Centro
Histórico de Guimarães
Distrito: Braga
Concelho: Guimarães
Tipo
de Património
Centros
Históricos
Proteção
Jurídica
Classificado
pela UNESCO desde 2001
Descrição
O
Centro Histórico da cidade de Guimarães é formado por um conjunto de edifícios,
praças e ruas, de grande valor histórico e artístico. Encontra-se classificado
pela UNESCO como Património Mundial.
Num território com povoamento muito antigo, onde se encontram vestígios
arqueológicos da Pré-História (Citânia de Briteiros) e da Romanização, a
cidade, protegida por muralhas, formou-se a partir da Idade Média e foi
local de residência da corte no período da formação de Portugal. Da
história do Castelo de
Guimarães fazem
parte vários cercos, como o efectuado pelos castelhanos no reinado de D.
Fernando I, suportado vitoriosamente pelos sitiados, e durante a crise de 1385,
em que demorou a rendição desta praça a D. João I.
Percorrer, a pé, as ruas do Centro Histórico e descobrir os segredos de um
património cultural ancestral é a melhor forma de conhecer a cidade. Ao
caminhar pela malha urbana de ruas estreitas, descobrirá a beleza de outros
largos e praças, como a Praça de Santiago. A Rua de Santa Maria é uma das
mais importantes, pela sequência harmoniosa de fachadas quinhentista, varandas
de madeira e casas nobres, como a Casa do Arco. Nesta rua, destaca-se a fachada
gótica do edifício medieval de Santa Clara, onde estiveram instalados os
antigos Paços do Concelho.
O estilo gótico predomina na fundação dos edifícios de arquitetura religiosa
monumental. Muitos deles foram remodelados nos sécs. XVII e XVIII com a
introdução de decoração barroca. A igreja de S. Francisco e a Igreja
de S. Domingos merecem uma visita. Os cruzeiros são monumentos característicos,
com a representação da cruz e decoração escultórica. Não deixe de entrar na
Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira, onde está instalado o Museu Alberto
Sampaio.
UNESCO aprova ampliação de zona classificada como Património Mundial em
Guimarães
"O Comité do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) aprovou em setembro de
2023, a ampliação da zona classificada de Guimarães.
A proposta já tinha recebido parecer positivo para reclassificação e viu agora
ser confirmada a ampliação da área classificada como Património Mundial.
A proposta da Câmara Municipal de Guimarães previa “duplicar a área
classificada, inscrevendo a Zona de Couros na lista indicativa para obter o
estatuto de Património da Humanidade”, como se podia ler num comunicado da
autarquia de 2015.
“No caso de a candidatura ser bem-sucedida, a área de proteção passará a ser
cinco vezes superior à atual, criando-se uma zona tampão desde o topo da
montanha da Penha, onde nasce a ribeira de Couros, à Veiga de Creixomil, foz de
cursos de água”, acrescentava o texto da altura.
A autarquia do distrito de Braga sublinhou, noutro documento, que “a área
classificada agora proposta aponta um novo sentido à leitura do ‘Centro
Histórico de Guimarães’, incorporando os espaços primitivos do trabalho na
compreensão da génese e desenvolvimento”.
“Até à candidatura, estava consolidada a ideia de que a génese de Guimarães era
bipolar: em torno da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira e em torno do
Castelo, à cota alta. Hoje sabemos que, à cota baixa, se desenvolviam as
atividades de curtimenta (certamente, entre muitas outras) e, nesse sentido, é
incompleta a noção do burgo medieval sem a compreensão destas inter-relações”,
pode ler-se no texto.
A Câmara de Guimarães acrescentou: “O que hoje se vê em Couros resulta do
desenvolvimento da indústria nos últimos 100-200 anos, sobrepondo-se, por
exigências funcionais, produtivas, às preexistências. Documentalmente, já no
século XII o rio é designado como ‘rio de Couros’. Mas parece cada vez mais
certa a hipótese da génese desta atividade, neste local, ser muito mais remota,
por exemplo, considerando as referências às trocas comerciais presentes no
testamento de Mumadona Dias (ano de 959)”.
Percorrer, a pé, as ruas do Centro Histórico e descobrir os segredos de um
património cultural ancestral é a melhor forma de conhecer a cidade. Ao
caminhar pela malha urbana de ruas estreitas, descobrirá a beleza de outros
largos e praças, como a Praça de Santiago. A Rua de Santa Maria é uma das
mais importantes, pela sequência harmoniosa de fachadas quinhentista, varandas
de madeira e casas nobres, como a Casa do Arco. Nesta rua, destaca-se a fachada
gótica do edifício medieval de Santa Clara, onde estiveram instalados os
antigos Paços do Concelho.
