"A lista saiu no “The Guardian”,
um dos principais jornais diários da Inglaterra. Como qualquer outra, a lista a
seguir é idiossincrática, o que não é o mesmo que desqualificada. Pelo
contrário, trata-se de um levantamento criterioso e respeitável. As obras são
sérias. É possível discordar de algumas escolhas, mas, no geral, não há o que
discutir. A “Arte Moderna”, de Giulio Carlo Argan, merece ser citado entre os
bons livros da área. Foi esquecido. Mas a “História da Arte”, de E. H.
Gombrich, permanece como um livro de referência equilibrado. “Stálin — A Corte
do Czar Vermelho”, do historiador inglês Simon Sebag Montefiore, merece figurar
em qualquer lista decente sobre história ou biografia. Assim como “Mao — A História
Desconhecida”, de Jung Chang e Jon Holliday. É um dos mais documentos sobre o
genocida Mao Tsé-tung. O leitor brasileiro vai dizer: “Como é possível excluir
‘Os Sertões’, de Euclides da Cunha, e ‘Casa Grande & Senzala’, de Gilberto
Freyre? Há outras omissões, o que é normal em qualquer lista. As listas excluem mais do que incluem. Se não fosse assim, não seria lista (um recorte). O
Jornal Opção e a Revista Bula ( Brasil) comentam os livros — também de modo
idiossincrático.
ARTE
“O Choque do Novo”, de Robert Hughes (1980)
JORNALISMO
ARTE
“Notas Sobre o Camp”, de Susan Sontag (1964)
Guardian: “Sontag sugere que a sensibilidade moderna tem
sido moldada pela ética judaica e pela estética homossexual”.
Jornal
Opção e Revista Bula: Como tudo, a tese de Sontag é
discutível. Mas por que não citar dois livros de Raymond Williams: “Cultura”
(Paz e Terra) e “O Campo e a Cidade”? Talvez porque Williamns seja mais denso e
menos midiático.
“Mitologias”,
de Roland Barthes (1972)
Guardian: “Barthes examina as coisas que nos cercam neste
livro espirituoso sobre a criação do mito contemporâneo”.
Jornal
Opção e Revista Bula: no seu exame dos “fatos diversos”,
Barthes (Todorov seria um seguidor, numa linha relativamente diferente?) é
insuperável. Seu pequeno livro é um clássico.
“Orientalismo”,
de Edward Said (1978)
Guardian: “Said argumenta que as romantizadas
representações ocidentais da cultura árabe são políticas e condescendentes.”
Jornal
Opção e Revista Bula: O Guardian quer dizer que Said
percebeu que ideologizaram a representação da cultura árabe. Mas o jornal não
diz que a interpretação de Said limita a amplitude da obra de alguns autores,
como Joseph Conrad. Said tem sido muito criticado nos últimos anos.
“O
Choque do Novo”, de
Robert Hughes (1980)
Guardian: “Hughes estuda a história da arte moderna, do
cubismo à vanguarda”.
Jornal Opção e Revista Bula: Hughes é um dos maiores críticos de arte de
todos os tempos. Mas por qual razão ignorar Carlo Giulio Argan, autor de, entre
outros, “Arte Moderna” (Companhia das Letras).
“História da Arte”, de Ernst H. Gombrich (1950).
“História da Arte”, de Ernst H. Gombrich (1950).
Guardian: “É o livro mais popular de história da arte.
Gombrich analisa os problemas técnicos e estéticos enfrentados pelos artistas
desde o início dos tempos”.
Jornal Opção e Revista Bula: Minha edição é de 1972, mas, mesmo com o enorme
manancial de pesquisas recentes, o livro de Grombrich permanece como aqueles clássicos
cheios de vitalidade.
“Maneiras de Ver”, de John Berger (1972).
“Maneiras de Ver”, de John Berger (1972).
Guardian: “Um estudo das formas como olhamos a arte”.
Jornal Opção e Revista Bula: Um livro de categoria com a qualidade de John
Berger.
BIOGRAFIA
“Vidas dos Principais Arquitetos, Pintores e Escultores Italianos”, de Giorgio Vasari
(1550).
