Sinopse
"Uma rapariga surge abandonada frente a um pronto-socorro em Turim, em condições gravíssimas. Quem é? Como se chama? De onde vem? É negra, bela, tem uns olhos verdes insólitos, muito jovem. Quanto a mais, nada se sabe dela, para os médicos, por agora, é apenas um corpo que luta entre a vida e a morte. E é percorrendo o caminho entre a vida e a morte que a rapariga, num alucinado monólogo interior, tenta recordar-se da sua história. No espaço e no tempo onírico do coma em que caiu, reconstrói a viagem que, há dez anos atrás, a trouxe de uma pobre aldeia em África com a promessa de instrução e de condições mais dignas de vida. Em Itália, pelo contrário, apenas encontra o horror da pedofilia e da prostituição, é abusada, humilhada e manipulada por um circuito de poderosos e de tudo despojada, anónima e corrupta. Uma narrativa tocante, um devastador grito de dor para todas as mulheres."
Festa da
Insignificância, novo romance de Milan
Kundera após 13 anos de ausência, será editado a 14 de Outubro pela Dom
Quixote.
Sinopse:
«Lançar luz sobre os problemas mais sérios e, ao mesmo tempo, não proferir uma
única frase séria, estar fascinado pela realidade do mundo contemporâneo e, ao
mesmo tempo, evitar qualquer realismo, eis A Festa da Insignificância, o
novo romance de Milan Kundera, 13 anos depois do anterior, no qual o autor
coloca em cena quatro amigos parisienses que vivem numa deriva inócua,
característica de uma existência contemporânea esvaziada de sentido.
Os que conhecem os livros de Kundera sabem que a intenção de incorporar uma parte de “não-sério” num romance não é de todo inesperada. Em A Imortalidade, Goethe e Hemingway passeiam juntos por vários capítulos, conversando e divertindo-se. E, em A Lentidão, Vera, a esposa do autor, diz a seu marido: “Sempre me disseste que um dia querias escrever um romance em que nenhuma palavra fosse a sério… Só quero avisar-te: cuidado, os teus inimigos esperam-te.”
No entanto, em vez de prestar atenção, Kundera realiza finalmente na plenitude o seu velho sonho estético neste romance, que pode ser visto como um resumo surpreendente de toda a sua obra.»
Os que conhecem os livros de Kundera sabem que a intenção de incorporar uma parte de “não-sério” num romance não é de todo inesperada. Em A Imortalidade, Goethe e Hemingway passeiam juntos por vários capítulos, conversando e divertindo-se. E, em A Lentidão, Vera, a esposa do autor, diz a seu marido: “Sempre me disseste que um dia querias escrever um romance em que nenhuma palavra fosse a sério… Só quero avisar-te: cuidado, os teus inimigos esperam-te.”
No entanto, em vez de prestar atenção, Kundera realiza finalmente na plenitude o seu velho sonho estético neste romance, que pode ser visto como um resumo surpreendente de toda a sua obra.»
Acta esta fabula - Memórias IV, de Eugénio Lisboa é o terceiro livro de Memórias num conjunto de cinco volumes previsto por este insigne escritor.
A Opera Omnia anuncia no respectivo site que " editará em Outubro mais um volume
das Memórias de Eugénio Lisboa. Trata-se do livro Acta esta fabula -
Memórias IV - Peregrinação: Joanesburgo. Paris. Estocolmo. Londres (1976-1995),
dando assim continuidade a uma colecção de assinalável êxito editorial."
A Retirada dos Dez Mil, de Xenofonte,
com tradução e prefácio de Aquilino Ribeiro,foi lançado pela Bertrand a 13 de Outubro,
na Fnac do Chiado, com apresentação de Henrique Monteiro e Mário de Carvalho. A
obra vai estar à venda a partir de 17 de outubro.
Trata-se da única
tradução para português desta obra e no seu prefácio Aquilino Ribeiro explica
como entrou em contacto com o clássico de Xenofonte quando estudava em Paris.
A Retirada dos Dez Mil
conta ainda com uma introdução do escritor Mário de Carvalho.
Quanto ao livro,
descreve a Bertrand que Xenofonte «relata as aventuras e desventuras de uma
expedição fracassada à Pérsia. Mais do que um relato histórico, Xenofonte
oferece-nos uma recriação vívida das experiências dos guerreiros gregos,
levando o leitor a sentir uma proximidade com as emoções dos personagens e com
todo o cenário de guerra e aventura onde eles se movem, abrindo, de certa
forma, um caminho que haveria de culminar no romance moderno».
