Quando a primavera chega, pensamos
que o mundo se iluminou de novo!
Parece-nos, então, que nós chegamos
a algo belo e cheio como um ovo.
Teríamos sido nós a criá-lo?
Terá saído de dentro de nós?
Teremos inventado esse regalo?
Teremos sido nós a dar-lhe voz?
O fulgor da primavera é demais,
pra que seja possível acolhê-la!
Por mais que a sintamos, ela sobra,
arrasando com feitiços fatais.
A vida, chega-se, então, a perdê-la,
com este fino veneno de cobra!
02.04,.2023
Eugénio Lisboa
Quando vivi
em Estocolmo, era lá voz corrente que a maior parte dos suicídios ocorria ali,
no fulgor da primavera, e não no escuro inverno, como muitos pensam. Parece que
tanto fulgor se torna impossível de “gerir” por certos organismos não equipados
para o acolher.
que o mundo se iluminou de novo!
Parece-nos, então, que nós chegamos
a algo belo e cheio como um ovo.
Terá saído de dentro de nós?
Teremos inventado esse regalo?
Teremos sido nós a dar-lhe voz?
pra que seja possível acolhê-la!
Por mais que a sintamos, ela sobra,
A vida, chega-se, então, a perdê-la,
com este fino veneno de cobra!
02.04,.2023
Eugénio Lisboa
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