Guardian: “Biografia dos artistas que moldaram a
Renascença”.
Jornal
Opção e Revista Bula: Trata-se de um clássico, com os
defeitos e virtudes dos livros que foram escritos em cima da hora.
“A Vida de Samuel Johnson”, de James Boswell (1791).
Guardian: “Boswell baseia-se em seus diários para criar um
retrato afetuoso do grande lexicógrafo”.
Jornal
Opção e Revista Bula: Boswell era amigo do escritor inglês
Samuel Johnson, mas escreveu uma biografia equilibrada. Clássico que se tornou
“pai” das outras biografias. Inédito no Brasil.
“Os Diários de Samuel Pepys”, de Samuel Pepys (1825).
Guardian: “Diário vívido sobre o período da Restauração”.
Jornal
Opção e Revista Bula: Clássico que permanece inédito em
português. O livro sempre apareceu nas listas do jornalista Paulo Francis.
“Eminentes Vitorianos”, de Lytton Strachey
(1918).
Guardian: “Com este relato espirituoso e irreverente,
Strachey definiu o modelo para a biografia moderna”.
Jornal
Opção e Revista Bula: O livro de Strachey tem de fato
importância. Mas não caberia, antes, citar a obra de Plutarco? A biografia
“Hitler”, de Ian Kershaw, merece citação em qualquer lista séria. Assim como
“Churchill”, de Roy Jenkins.
“Adeus a Tudo Isso”, de Robert Graves (1929).
Guardian: “Graves conta, nesta autobiografia, a história
de sua infância e os primeiros anos de seu casamento. O registro central é
sobre a brutalidade e a banalidade da Primeira Guerra Mundial.”
Jornal
Opção e Revista Bula: O “Guardian” não diz, mas Graves é
um escritor e poeta notável, com amplo conhecimento de história e mitologia.
“A Autobiografia de Alice B. Toklas”, de Gertrude Stein (1933).
Guardian: “Biografia inovadora de Stein, escrita sob a
forma de uma autobiografia de sua amante.”
Jornal
Opção e Revista Bula: Gertrude Stein, ao falar de si,
conta a história da arte moderna na França. Conta boas histórias de Apollinaire
e Picasso. É um excelente retrato da vida cultural de Paris. Há uma ótima
tradução no Brasil.
CULTURA
“Notas Sobre o Camp”, de Susan Sontag (1964)
Guardian: “Sontag sugere que a sensibilidade moderna tem
sido moldada pela ética judaica e pela estética homossexual”.“O Choque do Novo”, de Robert Hughes (1980)
Guardian: “Hughes estuda a história da arte moderna, do
cubismo à vanguarda”.
Jornal Opção e Revista Bula: Hughes é um dos maiores críticos de arte de
todos os tempos. Mas por qual razão ignorar Carlo Giulio Argan, autor de, entre
outros, “Arte Moderna” (Companhia das Letras).
“História da Arte”, de Ernst H. Gombrich (1950).
“História da Arte”, de Ernst H. Gombrich (1950).
Guardian: “É o livro mais popular de história da arte.
Gombrich analisa os problemas técnicos e estéticos enfrentados pelos artistas
desde o início dos tempos”.
Jornal Opção e Revista Bula: Minha edição é de 1972, mas, mesmo com o enorme
manancial de pesquisas recentes, o livro de Grombrich permanece como aqueles clássicos
cheios de vitalidade.
“Maneiras de Ver”, de John Berger (1972).
“Maneiras de Ver”, de John Berger (1972).
Guardian: “Um estudo das formas como olhamos a arte”.
Jornal Opção e Revista Bula: Um livro de categoria com a qualidade de John
Berger.
(...)
HISTÓRIA
“As Histórias de Heródoto” (c400 a.C)
HISTÓRIA
“As Histórias de Heródoto” (c400 a.C)
Guardian: “A história começa com o relato de Heródoto sobre a guerra greco-persa”.
Jornal Opção e
Revista Bula: Outro clássico indiscutível. Base mesmo de livros
superiores sobre o assunto.
