cada vez uma parte maior dela; até que finalmente
eu era essa própria força, confundindo as pulsações
do meu sangue com as grandes batidas sonoras
do coração omnipresente da natureza.
Albert Camus, Le Désert
Muda o Verão para um outro Outono . O fluir contínuo da Natureza que se realiza autónomo e imparável. Agiganta-se, apequena-se perante nós , segundo o tempo que nela se reproduz. Tantos dias, tantos meses, um rodopiar de estações sentido , vivido quando a vida já se fez longa. Cresce e reduz-se conforme se esgotam os anos. " O nosso ser é ser no Tempo".
Talvez este tempo se deva estender ao homem. Pintá-lo com todas as estações. O Outono , que chega, seria a estação para eliminar a angústia que semeou. Teria de dar fim ao caos que se instalou por esse mundo fora. As imagens diárias, que nos chegam, são a dor que nos envergonha.
O homem teria de homenagear a Natureza. Sentir-se parte integrante da sua força para que o funcionamento do tempo repusesse no Mundo a misericórdia, a universalidade da paz. Permitir a todos os homens sentir o verdadeiro pulsar do seu coração, alinhado com as batidas da Natureza.
Seria, então, o primeiro Outono para o resto de todas as vidas.
Seria, então, o primeiro Outono para o resto de todas as vidas.
O talento de Hans Zimmer, em " One day".
Sem comentários:
Enviar um comentário