desses estados de alma.
— A Bailarina, de Carlos Vasconcelos, Ilustrações de Susana Oliveira
— Vidas Bissextas, de Amadeu Lopes Sabino
— Paula Rego - A Luz e a Sombra, de Cristina Carvalho
Dezembro
— A Casa Sombria, de Charles Dickens (Trad. Paulo Faria)
«Nesta sociedade doente, os filhos convertem‑se em escravos dos pais, as crianças e os jovens vêem o seu futuro comprometido pela ganância, pelo egoísmo e pela indiferença dos mais velhos.» [Do Posfácio de Paulo Faria]
Muitos leitores e críticos, a começar por Harold Bloom, consideram este o principal romance de Dickens. A obra tem uma introdução de G. K. Chesterton.
— A Morte do Sol, de Yan Lianke (Trad. Eugénio Graf)
Uma história inesquecível da uma vila sob o feitiço de sonambulismo enquanto o Sol ameaça não voltar a nascer.
— O Mundo de Ontem, de Stefan Zweig
O livro combina impressões da vida vienense e europeia anterior à I Guerra Mundial com as recordações pessoais de Zweig. Apesar da enorme nostalgia por aquela época, Zweig refere os defeitos da sociedade desaparecida, a pobreza, a discriminação das mulheres, que vão a par com os ideais de progresso e a esperança no ser humano, que desapareceriam para sempre nas trincheiras da Grande Guerra.
Setembro
— Um Balé de Leprosos, de Leonard Cohen
Este livro reúne um romance e contos inéditos de Leonard Cohen escritos entre 1956 e 1961. O compositor canadiano de sucessos como “Hallelujah”, “Suzanne” e “Famous Blue Raincoat” aventurou-se pela primeira vez na escrita aos vinte e poucos anos, e é neste livro que os leitores descobrirão que a magia que animou o seu trabalho estava presente desde o início.
— Amor e Perda, de Amy Bloom (Trad. José Mário Silva)
Amy Bloom começou a reparar em mudanças no marido, Brian. Reformou-se de um novo emprego de que gostava. Afastou-se das amizades mais próximas. Começou a falar bastante sobre o passado. Subitamente sentiu uma parede de vidro entre eles. As suas longas caminhadas e conversas cessaram. O seu mundo foi lentamente abalado até uma ressonância magnética confirmar o que não podiam mais ignorar: Brian sofria de Alzheimer e chegara o momento das decisões drásticas.
— Foi assim, de Natalia Ginzburg (introdução de Italo Calvino)
O romance começa por narrar o crime: “Disparei-lhe nos olhos.” Depois, sentada num banco do jardim público, antes de se entregar, a narradora evoca a história, que a levou até ali.
— Alexis ou Tratado do Vão Combate, de Marguerite Yourcenar
Alexis é a confissão de um homem que deixa a mulher para assumir a sua homossexualidade.
Foi publicado «num momento da literatura e dos costumes em que um tema até então marcado por interdito encontrava pela primeira vez a sua plena expressão escrita».
— A Máquina de Joseph Walser, de Gonçalo M. Tavares
No romance A Máquina de Joseph Walser, pertencente à série O Reino, o protagonista, Joseph Walser, trabalhador modesto numa fábrica e coleccionador obsessivo de pequenas peças metálicas, vai sobrevivendo à violência da guerra e à vida familiar deprimente, com uma apatia que, por vezes, de longe, parece uma espécie de sabedoria. Joseph Walser é um sobrevivente.
— Poemas, de Bertolt Brecht
O essencial da poesia de Brecht, traduzida por Paulo Quintela e revista e apresentada por António Sousa Ribeiro.
— Gente Pobre, de Fiódor Dostoievski
O livro narra, sob forma epistolar, a relação entre dois primos, Makar Diévuchkin e Varvara Dobrossiólova, e aborda o tema das interacções entre pobres e ricos.
— O Conde d’Abranhos, de Eça de Queirós
O Conde d’Abranhos é a apresentação irónica de um destacado político visto através de uma memória biográfica do seu secretário particular e acrítico servidor.
A obra é de 1869, mas poderia ter sido escrita hoje.
— A Filha do Capitão, de Aleksandr Púchkin
A Filha do Capitão apresenta-nos Pugatchóv, um dirigente que encarna as aspirações populares, apresentado através de uma jovem aristocrata.
— Helena, de Machado de Assis
Publicado em 1876, Helena é um romance do primeiro período de Machado de Assis, em que o próprio reconhece um excesso de romantismo trágico, num caso de aparente incesto.
— Yvette, de Guy de Maupassant
Publicado em 1884, Yvette é uma das mais famosas novelas de Maupassant.