“História do Declínio e Queda do Império Romano”, de Edward Gibbon (1776)
Guardian: “O primeiro historiador moderno do Império Romano voltou a fontes antigas
para argumentar que a decadência moral torna a queda dos impérios inevitável.”
Jornal Opção e
Revista Bula: Outro clássico do primeiro time. O Brasil ganhou uma
tradução excelente, de José Paulo Paes (Companhia das Letras). Pena que seja a
versão condensada.
“A História da Inglaterra”, de Thomas Babington Macaulay (1848).
Guardian: “Um estudo do historiador Whig preeminente.”
Jornal Opção e
Revista Bula: Numa palavra, clássico. Mas por que não citar, por
exemplo, “Rumo à Estação Finlândia”, o notável livro de Edmund Wilson? Todo
livro fica datado, até os clássicos, mas a obra de Wilson é uma história
importante sobre a vaga socialista.
“Eichmann em Jerusalém”, de Hannah Arendt (1963).
Guardian: “Relato de Arendt sobre o julgamento de Adolf Eichmann”.
Jornal Opção: O livro da filósofa judia é esplêndido, não resta dúvida. Mas por que não
citar “A Destruição dos Judeus Europeus”, de Raul Hilberg?
“A Formação da Classe Operária Inglesa”, de E. P. Thompson (1963).
Guardian: “Thompson virou a história de cabeça para baixo, centrando-a sobre a
importância política do povo, ao qual a maioria dos historiadores havia tratado
como massa amorfa”.
Jornal Opção e
Revista Bula: Um clássico da historiografia inglesa (saiu no Brasil
pela Paz e Terra).
“Enterrem Meu Coração na Curva
do Rio”, de Dee Brown (1970) .
Guardian: “Um relato
comovente do tratamento dos índios americanos pelo governo dos EUA”.
Jornal Opção e Revista Bula: Uma magnífica história dos índios americanos. Mas pode ser incluído entre
os grandes clássicos? Talvez não.
“Tempos Difíceis: Uma História Oral da Grande Depressão”, de Studs Terkel (1970).
Guardian: “Relatos orais da grande Depressão americana”.
Jornal Opção e
Revista Bula: Livro não analisado por nossa redação. Pode ser
combinado com a leitura de “As Vinhas da Ira”, romance de John Steinbeck? Deve.
“Shah of Shaws”, de
Kapuscinski Ryszard (1982).
Guardian: “O grande repórter polonês conta a história do último xá do Irã.”
Jornal Opção e
Revista Bula: Hoje, diz-se que o escritor e jornalista Ryszard
costumava inventar fatos, quando a história era pobre. Mas era, sem dúvida, um
repórter brilhante. O livro sobre Reza Pahlevi é notável.
“A Era dos Extremos — O Breve Século 20”, de Eric Hobsbawm (1994)
Guardian: “Hobsbawm registra o fracasso dos capitalistas e comunistas.”
Jornal Opção e
Revista Bula: O marxismo mais ou menos ortodoxo não desvaloriza as
análises do historiador inglês Eric Hobsbawm. Seu livro é um clássico moderno.
“Gostaríamos de Informar que Amanhã Seremos Mortos com Nossas
Famílias”, de Philip Gourevitch (1999)
Guardian: “Gourevitch capta o terror do massacre de Ruanda, e os fracassos da
comunidade internacional.”
Jornal Opção e
Revista Bula: Um grande livro jornalístico.
“Pós-guerra — Uma História da Europa Desde 1945”, de Tony Judt (2005) .
Guardian: “Um relato magistral da história da Europa desde 1945”.
Jornal Opção e Revista
Bula: Trata-se
da exposição mais brilhante da história da Europa depois de 1945, passando pela
queda do Muro de Berlim e a ruína do socialismo. Um equivalente não marxista
(mas não de direita) para o trabalho de HobsbawmJORNALISMO
“O Jornalista e o Assassino”, de Janet Malcolm (1990)
Guardian: “Uma análise dos dilemas morais do jornalismo”.
Jornal Opção e
Revista Bula: Um livro de qualidade. Mas não tem a mesma força de
alguns livros de Gay Talese, Tom Wolfe e, mesmo, do Truman Capote de “A Sangue
Frio”. Mas ela tem razão: o jornalismo é tão necessário quanto indefensável.
