Kafka, em "A Arte da Fome"
29 de SETEMBRO de 2017 - 07:47
A Arte da Fome é um espetáculo a partir de três contos de Franz Kafka, com encenação de Carla Bolito
Por José Carlos Barreto
"Um Artista da Fome", "Primeiro Sofrimento" e "Josefine, a Cantora ou o Povo de Ratos", os três contos que Carla Bolito pegou, seguindo mais o primeiro: Um Artista da Fome, essa relação do artista de palco e o público e a sua própria pulsão de vida.
Ir buscar aos contos de Kafka, essa vontade de mostrar que nem tudo foi fácil nos últimos tempos em Portugal para quem vive do público. Dois homens, a dificuldade de viver e essa fé que os leva a viverem do palco. Dois homens, uma parelha que há de continuar continuamente em palco, numa outra dimensão das suas próprias vidas
"A Arte da Fome", com encenação de Carla Bolito, na sala estúdio Mário Viegas, no Teatro São Luiz, em Lisboa, esta sexta-feira e sábado às 21h00, e no domingo, último dia, às 17h30.”TSF
"O Monstro no Labirinto", na Gulbenkian
Por José Carlos Barreto
"O Monstro no Labirinto" é uma ópera comunitária, dramática, estreou esta quarta-feira na Gulbenkian, com mais de 300 pessoas no palco.
"O Monstro no Labirinto" é uma ópera comunitária, porque o compositor Jonathan Dove escreveu-a para vários níveis de construção, para os cantores e coro e músicos amadores e também para os profissionais cantores, coro e músicos que se juntam em palco para contar esta história.
O maestro do coro Sérgio Fontão sublinha esse factor, que marca esta obra, como os diferentes andares da música para cada uma das possibilidades e capacidades.
Na história da ópera, o mito grego do Minotauro, o monstro no Labirinto e o resgate das crianças gregas em Creta, que alimentavam o monstro, Teseu, o herói vai libertá-las.
O mito e a realidade, o resgate das crianças gregas em Creta, o mediterrâneo, lugar de morte e de esperança, mais de trezentas pessoas em palco para esta ópera comunitária em comunhão com a música.
"O Monstro no Labirinto", ópera de Jonathan Dove, estreou esta quarta-feira no grande auditório da Gulbenkian, em Lisboa e fica até sexta-feira, sempre às 20h00.”TSF
“Objectivo Mordzinski – Uma viagem ao coração da literatura ibero-americana”,
4 de Outubro e 29 de Dezembro
Casa da América Latina
A exposição fotográfica “Objectivo Mordzinski – Uma viagem ao coração da literatura ibero-americana”, do argentino Daniel Mordzinski, vai estar patente entre 4 de Outubro e 29 de Dezembro na Casa da América Latina, marcando os 39 anos de carreira deste artista que se dedicou ao retrato de escritores.
A exposição conta com centenas de retratos de escritores, 70 dos quais portugueses. Entre os escritores portugueses retratados, contam-se nomes como António Lobo Antunes, Agustina Bessa-Luis, Eduardo Lourenço ou José Saramago. Vários rostos da literatura latino-americana, desde Jorge Luis Borges, Julio Cortázar, Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa, até aos atuais escritores emergentes na região, estão também representados numa mostra assente na relação que a fotografia mantém com a literatura.
“Objectivo Mordzinski é um olhar sobre o futuro, bem como um objectivo que reivindica e reclama a memória – a dos escritores que retrato, a dos seus livros e a minha também. Outro objectivo é incitar e promover a leitura: sempre fui da opinião que nos livros se escondem os verdadeiros segredos da vida, que não são nem o dinheiro, nem o poder, nem a fama. Comecei a retratar os autores que admiro aos dezoito anos e o meu objectivo é continuar, para poder compartilhar com os outros essas certezas de adolescente”, comenta o artista.
A sensibilidade literária de Mordzinski rendeu-lhe a estima e amizade entre os escritores que tem vindo a retratar na busca por um ambicioso “atlas humano” da literatura ibero-americana. A sua obra tem sido exposta em grandes museus da América Latina e nos principais centros culturais e festivais europeus, bem como representada em algumas das melhores coleções fotográficas contemporâneas.
O colombiano Juan Gabriel Vásquez foi um dos escritores retratados por Daniel Mordzinski. “As fotos de Daniel Mordzinski têm me acompanhado desde o início. O Daniel colocou-me em frente à sua câmara pela primeira vez há 20 anos, e, desde então, já o vi a trabalhar em dezenas de países. É uma honra para mim fazer parte destas imagens, ajudante de outras e testemunho de muitas mais”, afirma o escritor.
A secretária-geral da Casa da América Latina, Manuela Júdice, salienta que “a fotografia de Daniel Mordzinski dá-nos a ver rostos, corpos, poses, encenações. O que ele capta não é apenas uma imagem feita à medida do que o escritor vê de si próprio. Vai mais além do que poderia não passar de um estereótipo e procura sempre surpreender uma verdade, nem que seja na inquietação que por vezes nasce destas fotos”.
Esta exposição é organizada pela Acción Cultural Española, AC/E e pela Casa da América Latina, com o apoio da Embaixada de Espanha em Lisboa e o Instituto Francês de Madrid. no âmbito da Passado e Presente – Lisboa, Capital Ibero-americana da Cultura 2017.
A exposição é inaugurada no dia 4 de Outubro, pelas 18h00, e poderá ser visitada na galeria da sede da Casa da América Latina, entre as 9h30 e as 18h30, de segunda a sexta-feira.
Além da famosa pintura "O Espelho de Vénus", uma das obras-primas da Colecção do Fundador, o Museu Calouste Gulbenkian conta agora com o desenho de Sir Edward Burne-Jones "Study for the Mirror of Venus", c.1873-1877. Trata-se de um estudo preparatório para a pintura e que foi adquirido recentemente pela Fundação.
O desenho a lápis (Burne-Jones fez inúmeros estudos integrais e parcelares para a pintura ao longo de quase uma década) tem o interesse de mostrar a composição numa concepção muito próxima do seu estado final, com a figura de Vénus ainda nua, pormenor que foi alterado na composição final.
Apesar de ter como limite temporal das aquisições o ano da morte de Calouste Gulbenkian (1955), a Colecção do Fundador incorporou no passado - pela relação directa com obras do seu acervo - quatro desenhos preparatórios para jóias de René Lalique, um desenho preparatório para uma pintura de Francesco Guardi, um desenho de Cochin e o designado álbum da Colecção Walpole, Houghton Hall, onde surge reproduzido o retrato de Helena Fourment, de Rubens.
Opéra de Paris
La saison 17/18 commence.
De Balanchine à Debussy en passant par Mozart, en noir et blanc ou en couleurs, l’épure des lignes et la délicatesse des tons marquent, tous différemment, la chorégraphie d’Anne Teresa De Keersmaeker, celle de Balanchine et la mise en scène de Bob Wilson. Au milieu d’eux, le contrepoint d’une éclatante opérette viennoise, une Veuve joyeuse aux airs bien connus… Pour ouvrir les portes de ce monde de formes et de sons, quelle meilleure clef que notre playlist de spectacles à l’affiche cet automne ?
Le Lac Perdu est une invitation au voyage, une déambulation onirique dans l’univers des Opéras Garnier et Bastille.
L’artifice et l’éphémère du spectacle sont mis en perspective dans une œuvre lumineuse et inquiétante.
Pour la 3e scène de l’Opéra de Paris, Claude Lévêque reprend le temps d’un film les perturbations sensorielles à l’œuvre dans ses dispositifs.
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