Émile Zola por Edouard Manet, 1868.
Émile
Zola nasceu em Paris, a 10 de Abril de 1840. Em 1843, ele e a família mudaram-se para a cidade
de Aix-en-Provence, situada no sul da França. Quando Zola tinha sete anos, o pai, François Zola um engenheiro de origem italiana , morreu, o que fez
com que a mãe, Émilie Aubert, tivesse dificuldades financeiras para manter a
família.
Em 1858, Zola e a mãe mudaram-se
para Paris, para que ele pudesse dedicar-se aos estudos. Contudo, no
término da educação básica, como não foi bem sucedido no exame de conclusão da
escola, não foi aprovado no curso de Direito.
Zola trabalhou na editora Hachette, além de ter colaborado em jornais, escrevendo crónicas, crítica literária e de arte, bem como textos sobre política, nos quais evidenciava antipatia por Napoleão III. Em 1864, publica uma colecção de novelas: “Les Contes à Ninon”. Em 1865, publica o primeiro romance, de inspiração autobiográfica, “La Confession de Claude”, tendo atraído a atenção da opinião pública e da polícia. Nessa época, conheceu Manet, Pissarro e Flaubert.
Em 1865, casou-se com Alexandrine Meley.
Em 1867, Zola publica o primeiro romance de sucesso, “Thérese Raquin”, inaugurando o romance naturalista.
Em 1898, Émile Zola envolveu-se num caso polémico de grande repercussão ao defender, em público, o oficial judeu do Exército francês, o Capitão Alfred Dreyfus, num caso de traição montada pelos generais reaccionários da França.
Numa carta aberta ao presidente da República francesa, editada na primeira página do jornal L’Aurore, intitulada " J’accuse"* (Eu Acuso), Zola defende a inocência de Dreyfus e critica a postura antissemita do alto escalão do Exército francês. Por ter acusado o comando militar de ter forjado as provas de acusação, foi perseguido condenado à prisão, tendo que se refugiar em Inglaterra até 1899.
A 29 de Setembro de 1902, onze meses depois que o processo de Dreyfus foi reaberto e Dreyfus ser solto, Émile Zola e a mulher retornaram a França.
O casal morreu em circunstâncias misteriosas, asfixiados por monóxido de carbono enquanto dormiam. Surgiram especulações de que teriam bloqueado a chaminé de seu apartamento para o matar.
Como um acto de grande honraria dispensada aos franceses de grande mérito, os seus restos mortais foram transferidos, em 1908, para o Panteão de Paris.
Emile Zola é considerado um dos maiores escritores do século XIX. Pioneiro do Naturalismo , os seus romances retratam muitos dos problemas sociais da época.
* "J'accuse" foi adaptado ao cinema , num magnifico filme pela mão talentosa do polémico realizador Roman Polanski.
Frases
de Emile Zola
“Os governos suspeitam da literatura
porque é uma força que lhes escapa.”
“Se calar a verdade e enterrá-la,
ela ficará por lá. Mas, pode ter certeza que, um dia, ela germinará.”
“O artista não é nada sem o dom, mas o
dom não é nada sem o trabalho.”
“O sofrimento é o melhor remédio para
acordar o espírito.”
“Prefiro morrer de paixão a morrer de
tédio.”
“O amor, como as andorinhas, dá
felicidade às casas.”
“As dificuldades, como as montanhas,
aplainam-se quando avançamos por elas.”
“A alegria de viver desaparece quando
não há mais esperança.”
“O que é o amor? — um conto simples,
dito de muitas maneiras.”
“Uma obra de arte é um
canto da criação visto através de um temperamento."
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