"O Teste do Ácido de Refresco Elétrico", de Tom Wolfe (1968).
Guardian: “O homem de terno branco segue Ken Kesey e sua banda, Merry Pranksters,
nos EUA, inebriados pelo LSD”.
Jornal Opção e
Revista Bula: Tom Wolfe, mesmo metido a sabidão, é sempre
interessante. Mas, apesar do tema, forte, por que não citar outro livro,
“Radical Chique e o Novo Jornalismo”?
“Despachos”, de Michael Herr
(1977).
Guardian: “Um relato vívido das experiências de Herr da guerra do Vietnã”.
Jornal Opção e
Revista Bula: Jornalismo do primeiro time ao tratar de uma guerra
estranha e complexa.
LITERATURA
“As Vidas dos Poetas”, de Samuel
Johnson (1781)
Guardian: “Biografias e estudos críticos de poetas do século 18”.
Jornal Opção e
Revista Bula: clássico é clássico. Johnson era um faz-tudo:
prosador, crítico, biógrafo.
“Imagem da África”, de Chinua
Achebe (1975)
Guardian: “Achebe percebe ‘O Coração das Trevas’ como um romance racista, que priva
seus personagens africanos de humanidade”
Jornal Opção e
Revista Bula: Do autor, o leitor brasileiro pode ler “O Mundo se
Despedaça”. Joseph Conrad, ao contrário do que diz o escritor, não retira a
humanidade dos africanos. Mostra, isso sim, que os europeus, ao tentarem
supostamente humanizá-los, cometerem toda sorte de violências. A leitura de
Chinua Achebe é redutora.
“Psicanálise dos Contos de Fadas”, de Bruno Bettelheim (1976)
Guardian: “Bettelheim afirma que a escuridão dos contos de fadas oferece um meio
para as crianças lidarem com seus medos”.
Jornal Opção e
Revista Bula: A análise pode ser forçada (às vezes retira o lúdico
e o puramente literário), mas não deixa de ser pertinente. Abriu as portas para
outros estudos.
“Godel, Escher, Bach: An Eternal Golden Braid”, de
Douglas Hofstadter (1979)
Guardian: “Uma meditação sobre a mente, música e matemática”.
Jornal Opção e
Revista Bula: livro sobre o qual não temos referências técnicas,
mas que sabemos ser importante.
LIVROS DE MEMÓRIAS
“Confissões”, de
Jean-Jacques Rousseau (1782)
Guardian: “Rousseau estabelece o modelo de autobiografia moderna, com este relato
íntimo da sua própria vida”.
Jornal Opção e
Revista Bula: Um livro ímpar. Mas recomendamos que se leia
acompanhado do livro “Os Intelectuais”, de Paul Johnson. Há um capítulo
corrosivo sobre Rousseau.
“Narrativa da Vida de Frederick Douglass”, de Frederick Douglass (1845)
Guardian: “Uma das primeiras vezes em que a voz de um escravo foi ouvida pela
sociedade americana”.
Jornal Opção e
Revista Bula: “Um clássico americano”, que, salvo engano, não tem
tradução brasileira.
“De Profundis”, de Oscar
Wilde (1905)
Guardian: “Encarcerado, Wilde conta a história de seu affair com Alfred Douglas e
seu desenvolvimento espiritual”.
Jornal Opção e
Revista Bula: Um livro belíssimo. Mas o leitor deve ter em mente
que é a versão de Oscar Wilde. Sugere que, no lugar de seduzir, foi seduzido
por Alfred Douglas. Plausível? É, mas sem nuance.
“Os Sete Pilares da Sabedoria”, de T. E. Lawrence (1922)
Guardian: “Conta as façanhas de Lawrence durante a revolta contra o Império
Otomano”.
Jornal Opção e
Revista Bula: Um clássico. Mas a própria vida de Lawrence é mais
interessante que seu livro. Vale ver “Lawrence da Arábia”, o belo filme do
inglês David Lean.
