Cerca de cinquenta (50) crianças foram abandonadas pelas mães à nascença nas maternidades portuguesas durante este ano 2010. Muitas outras foram encontradas em sacos de lixo, em caixotes, ao relento pelo país. Aventar as razões que levaram estas mães a este acto é especular sobre sofrimento, pobreza ou sentimentos que não se contabilizam. No entanto, reflectir sobre o estado da justiça social e da protecção aos desamparados é necessariamente uma obrigação ancestral. A exclusão e a perda de afectos que marca os sem-abrigo cuja imagem se ergue quase banalizada por tantas reportagens televisivas é também uma deriva desta incapacidade que o Homem tem para com o outro ao consumir-se numa existência fútil de banalidades e de insensibilidade social.
As crianças são sempre as maiores vítimas. O elo mais fraco é a vulnerabilidade disponível na cadeia dos desprotegidos.
Os contos que Hans Christian Andersen escreveu para crianças retratam com actualidade situações que nos confrangem e que denunciam a perda de sentido de muitos rituais que marginalizaram a verdadeira essência do ser humano: o valor dos afectos.
" A menina dos fósforos" é um conto fabulosamente trágico que evidencia a fatalidade de ser pobre num mundo consumista e confortavelmente egoísta. A dimensão feérica e fantástica dos fósforos eleva-nos para a transcendência do sonho materializado pelas referências subjectivas dos afectos que distinguem cada ser humano.
Esta versão videográfica, montada em desenho animado, apresenta virtuosamente o conto escrito por Andersen no Sec. XIX, há quase 150 anos. A excelente banda sonora que a acompanha merece um visionamento.
" A menina dos fósforos" é um conto fabulosamente trágico que evidencia a fatalidade de ser pobre num mundo consumista e confortavelmente egoísta. A dimensão feérica e fantástica dos fósforos eleva-nos para a transcendência do sonho materializado pelas referências subjectivas dos afectos que distinguem cada ser humano.
Esta versão videográfica, montada em desenho animado, apresenta virtuosamente o conto escrito por Andersen no Sec. XIX, há quase 150 anos. A excelente banda sonora que a acompanha merece um visionamento.
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