Esse tempo era bom...Há tanto, coração!Mas é lembrá-lo e tê-lomais uma vez à mão.Sebastião da Gama, Pelo sonho é que vamos
Querida Mãe
É neste dia que ponho em palavras escritas tanto daquilo que já lhe disse e que quero repetir. Diz o poeta que esse tempo era bom. Roubei-lhe essas palavras porque a memória de um tempo com a Mãe está sempre presente em mim. Como não o recordar? Como não o sentir? Como o não ter mais uma vez à mão? Creio que nunca deixo de o vislumbrar. Não sei se foi bom todo esse tempo, sei apenas que tê-la como mãe foi uma ventura sem medida. A Mãe quis-me desde o primeiro dia. E só isso bastaria para ser uma fortuna inexcedível. Mas não ficou por aí. Abriu-me caminho e não deixou de o supervisionar sem tutelar os meus passos. Permitiu que caminhasse , que fosse gente e me autonomizasse sem que me perdesse ou me afundasse numa solidão inesperada. Esteve comigo, numa partilha de bem querer. E foi tanto o caminho percorrido, que deixar de a ter presente foi , então, a dor mais solitária que me tomou. A sua ausência nunca fora dimensionada. E a fragilidade da vida nunca uma realidade palpável entre nós.
É neste dia que ponho em palavras escritas tanto daquilo que já lhe disse e que quero repetir. Diz o poeta que esse tempo era bom. Roubei-lhe essas palavras porque a memória de um tempo com a Mãe está sempre presente em mim. Como não o recordar? Como não o sentir? Como o não ter mais uma vez à mão? Creio que nunca deixo de o vislumbrar. Não sei se foi bom todo esse tempo, sei apenas que tê-la como mãe foi uma ventura sem medida. A Mãe quis-me desde o primeiro dia. E só isso bastaria para ser uma fortuna inexcedível. Mas não ficou por aí. Abriu-me caminho e não deixou de o supervisionar sem tutelar os meus passos. Permitiu que caminhasse , que fosse gente e me autonomizasse sem que me perdesse ou me afundasse numa solidão inesperada. Esteve comigo, numa partilha de bem querer. E foi tanto o caminho percorrido, que deixar de a ter presente foi , então, a dor mais solitária que me tomou. A sua ausência nunca fora dimensionada. E a fragilidade da vida nunca uma realidade palpável entre nós.
Não, Mãe, não venho falar da finitude. Quero, isso sim, falar da vida e de tudo o que ela nos deu e pode dar. Hoje é o dia do seu aniversário. Um dia a celebrar. Fizemos muitas celebrações deste dia. A Mãe sorria-nos, logo que descobria que todos a queríamos por perto. Juntávamo-nos para, em uníssono, a abraçar, a mimar por ser quem era: a nossa Mãe. Se não era a melhor, era única . Aquela que cantava e reinava no nosso coração. Aquela que será sempre a Mãe mais desejada. Como esse tempo era bom!
Parabéns, Mãe.
Parabéns, Mãe.
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