“Minha Vida e Minhas Experiências Com a Verdade”, de Mahatma Gandhi (1927)
Guardian: “Um clássico do gênero confessional. Gandhi relata suas primeiras lutas e
sua busca apaixonada pela autoconhecimento”.
Jornal Opção e
Revista Bula: Goste-se ou não, Gandhi é um clássico.
“Homenagem à Catalunha”, de George Orwell (1938).
Guardian: “Orwell faz um relato da confusão [ideológica] e das traições na guerra
civil”.
Jornal Opção e
Revista Bula: Um relato notável sobre a Guerra Civil Espanhola.
Sugerimos, porém, que se leia acompanhado dos livros de Hugh Thomas e Antony
Beevor para melhor compreensão da história da batalha que ocorreu na Espanha,
de 1936 a 1939, entre a esquerda e a direita. A tradução brasileira é muito boa
(Editora Globo).
“O Diário de Anne Frank”, de Anne Frank (1947)
Guardian: “Publicado por seu pai, após a guerra, conta a vida da família Frank que
se escondeu na Holanda”.
Jornal Opção e
Revista Bula: Um documento impressionante sobre a perseguição dos
judeus pelo nazismo. Um clássico escrito, muito bem escrito, por uma menina — o
que resultou num relato vívido e íntimo do mundo dos judeus que se esconderam e
morreram na Holanda.
“Fala, Memória”, de Vladimir
Nabokov (1951)
Guardian: “Nabokov reflete sobre sua vida antes de se mudar para os EUA em 1940”.
Jornal Opção e
Revista Bula: Nabokov era sempre brilhante, mesmo quanto não tinha
inteira razão (como na briga com Edmund Wilson por conta de uma tradução de
Puchkin). “Fala, Memória” é um de seus livros mais sugestivos. Falta publicar
no Brasil sua crítica literária, do primeiro time.
“O Homem Morreu”, de Wole Soyinka
(1971)
Guardian: “Um relato autobiográfico das poderosas experiências de Soyinka na prisão
durante a guerra civil nigeriana”.
Jornal Opção e
Revista Bula: O que Soyinka tem de melhor é sua poesia. Mas suas
memórias mostram um mundo pouco conhecido de nós, brasileiros. Na Europa, pelo
contrário, Soyinka é mais bem publicado.
“A Tabela Periódica”, de Primo Levi
(1975)
Guardian: “Uma visão da vida do autor, incluindo a sua vida nos campos de
concentração, como pôde ser visto através do caleidoscópio de química”.
Jornal Opção e
Revista Bula: O livro citado é extraordinário. Mas, para uma leitura
inicial sobre as histórias de Primo Levi no campo de concentração (e
extermínio) de Auschwitz, sugerimos outro livro: “É Isto Um Homem?”. Como José
Paulo Paes e Elias Canetti, o magnífico escritor italiano Primo Levi era
químico. Curiosamente, depois de muitos anos, na velhice, ele se matou,
jogando-se de uma escada.
“Bad Blood”, de Lorna Sage (2000).
Guardian: “Sage destrói a fantasia de família. Conta como seus parentes
‘transmitiram’ raiva, tristeza e desejo frustrado de geração em geração”.
Jornal Opção e
Revista Bula: Temos boas referências sobre o livro, mas não podemos
apresentar indicações positivas ou negativas.(...)
O jornal “The Guardian” estabeleceu um cânone sobre livros de não-ficção
que exclui autores e obras de vários países. Do Brasil, por exemplo, não
aparece nenhum livro. “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, certamente é mais
importante que alguns dos livros arrolados, mas não é citado. “Casa Grande
& Senzala”, de Gilberto Freyre, é respeitado por sociólogos e antropólogos,
mas não mereceu nenhuma menção.Os outros
autores ignorados: Sérgio Buarque de Holanda, Roberto Schwarz, Antonio Candido
(além de crítico literário, é sociólogo), Wilson Martins (autor de uma seminal
“História da Inteligência Brasileira”), Caio Prado Júnior, Celso Furtado e
Darcy Ribeiro." in Acervo da Revista Bula
© Copyright 2014 — Revista Bula — Literatura e Jornalismo
Cultural — seutexto@uol.com.br
Sem comentários:
Enviar um comentário