Cortejada pelo elegante Jean de Servigny, a ingénua Yvette toma, pouco a pouco, consciência do meio social equívoco em que a sua mãe, uma aventureira, a faz viver.
— Duna, de Frank Herbert — O Romance Gráfico: Livro 1, adaptado por Brian Herbert e e Kevin J. Anderson e ilustrado por Raúl Allén e Patricia Martín
Duna, obra-prima de ficção científica de Frank Herbert, situa-se num futuro distante, no seio de uma sociedade feudal interestelar. Conta a história de Paul Atreides no momento em que ele e a família aceitam assumir o controlo do planeta deserto Arrakis, fonte única da mais valiosa substância do cosmos.
Publicado em 1965, surge agora como romance gráfico por Brian Herbert — filho de Frank Herbert — e por Kevin J. Anderson.
— O Segredo da Força Sobre-Humana (romance gráfico), de Alison Bechdel
Em O Segredo da Força Sobre-Humana, Alison Bechdel oferece-nos uma história, que vai da infância à idade adulta, atravessando todas as modas do fitness, de Jack LaLanne nos anos 1960 até à estranheza existencial das corridas atuais.
Outubro
— Certas Raízes, de Hélia Correia
O regresso de Hélia Correia ao conto.
— Morte e Democracia, de José Gil
A morte traça uma fronteira-limite do pensamento. Para lá dela nada há a experienciar ou a pensar. Fractura radical, deixa-nos à beira de um impensável abismo. Para o transpor, inventámos a transcendência e a imortalidade. E com elas surgiram as teocracias, as realezas mágicas e os regimes políticos que criaram as maiores desigualdades e injustiças.
— Não Tenho Casa se Esta não For a Minha Casa, de Lorrie Moore (Trad. Inês Dias)
O primeiro romance de Lorrie Moore desde Uma Porta nas Escadas é uma ousada exploração do amor e da morte, da paixão e da dor, e do que significa ser assombrado pelo passado.
— Margarida e Rosa, de Louise Glück (Trad. Inês Dias)
Margarida e Rosa é uma ficção incandescente da Prémio Nobel da Literatura Louise Glück.
— Pedro Costa — Os Quartos do Cineasta, de Jacques Rancière
«O cinema não pode ser o equivalente da carta de amor ou da música dos pobres. Já não pode ser a arte que simplesmente restitui aos humildes a riqueza sensível do seu mundo. É preciso que consinta ser apenas a superfície sobre a qual se traduza, por meio de figuras novas, a experiência daqueles que foram relegados para a margem das circulações económicas e das trajectórias sociais.» [Jacques Rancière]
— Aforismos para a Arte de Viver, de Arthur Schopenhauer (Trad. António Sousa Ribeiro)
Trata-se de um tratado de filosofia prática em que se recolhem doutrinas, recomendações e advertências para viver melhor e evitar as ratoeiras e contrariedades da vida. Uma “arte de prudência” que se pode considerar uma estética da existência.
— Contos Completos, de Katherine Mansfield
Diferentes, espirituosos e argutos, os contos de Katherine Mansfield revolucionaram o género, e esta compilação representa toda a variedade da sua escrita.
— O Fim do Mundo Clássico, de Peter Brown
Esta obra aborda o período em que começa a definir-se a divisão da bacia mediterrânica em três mundos estranhos entre si, que ainda hoje persistem, apesar de todas as mudanças: a Europa Ocidental católica, Bizâncio e o Islão.
— Puro, de Nara Vidal
Numa povoação do Brasil, onde todos parecem conhecer-se, mas poucos sabem o que se passa, surge um pesadelo de eugenia racista.
Novembro
— País do Passado (título provisório), de Georgi Gospodinov (Trad. Monika Boneva e Paulo Tiago Jerónimo), vencedor do International Booker Prize 2023
— Adivinhas de Pedro e Inês, de Agustina Bessa-Luís
— Sonata para Surdos, de Frederico Pedreira
Uma estratégia narrativa genial — Leopardo Negro, Lobo Vermelho contado por uma adversária — e uma fascinante luta entre diferentes versões de império, Feiticeira da Lua, Rei Aranha mergulha no mundo de Sogolon, que conta a sua própria história.
— Patos (Romance Gráfico), de Kate Beaton (Trad. Alda Rodrigues)
Katie enfrenta a dura realidade da vida nas areias petrolíferas, onde o trauma faz parte do dia-a-dia, mas não das conversas. O livro foi vencedor das duas principais categorias do Prémio Isner, o mais conceituado para romances gráficos.
— Coelhinha, de Mona Awad (Trad. Manuel Alberto Vieira)
Fenómeno no TikTok (BookTok), elogiado por Margaret Atwood, considerado um dos melhores livros do ano pela TIME, e brevemente adaptado ao cinema pela produtora BAD ROBOT (“Cloverfield,” “Star Trek, Mission: Impossible – Rogue Nation” e “Star Wars” Episodes VII e IX.)