O estilo gótico predomina na fundação dos edifícios de arquitetura religiosa
monumental. Muitos deles foram remodelados nos sécs. XVII e XVIII com a
introdução de decoração barroca. A igreja de S. Francisco e a Igreja
de S. Domingos merecem uma visita. Os cruzeiros são monumentos característicos,
com a representação da cruz e decoração escultórica. Não deixe de entrar na
Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira, onde está instalado o Museu Alberto
Sampaio.
UNESCO aprova ampliação de zona classificada como Património Mundial em
Guimarães
O Comité do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) aprovou em setembro de
2023, a ampliação da zona classificada de Guimarães.
A proposta já tinha recebido parecer positivo para reclassificação e viu agora
ser confirmada a ampliação da área classificada como Património Mundial.
A proposta da Câmara Municipal de Guimarães previa “duplicar a área
classificada, inscrevendo a Zona de Couros na lista indicativa para obter o
estatuto de Património da Humanidade”, como se podia ler num comunicado da
autarquia de 2015.
“No caso de a candidatura ser bem-sucedida, a área de proteção passará a ser
cinco vezes superior à atual, criando-se uma zona tampão desde o topo da
montanha da Penha, onde nasce a ribeira de Couros, à Veiga de Creixomil, foz de
cursos de água”, acrescentava o texto da altura.
A autarquia do distrito de Braga sublinhou, noutro documento, que “a área
classificada agora proposta aponta um novo sentido à leitura do ‘Centro
Histórico de Guimarães’, incorporando os espaços primitivos do trabalho na
compreensão da génese e desenvolvimento”.
“Até à candidatura, estava consolidada a ideia de que a génese de Guimarães era
bipolar: em torno da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira e em torno do
Castelo, à cota alta. Hoje sabemos que, à cota baixa, se desenvolviam as
atividades de curtimenta (certamente, entre muitas outras) e, nesse sentido, é
incompleta a noção do burgo medieval sem a compreensão destas inter-relações”,
pode ler-se no texto.
A Câmara de Guimarães acrescentou: “O que hoje se vê em Couros resulta do
desenvolvimento da indústria nos últimos 100-200 anos, sobrepondo-se, por
exigências funcionais, produtivas, às preexistências. Documentalmente, já no
século XII o rio é designado como ‘rio de Couros’. Mas parece cada vez mais
certa a hipótese da génese desta atividade, neste local, ser muito mais remota,
por exemplo, considerando as referências às trocas comerciais presentes no
testamento de Mumadona Dias (ano de 959)”.
Citânia de Briteiros
Trata-se de um povoado
fortificado da Idade do Ferro/época romana. Após quase um século de
escavações mais ou menos contínuas, foi posto a descoberto um aglomerado
de habitações (cerca de duzentas). Muitas têm planta circular com
cerca de cinco metros de diâmetro, por vezes possuem um pequeno ou alpendre;
outras têm a forma elíptica ou, ainda, rectangular.
Castelo
de Guimarães
A construção primitiva,
possivelmente em terra e madeira, foi edificada entre 959 e 968, pela condessa
Mumadona viúva do conde Hermenegildo Mendes, para proteger o seu mosteiro e a
povoação local das invasões normandas. Mais tarde, o conde D. Henrique remodelou
o castelo, em cuja alcáçova terá nascido D. Afonso Henriques, 1º rei de
Portugal.
Igreja do Convento de S. Francisco., Guimarães |
É de raiz gótica e foi edificada no séc. XV. Da sua primitiva traça, resta,
atualmente, o pórtico, flanqueado por dois elevados contrafortes, envolto pela
decoração de semi-esferas das três arquivoltas que são sustentadas por seis
colunelos de capitéis esculpidos, e a abside, poligonal, apoiada nos seus
cantos por maciços contrafortes escalonados. Bastante acima do portal, abre-se
o óculo da anterior rosácea.
Igreja
de Nossa Senhora da Oliveira
Também conhecida por
igreja da Colegiada, supõe-se que o primitivo templo foi fundado, no séc. XI,
pela condessa Mumadona. Daquele período não restam vestígios; o edifício
pré-românico sofreu, ao longo dos tempos, acréscimos e alterações."
Fonte
de informação
CNC
/ LUSA
Bibliografia
ALMEIDA,
José António Ferreira de (orientação e coordenação), Tesouros
Artísticos de Portugal, Selecções do Reader's Digest, Lisboa, 1982.
GIL,
Júlio e CALVET, Nuno, As mais belas igrejas de Portugal, vol. I,
Verbo, Lisboa, 1988.
LOPES,
Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e
Arqueológico - inventário, vol. I, IPPAR, Lisboa, 1993.
OLIVEIRA,
Manuel Alves de, Guia de Portugal de A a Z, Círculo de Leitores,
Lisboa, 1990.
Data
de atualização
22/09/2023
e-Cultura.
pt , Centro Nacional de Cultura
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