SONETO DE INVERNO
que há imensos anos começou.
Tenho, dessa origem, uma imagem
de um sol que nunca me abandonou.
Berço caloroso, mas desigual,
paraíso meu, doutros, inferno,
tanto descobri ao preço do mal,
que não fiz, mas que me dói, neste inverno
da vida que se aproxima do fim.
Ter tanto vivido e tanto aprendido,
naquele mar e naquele jardim,
e não ter, por mal de mim, conseguido
deixar, no meu percurso, uma semente
que sossego trouxesse ao meu poente!
Eugénio Lisboa, em poema inédito27.04.2021
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