— Apologia dos Ociosos e Outros Ensaios, de Robert Louis Stevenson (Trad. Nuno Batalha)
“As observações mais inteligentes que já foram escritas sobre literatura”, disse Nabokov. “Penso que nunca se escreveu nada de mais belo e mais profundo”, afirmou o filósofo William James. “Coloco em primeiro lugar ‘Um Capítulo sobre Sonhos’”, afirmou Borges.
— Perturbação, de Thomas Bernhard
Existem seres em quem a obsessão da morte intensifica a vida, outros a quem paralisa todos os gestos, como se fossem antecipadamente inúteis.
Em Thomas Bernhard havia uma estanha conjunção desses estados de alma.
— A Bailarina, de Carlos Vasconcelos, Ilustrações de Susana Oliveira
— Vidas Bissextas, de Amadeu Lopes Sabino
— Paula Rego - A Luz e a Sombra, de Cristina Carvalho
Dezembro
— A Casa Sombria, de Charles Dickens (Trad. Paulo Faria)
«Nesta sociedade doente, os filhos convertem‑se em escravos dos pais, as crianças e os jovens vêem o seu futuro comprometido pela ganância, pelo egoísmo e pela indiferença dos mais velhos.» [Do Posfácio de Paulo Faria]
Muitos leitores e críticos, a começar por Harold Bloom, consideram este o principal romance de Dickens. A obra tem uma introdução de G. K. Chesterton.
— A Morte do Sol, de Yan Lianke (Trad. Eugénio Graf)
Uma história inesquecível da uma vila sob o feitiço de sonambulismo enquanto o Sol ameaça não voltar a nascer.
— O Mundo de Ontem, de Stefan Zweig
O livro combina impressões da vida vienense e europeia anterior à I Guerra Mundial com as recordações pessoais de Zweig. Apesar da enorme nostalgia por aquela época, Zweig refere os defeitos da sociedade desaparecida, a pobreza, a discriminação das mulheres, que vão a par com os ideais de progresso e a esperança no ser humano, que desapareceriam para sempre nas trincheiras da Grande Guerra.
Os
grupos editoriais Bertrand/Círculo e Penguin Random House Portugal apresentaram, em Setembro, os livros que fazem parte da rentrée literária. Veja aqui alguns
destaques para os meses de Setembro, Outubro e Novembro.
Bertrand
Editora
Entre
as publicações até ao final do ano, conta-se a reedição de “A Via
Sinuosa”, o primeiro romance de Aquilino Ribeiro (1885-1963),
com prefácio de João Barroso Soares, no âmbito do centenário da morte do
escritor. Em “A Via Sinuosa”, a sair em outubro próximo, “Aquilino introduz-nos
a personagem de Libório Barradas – alter ego do autor durante a adolescência –,
numa obra marcada pela descoberta do amor e pelo despertar para a sexualidade”,
refere a Bertrand que chancela a obra.
“Olho
de Gato”, o romance que
marcou a carreira da canadiana Margaret Atwood, nos anos de 1980, e
trouxe uma das suas personagens-chave, Elaine, é “um romance de formação, no
qual uma mulher revisita, através da memória, a geografia física e humana da
sua infância e juventude", escreve a editora. "Íntimo e mordaz, e subtilmente
autobiográfico”, “Olho de Gato”, que foi finalista do Booker Prize em 1989,
decorre entre o final da II Guerra Mundial e meados da década de 1980, cruzando
referências.
Editado
originalmente em Portugal em 1990, pelas antigas Publicações Europa-América,
com tradução de Ana Heizkessel, há muito que "Olho de Gato" se
encontrava esgotado no mercado livreiro português. A nova edição tem 'selo'
Bertrand que publicou no ano passado, desta autora de 83 anos, “Questões
Escaldantes” e, em 2021, “O Ano do Dilúvio” e “Afectuosamente”.
“Eu
Fico Aqui”, a estreia
de Marco Bolzano no nosso país, é publicado este mês, e
trata-se de “um romance comovente narrado pela voz de Trina, uma mulher que
resiste independente e com a coragem da palavra numa comunidade dilacerada pelo
fascismo italiano e pelo nazismo alemão – e partir ou ficar é a decisão que faz
de nós aquilo que somos”.
Marco
Balzano nasceu em Milão em 1978, é professor do ensino secundário, e "Eu
Fico Aqui" é o seu quarto romance, que ganhou, entre outros, os prémios
Elba, Bagutta, Mario Rigoni Stern e, em França, o Prix Méditerranée, tendo sido
finalista do Prémio Strega.
