Na parede de um botequim de Madrid, um cartaz avisa: “Proibido cantar”. Na parede do aeroporto do Rio de Janeiro, um aviso informa: “É proibido brincar com os carrinhos porta-bagagem”. Ou seja: Ainda existe gente que canta, ainda existe gente que brinca.
Eduardo Galeano
Toda a poesia - e a canção é uma poesia ajudada - reflecte o que a alma não tem. Por isso a canção dos povos tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste.
Fernando Pessoa
Nem sempre o prazer da música se concentra num género . Há dias em que chega de muitas cores, de inesperados jeitos e de diferentes sons . No entanto , é nessa diferença que se gera a simbiose quase perfeita para aquele dia. E porque ainda existe gente que canta , esta vem em português, vestida de celebrada diversidade para poder abraçar este primeiro domingo de Agosto e dar prazer a quem gostar de a escutar.
Márcia e Salvador Sobral, em Pega Em Mim , canção de Márcia.
Rodrigo Leão , em O Cigarro, no programa Eléctrico da Antena 3.
Sara Tavares ,em Ginga, no programa Eléctrico , da Antena 3.
Sara Correia, em Chegou Tão Tarde. Letra e Música: Joana Espadinha; Guitarra portuguesa: Bernardo Couto; Bateria: Ivo Costa; Guitarras, percussões, synts, programações e baixo: Diogo Clemente. Gravado no S. Francisco Studio e Atlantic Blue Studio. Produzido por Diogo Clemente. Misturado e masterizado por Sassá Nascimento.
Meu amor chegou tão tarde E o meu canto adormeceu.
Não deram sinal os cardos
E a madeira não rangeu.
Mas que casa tão bonita,
Foi vestida de retratos
Mas a história que foi escrita
Não se pode descoser.
Meu amor chegou tão tarde
Com pezinhos de algodão,
Tinha areia no cabelo
E outra luz no coração
Nossa história foi bonita,
Vou guardá-la enquanto dormes
Que o amor nem acredita
Que o deitaste fora assim.
Meu amor Devo deixar-te partir
Se já não ardes por mim.
Se o coração quis assim,
Devo deixar-te seguir.
Vai que preciso chorar em paz
E em cada passo que dás
Chego mais perto de mim.
Fui loucura fui coragem,
Fui tristeza e fui esplendor.
Tudo o que me fez amar-te
Vou guardar e sem rancor.
Monto o forte na desdita
Como tantas vezes fiz
Que o amor nem acredita
Que não pode ser feliz.
Monto o forte na desdita
Como tantas vezes fiz
Que o amor nem acredita
Que não pode ser feliz.
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