«Este é um dos mais movimentados e arrebatadores livros de
acção que jamais se escreveram. Lê-se empolgadamente, como um romance de
guerra. Trata de personagens, factos e locais verídicos, transfigurados (os
especialistas dirão até que ponto) por uma pena ágil, de poderoso vigor
expressivo. […] Sou dos que consideram Aquilino Ribeiro o maior e mais completo
dos escritores portugueses do século XX. […] Avulta, sobretudo, o esplendoroso
domínio da língua portuguesa, a riqueza vocabular e imagética e também a graça,
ora subtil, ora vivaz e bonacheirona, cortando de um travo popular a situação
mais tensa ou a solenidade mais erudita.»
Mário de Carvalho
O Organista – The Organist (Edição Bilingue) de Lídia
Jorge lançado pela Dom Quixote.
«Antes do princípio,
ao vazio chegou um órgão. Com esse órgão, o vazio encheu-se de música, e o
Criador, atraído pelo som, resolveu tocar ele mesmo o extraordinário
instrumento. Então a música passou a ser invenção e revelação, e a cada sopro
do órgão apareceram o cosmos, o tempo, os primeiros seres vivos e, por fim, o
homem e a mulher, tal como os conhecemos, criados pelo Organista.
Esta é uma prodigiosa
fábula sobre a criação do Universo e a relação dos homens com Deus, pela mão de
uma escritora que dispensa apresentações.
Um livro em edição
bilingue, português e inglês.»
Galveias, o novo romance de José Luís Peixoto, editado pela Quetzal, saiu a 10 de Outubro.
Sobre o livro:
«”Galveias sente os seus. Oferece-lhes mundo, ruas para estenderem idades. Um
dia, acolhe-os no seu interior. São como meninos que regressam ao ventre da
mãe. Galveias protege os seus para sempre.”
O universo toca uma
pequena vila com um mistério imenso. Esse é o ponto de acesso ao elenco de
personagens que compõe este romance e que, capítulo a capítulo, ergue um mundo.
Como uma condensação de portugalidade, Galveias é um retrato de vida, imagem
despudorada de uma realidade que atravessa o país e que, em grande medida,
contribui para traçar-lhe a sua identidade mais profunda.
A riqueza da escrita,
a sofisticação formal, a sensível e dura humanidade destas páginas são um passo
marcante na obra de um dos mais destacados autores europeus da sua geração e,
sem dúvida, colocam Galveias entre os grandes romances alguma vez escritos
sobre a ruralidade portuguesa. Para todos os leitores que, ao longo dos anos,
irão conhecê-lo, a trajectória deste livro já se iniciou. Como o mistério que
acerta em Galveias, este romance vai a caminho desses olhares, irá tocá-los de
modo irreversível.»
Mendel dos Livros
de Stefan Zweig editado pela Assírio
& Alvim.
«Traduzida directamente do alemão por Álvaro Gonçalves, esta novela foi escrita em 1929 e publicada, em folhetim, no jornal diário vienense Neue Freie Presse, de que Zweig era colaborador permanente. Narra-se aqui a história de um judeu ortodoxo galiciano, estabelecido há anos em Viena como alfarrabista/vendedor de livros ambulante, e cujo único interesse eram os livros que comprava e vendia a universitários e académicos de Viena. Esta história constitui, espantosamente, a antecipação em mais de uma década do definhamento do próprio autor: a metáfora de um escritor, “cidadão europeu”, pacifista empenhado, entregue de corpo e alma, como o próprio Mendel o era aos seus queridos livros, à criação de uma obra literária europeia com características universais, mas que, vítima da barbárie nacional-socialista, perde tudo: o seu país, a sua língua, os seus leitores da língua alemã, para quem escrevia, e o próprio sentido da vida.»
«Traduzida directamente do alemão por Álvaro Gonçalves, esta novela foi escrita em 1929 e publicada, em folhetim, no jornal diário vienense Neue Freie Presse, de que Zweig era colaborador permanente. Narra-se aqui a história de um judeu ortodoxo galiciano, estabelecido há anos em Viena como alfarrabista/vendedor de livros ambulante, e cujo único interesse eram os livros que comprava e vendia a universitários e académicos de Viena. Esta história constitui, espantosamente, a antecipação em mais de uma década do definhamento do próprio autor: a metáfora de um escritor, “cidadão europeu”, pacifista empenhado, entregue de corpo e alma, como o próprio Mendel o era aos seus queridos livros, à criação de uma obra literária europeia com características universais, mas que, vítima da barbárie nacional-socialista, perde tudo: o seu país, a sua língua, os seus leitores da língua alemã, para quem escrevia, e o próprio sentido da vida.»
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