Também
este mês é publicado “Coleção de Arrependimentos de Clover”, o
romance de estreia da jornalista australiana Mikki Brammer.
Em
outubro, é publicado novo livro de Manuela Gonzaga, “Aqualtune
– A Princesa do Kongo”, um romance histórico passado no século XVIII, que
“abarca a geografia do Congo, de Portugal e do Brasil, inspirado em factos e
personagens reais”, com pesquisa histórica inicial de Isabel Valadão, e o
'thriller' “A Colher de Ouro”, de Jessa Maxwell.
Regressa
igualmente às livrarias “Dom Camilo e o Seu Pequeno Mundo”,
de Giovannino Guareschi, quando se celebram os 75 anos da
publicação original.
Em
novembro estão previstas as publicações de “Bela”, de Danielle
Steel, “A Porta dos Traidores”, de Jeffrey Archer, “O
Confronto”, de John Grisham, uma “saga familiar que narra a
história de dois rapazes que, após crescerem lado a lado como amigos, se veem
em extremos opostos, na vida adulta”, “Marés de Fogo”, de James
Rollins, “Holly”, do norte-americano Stephen King, “Fogo
Selvagem – Wildfire”, de Hannah Grace, e “O Reino
das Temíveis”, de Kerri Maniscalco, o terceiro e último volume
da série “O Reino dos Malditos”, da escritora norte-americana.
Na
área de não-ficção, a Bertrand realça “O Último Homem Honesto”,
de Benjamin Cunningham, que “revela a história verdadeira de um
espião duplo na Guerra Fria. O romance é “baseado em documentos tornados
públicos recentemente, gravações de interrogatórios e relatos em primeira mão”
dos envolvidos, adianta a editora. Já “Supremacia Quântica”,
de Michio Kaku, “debruça-se sobre a revolução da computação
quântica que mudará o mundo”.
Em
outubro é publicado o novo título de Edward Wilson-Lee, autor de “A
Torre dos Segredos – Os Mundos Paralelos de Camões e Damião de Góis”. Desta
feita, em “O Memorial dos Livros Naufragados”, Wilson-Lee conta a
história do filho de Cristóvão Colombo, Hernando Colón (1498-1539).
Também
em outubro sai “Memória Vermelha – Viver, Lembrar e Esquecer a
Revolução Cultural Chinesa”, de Tania Branigan, “um retrato
marcante da Revolução Cultural e de como ela molda a China de hoje”.
Na
área de não-ficção destaca-se ainda “8.0 – Corpo & Alma”,
de Paulo Teixeira Pinto, no qual “o autor parte da mística do
algarismo 8, que simboliza o primeiro dia após os sete dias da Criação, que
resulta na forma octogonal da quadratura do círculo, na base de muitas pias
baptismais, e que na sua posição deitada corresponde ao Infinito e perfaz o
número de letras da palavra Portugal”.
Em
novembro, estará nas livrarias a “Breve História de Portugal – A Era
Contemporânea (1808-2008)”, de Raquel Varela e Roberto Della Santa,
a edição gráfica de “O Infinito num Junco”, de Irene
Vallejo, numa adaptação gráfica do ilustrador e 'cartoonista' Tyto Alba, e
ainda “A Minha Amiga Anne Frank”, da israelita Hannah
Pick-Gosla, que conviveu com a vítima do Holocausto nazi, em Amesterdão.
Na
área infantojuvenil, este mês, regressa às livrarias, com o selo
Bertrand, “A Lua de Joana”, de Maria Teresa Maia Gonzalez,
e é publicado “Salvámos o Outono”, de Joana Campos Louçã e
João Camargo, “uma história que convida as crianças a alertar toda a gente
que conhecem que o verão não pode durar tanto tempo e que o outono tem de
começar”. De Maria Teresa Mais Gonzalez é publicado, em
outubro,
“Como
é Que os Nossos Amigos Ficam Nossos Amigos? – Teoria Universal da Amizade”, de Nuno Artur Silva, com
ilustrações de João Fazenda, sai em outubro. Trata-se de “uma história sobre
como nascem os amigos e os vários níveis de amizade; como se explica que haja
amigos mais próximos, amigos mais distantes, amigos que só estão alguns dias na
nossa vida e amigos que estarão durante toda a vida, e que não o
adivinhamos".
“As
Cuecas Assustadoras”,
de Aaron Reynolds, com ilustrações de Peter Brown, é outro título a
publicar no próximo mês, assim como uma nova aventura da porquinha Peppa, “Brinca
com a Peppa”.
“O
Pedrito e os Amigos”, de Beatrix
Potter, é publicado em novembro, mês em que estão previstas as saídas
de “Eu Sou Capaz!”, da inglesa Nicola Kinnear, e o
sétimo volume da coleção “A Incrível Adele”, intitulado “Abaixo os
Palermoides!”, de Mr. Tan e Miss Prickly.
Temas
e Debates
“No
Fio da Navalha – Portugal e a Defesa do Império (1961: Abril a Novembro)”, o terceiro livro de Valentim
Alexandre, investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de
Lisboa, no qual aborda a última fase do colonialismo português, que percorre o
período após a tentativa de golpe de Estado em 1961, "conhecido como
Abrilada”, é publicado este mês pela Temas e Debates.
Também
por esta chancela e este mês, sai “A Ciência Nova do Universo
Encantado”, “derradeira” obra do antropólogo norte-americano Marshall
Sahlins (1930-2021), que propõe “repensar e reconfigurar radicalmente
o modo como estudamos as culturas diferentes”, segundo a editora.
Em
outubro a Temas e Debates prevê publicar a versão em Banda Desenhada (BD)
de “Capital e Ideologia”, de Thomas Piketty, estando
ainda calendarizada a saída de “Nómadas – Povos em Movimento, Uma
História por Contar” do jornalista e escritor de viagens Anthony
Sattin.
Para
esse mês estão também anunciados “Uma Nova História da Europa Central –
Os Reinos do Meio”, de Martyn Rady, professor emérito de
História da Europa Central na Escola de Estudos Eslavos e do Leste Europeu da
Universidade de Londres, autor de “Os Habsburgos” (2020), e “Confronto
de Ideias – Grandes Mentes, Pensamentos Diferentes”, do físico e
astrónomo Marcelo Gleiser, que “reúne as palavras dos mais
renomados cientistas, filósofos, historiadores e intelectuais", entre eles
António Damásio.
Também
em outubro, a Temas e Debates publica o “testamento literário” de Nelida
Piñon (1937-2022), que “se compõe de breves fragmentos, numa obra que
se assemelha a um diário”, intitulada “Os Rostos que Tenho”. A obra
da escritora brasileira que morreu em Lisboa, no passado mês de dezembro,
totaliza 147 capítulos e é prefaciada por Lídia Jorge.
Para
novembro, a Temas e Debates tem prevista a publicação de “Rebeldes
Magníficos – Os Primeiros Românticos e a Invenção do Eu”, de Andrea
Wulf, obra “sobre o notável grupo de jovens que, através das suas [...]
ideais radicais, lançaram o Romantismo na cena mundial”.
“O
Sonho de Ulisses”, do
historiador espanhol José Enrique Ruiz-Domènec, que aborda “a
importância do legado do Mediterrâneo na cultura mundial”, e ainda “Um
Mundo Imenso”, do anglo-norte-americano Ed Yong, vencedor de um
Prémio Pulitzer, são outros títulos anunciados.
“As
Histórias de Israel e o Israel da História”, de Francisco Martins, é o título que encerra
o ano editorial da Temas e Debates.
Quetzal
A
lista da Quetzal inclui as “Memórias de Uma Menina Bem-Comportada”,
de Simone de Beauvoir, que regressa este mês às livrarias, “O
Sexo das Mulheres”, de Anne Akrich, e ainda “o inteligentíssimo
romance” de Julia May Jonas, “Vladimir”, e “Antídoto”,
um projeto de colaboração de José Luís Peixoto com os Moonspell.
Para
outubro, está prevista a “Arte de Amar”, de Ovídio,
numa edição bilingue latim-português, com tradução de Carlos Ascenso André.
A
este juntam-se o primeiro romance do arqueólogo Henrique Raposo, “As
Três Mortes de Lucas Andrade”, "uma história sobre a pobreza, o mal, a
violência e a periferia”, o novo de Sérgio Godinho, “Vida e
Morte nas Cidades Geminadas”, que se passa em Compiègne, no noroeste de
França, e em Guimarães, e a biografia “Vidas e Mortes de Abel
Chivukuvuku”, de José Eduardo Agualusa na qual “nos conta
a história de Angola" através do nome de um homem cujo nome, Chivukuvuku,
significa "bravura".
O
ensaio de Mário Vargas Llosa “História de Um Deicídio”, sobre a
obra de Gabriel García Márquez, com tradução de Cristina Rodriguez e Artur
Guerra, também está anunciado para outubro.
A “Poesia
Completa”, de Horácio, numa tradução de Frederico Lourenço,
deverá ser publicada em novembro, assim como uma nova edição de “Mao. A
História Desconhecida”, de Jung Chang, resultado “de mais de
uma década de pesquisa e de inúmeras entrevistas com muitos dos que privaram
com Mao Tsé-Tung {1893-1976)”.
“A
Mercearia do Mundo”,
dicionário organizado por Pierre Singaravélou e Sylvain Venayre,
com tradução de Sandra Silva e Luísa Mellid-Franco, é outro título para a
época. Trata-se de “um dicionário da globalização dos produtos alimentares, do
vinho do Porto ao sushi, do ceviche ao ramen, do chili ao cuscuz, da maionese
às batatas fritas”.
Ainda
na área da gastronomia, a Quetzal publica, em novembro, “A Mesa de
Deus”, de Maria Lectícia Monteiro Cavalcanti, com prefácio do
cardeal José Tolentino Mendonça, “um livro sobre os alimentos da Bíblia, a sua
história, os seus ingredientes e o modo como se preparava a mesa dos homens – à
sombra de Deus”.
A
Quetzal prevê ainda publicar a “Poesia Completa” do
chileno Roberto Bolaño (1953-2003), traduzida por Carlos Vaz
Marques.
Contraponto
Pela
Contraponto será publicado, este mês, “Imagine Como Seria”, “o
legado final de Sir Ken Robinson (1950-2020), antigo professor
de Educação Artística da Universidade de Warwick, em Inglaterra, e coautor, com
Lou Aronica, de 'O Elemento' (2009)". “Imagina Como Seria” foi concluído
pela filha do autor Kate Robinson.
Por
esta chancela sairá “Retornados”, de Marta Martins Silva que
aborda o regresso a Portugal de 600 mil pessoas após o 25 de Abril de 1974.
“Chegaram a um Portugal que os ostracizou, perpetuando uma sensação de abandono
a quem partiu de mãos vazias. A autora dá voz a vinte e uma histórias, relatos
impressionantes que se cruzam com a análise histórica, política e social da
época sobre a qual se edificou o Portugal contemporâneo”, escreve a chancela do
Grupo Bertrand/Círculo.
Outro
título da Contraponto é “Máquina de Escrever Sentimentos”, de Inês
de Meneses, “relato intimista, sincero" de um luto.
Arteplural,
Pergaminho e 11x17
Pela
Arteplural, em novembro, sai “Aqui Há Gato – Um Almanaque de Factos
Felinos”, com 46 ilustrações.
Este
mês, pela Pergaminho, entre outros títulos, é publicado “Educar Sem
Perder a Cabeça”, de Tânia García.
Na
coleção de livros de bolso 11x17, está prevista, este mês, a publicação
de “Ansiedade – Como Enfrentar o Mal do Século”, de Augusto
Cury, “Mrs. Dalloway”, de Virgina Woolf, “O
Que Deus Disse”, de Neale Donald Walsch, e, em outubro de “O
Inocente”, de John Grisham, e “O Poder Mágico do Jejum”,
de Yoshinori Nagumo. Em novembro, “Elevação”, de Stephen
King, e “Génese”, de Robin Cook.
Alfaguara
Em
setembro, as novidades na ficção literária do grupo Penguin Random House
Portugal incluem o romance “Um lugar para Mungo”, o segundo romance
do escritor escocês Douglas Stuart, que arrecadou o Prémio Booker
2020 com o livro de estreia “Shuggie Bain”, a ser editado pela Alfaguara.
A
mesma chancela vai estrear em Portugal a escritora suíça (que escreve em
italiano) Fleur Jaaeggy, de 83 anos, com “Felizes anos de
castigo”, romance original de 1989, e vai publicar um livro de histórias
biografadas do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, "O
último sonho", que o próprio descreve como “o mais parecido que existe
com uma autobiografia fragmentada”.
Penguin
Clássicos e Objetiva
Nos
Penguin Clássicos será editada a “Narrativa da vida de Frederick
Douglass, um escravo americano, e outros textos”, e na não ficção, a
Objectiva vai publicar a biografia de Elon Musk, escrita por Walter
Isaacson, e “Buracos Brancos”, um novo livro do físico
italiano Carlo Rovelli.
Na
Objectiva, as novidades passam ainda pelo livro de memórias de Eduardo
Ferro Rodrigues, “Assim vejo a minha vida”, e pela estreia no
meio literário nacional do astrofísico norte-americano Neil de Grasse
Tyson, com “O mensageiro das estrelas: um olhar cósmico sobre a
nossa civilização”.
Companhia
das Letras
O
mês de outubro traz vários autores nacionais através da Companhia das
Letras: “Revolução”, a história de uma família no PREC, de Hugo
Gonçalves; “O nome que a cidade esqueceu”, regresso ao romance
de João Tordo; e na coleção de não-ficção literária, “O que
é ser uma escritora negra hoje, de acordo comigo”, um ensaio de Djaimilia
Pereira de Almeida.
Elsinore
e Cavalo de Ferro
Ainda
neste mês, a Elsinore vai publicar mais um livro de Virginie Despentes, “Caro
Idiota”, e de Max Porter, “Shy”, enquanto a Cavalo
de Ferro lança “A tília, (seguido de) Aniversário”, inédito em
Portugal do argentino César Aira.
No
que respeita a autores estrangeiros, o mês será marcado pela publicação, na
Cavalo de Ferro, da nova obra de Olga Tokarczuk, “Empúsio –
romance de terror neuropático”, e de “A Bíblia”, o primeiro
romance do húngaro Peter Nádas e o primeiro a chegar a
Portugal.
Em
novembro, vai ser lançado um novo volume da “Septologia” de Jon Fosse, “O
eu é um outro”, na Cavalo de Ferro.
Arena
e iguana
A
Arena publicará em outubro a autobiografia de Britney Spears, “A
mulher que há em mim”.
Um
dos grandes destaques do mês, segundo a editora, é a publicação, na chancela
iguana, de um livro de banda desenhada organizado pela iraniana Marjane
Satrapi (autora de “Persépolis”), em homenagem a Mahsa Amini, a jovem
mulher que morreu depois de ser presa pela polícia dos costumes por uso
incorreto do véu islâmico.
A
mesma chancela vai publicar também a famosa “Mafalda”, de Quino,
cujas últimas edições tinham sido feitas pela Verbo.
Suma
de Letras e Top Seller
Em
novembro, vai ser lançado o vencedor do Pulitzer 2023, “Demon
Copperhead”, de Barbara Kingsolver, na Suma de Letras, e um
novo título da autora mais vendida em Portugal, Colleen Hoover, “Nunca
Jamais”, na Top Seller.
Leya
O
título “Crónicas II”, de Lobo Antunes, é publicado em outubro pela D.Quixote.
António
Lobo Antunes, 81 anos, médico psiquiatra e um dos escritores mais premiados,
para combater a depressão que diz existir em todas as pessoas, escreve romances
nos quais fala da solidão, da morte, do amor, da loucura e, invariavelmente, da
guerra colonial, em que participou.
Estreou-se
literariamente em 1979 com “Memória de Elefante”, a que se seguiu “Os Cus de
Judas”. O seu anterior livro de crónicas foi publicado em 2021.
Também
em outubro é publicado “Compêndio para Desenterrar Nuvens”, do moçambicano Mia
Couto, sob a chancela da Editorial Caminho. Trata-se de uma recolha de contos
que o autor tem vindo a publicar mensalmente na revista Visão, tal como
aconteceu num volume anterior intitulado “O Caçador de Elefantes Invisíveis”.
Ainda
em outubro e pela mesma editora, sai “Desventuras de um Governador nos
Trópicos”, do cabo-verdiano Germano de Almeida. Um romance passado no início do
século XVIII em Cabo Verde e que trata dos amores de um governador casado com
uma sobrinha, bem mais nova e que o trai com um alferes médico da guarnição
local que acabou por morrer num calabouço na Guiné, para onde o vingativo
governador o enviou.
O
novo livro de Rodrigo Guedes de Carvalho, “As Cinco Mães de Serafim”, é
publicado pela D. Quixote em outubro. Uma história que se estende por um
século, iniciando-se em 1923, na Foz do Douro, no Porto, quando nasce Maria
Virgínia Landim da Silva, numa “casa imponente da alta burguesia”, onde cem
anos depois vive o seu filho, o maestro Miguel Serafim.
O
ator Edmundo Rosa estreia-se como romancista, com a obra “Deus foi de Férias”,
a sair neste mês de setembro. Trata-se de um romance com base numa história
verídica que “aborda os temas de abuso, amor, morte, e de como vivemos, ainda,
numa sociedade patriarcal”. “Uma história de superação de uma mulher que é
raptada e mantida em cativeiro durante vários anos."
Também
este mês, pela Oficina do Livro, é publicado “Os Meninos da Palhavã”, de Isabel
Lencastre, que recupera a história de três dos filhos ilegítimos do rei João V,
Gaspar, António e José.
Gaspar
foi arcebispo primaz de Braga, “António e José sofreram humilhações públicas e
foram alvo de punições severas”, lê-se no texto de apresentação, enviado à
agência Lusa o grupo editorial. O Grupo Leya conta 14 editoras e chancelas,
entre ela a Ndjira, em Moçambique e a Nxila em Angola, além das portuguesas D.
Quixote, Editorial Caminho e Gailivro, entre outras.
Também
este mês é publicado “O Monte do Silêncio”, de Francisco Camacho, cuja ação
narrativa se desenrola numa herdade alentejana. O título é publicado dez anos
depois de “A Última Canção da Noite” e é apresentado pela LeYa como “um
‘thriller’ psicológico trepidante, um livro fortemente cinematográfico e uma
crítica a uma certa elite portuguesa que se considera intocável”.
As
edições Asa publicam este mês o segundo romance da trilogia e epílogo
“Zuckerman Acorrentado”, de Nathan Zuckerman, personagem fictícia criada pelo
escritor norte-americano Philip Roth, que a utiliza como protagonista e
narrador, uma espécie de alter ego, em muitos de seus romances
O
“fio condutor de todos os livros e alter ego de Roth, é um pretenso eremita
que, apesar da fama recentemente conquistada como escritor de sucesso, se
afasta dos seus amigos mais antigos, rompe o seu casamento com uma mulher
virtuosa e compromete, de forma talvez irreparável, a sua afetuosa relação com
o irmão mais novo, e tudo isto por causa da sua grande sorte”.
A
obra poética reunida de Ana Paula Tavares, incluindo um conjunto de poemas
inéditos, “Poesia Reunida seguido de Água Selvagem”, é publicada em novembro
pela Editorial Caminho que publicará no mesmo mês “Curtos Amores tão Longa
Vida”, de Daniel Sampaio. Trata-se de uma “reflexão sobre a vida de um casal”.
Surgirá
igualmente o terceiro volume da série “Berger & Blom”, “O próximo és Tu”,
do sueco Arne Dahl. Nesta narrativa, o ex-inspetor Sam Berger envolvido em
suspeitas de homicídio, ao mesmo tempo que uma ameaça terrorista impende sobre
Estocolmo, e um assassino procurado está em liberdade.
A
lista de novos títulos da LeYa, a saírem até ao final do ano, inclui ainda “O
Homem que Queria ser Amado e o Gato que se Apaixonou por Ele”, do jornalista
italiano Thomas Leoncini, o romance gráfico de Agustina Guerrero “A Viagem”,
“Lições de Grego”, um romance da sul-coreana Han Kang, que em 2016 venceu o
Prémio Internacional Booker com “A Vegetariana”, “Glória”, da zimbabueana
NoViolet Bulawayo, livro que foi finalista do Booker Prize e do Rathbones Folio
Prize e nomeado para o Women’s Prize for Fiction neste ano.
Pelas
Publicações D. Quixote será editado “Gabo e Mercedes: Uma despedida”, do autor
argentino Rodrigo García, "relato íntimo" dos últimos dias do Nobel
da Literatura Gabriel García Márquez.
A
mesma editora publica o primeiro romance de Vassili Grossman, pseudónimo
literário do jornalista da ex-URSS Iosif Solomonovich Grossman (1905-1964), “O
Povo é Imortal”. A narrativa decorre durante os primeiros meses da invasão
alemã da União Soviética, na II Guerra Mundial, e conta a história de um
batalhão do exército enviado para travar o avanço do inimigo.
De
Salman Rushdie, que sobreviveu a um ataque em agosto do ano passado, a D.
Quixote vai publicar “Cidade da Vitória”, numa tradução de J. Teixeira de
Aguilar. Trata-se da “épica história de uma mulher que, com o seu sopro, dá
vida a um império fantástico, para vir a ser por ele consumida ao longo dos
séculos”.
Entre
outros títulos está também prevista a publicação do romance documental “Roma
sou Eu”, de Santiago Posteguillo, uma biografia do imperador romano Júlio
César.
As
edições Asa, por seu turno, publicam em outubro “Baumgartner”, o 18.º romance
de Paul Auster, que sucede a “4 3 2 1” (2017).
Também
em outubro a Casa das Letras publica edições especiais em capa dura dos
romances “Kafka à Beira-Mar” e “Norwegian Wood”, de Haruki Murakami. Esta
editora tem prevista ainda a publicação de “Geração Z – Entre a Juventude
Fascista da Rússia”, do historiador britânico Ian Garner.
Pela
D. Quixote sairá “Cerco ao Parlamento”, da jornalista Isabel Nery, que resgata
um episódio que aconteceu em Portugal, no decorrer do denominado “verão quente”
de 1975.
Na
área da Banda Desenhada, novela gráfica e 'mangá', está previsto sair o original
de “Tintin – As Jóias da Castafiore”, uma edição que celebra o 60.º aniversário
do herói belga, “Lucky Luke – Nitroglicerina”, de Morris e Lo Hartog van Banda,
“Lucky Luke – O Alibi”, de Morris e Claude Guyloui, “Astérix - O Íris Branco”,
de Fabcaro e Didier Conrad, na novela gráfica, “The Electric State”, de Simon
Stalenhag, e em mangá, a banda desenhada japonesa, “Le Chef Otaku e Clarity”.(Sapo, Set.2023)
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