sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Os livros da rentrée

Novo livro de poesia de Eugénio Lisboa
Poemas em Tempo de Peste, de Eugénio Lisboa chega às livrarias a 29 de Setembro de 2020. A edição tem a chancela da Guerra & Paz. 
Sinopse
"Merda para esta vida de paz, / diria, se fosse escritor naturalista: / porque, já agora, tanto me faz / comer um bife ou simplesmente alpista
Com esta desembaraçada franqueza, o poeta Eugénio Lisboa enfrenta, desabafa, ri-se e faz-nos rir deste perigoso mundo em que um vírus nos pôs a viver. Poemas em Tempo de Peste não é só um livro de poemas, é uma aventura em que se fundem literatura e vida. Ah, mas fundem-se com um grande sentido lúdico e um melancólico langor, que tanto toca em Camões, Eliot ou Almada, como no sabor a paraíso de uma África que já foi, porque «o passado sempre conta / quando o vírus já desponta!» À mesa destes Poemas em Tempo de Peste, são chamados a sentar-se os grandes do mundo. 
Os Poemas em Tempo de Peste de Eugénio Lisboa tanto cantam o admirável Pinto da Costa em decassílabos (não murchos) «com umas rimas do caraças», como lançam farpas a alguns escritores de que não dizemos os nomes: cuidado com os rapazes!"
Outras Inquirições, de Jorge Luis Borges , com edição de Quetzal Editores. Está nas livrarias em Setembro.
Sinopse
"Outras Inquirições reúne alguns dos ensaios mais brilhantes de Jorge Luis Borges - constituem um diálogo permanente com o mundo e fazem do seu nome uma referência indispensável para a cultura do século XX.
Os textos reunidos em Outras Inquirições abordam temas importantes e quase obsessivos na obra de Jorge Luis Borges: as relações entre o espaço e o tempo, a previsão do futuro, a eternidade, o suicídio e a redenção, o infinito, a existência do inferno, o papel da alegoria, os nomes de Deus, a leitura cabalista da Bíblia, a filosofia e a poesia chinesas, o panteísmo, os clássicos e a sua importância, a lenda de Buda ou a refutação do tempo - e ainda uma lista de autores que sempre amou, de Cervantes a Chesterton, de Coleridge ou Quevedo a Kafka e Oscar Wilde. Publicado pela primeira vez em 1952, Outras Inquirições é um título que nos devolve o seu génio criador e solitário, onde Borges reúne alguns dos seus mais importantes ensaios, como Magias Parciais do Quixote, Kafka e os Seus Precursores ou Do Culto dos Livros."
A Vida Mentirosa Dos Adultos , de Elena Ferrante tem edição da Relógio D'Água, com tradução de Margarida Periquito. Está nas Livrarias em Setembro.
Sinopse
«Dois anos antes de sair de casa, o meu pai disse à minha mãe que eu era muito feia» é a frase inicial deste romance.
A revelação é feita por Giovanna, que ao olhar paterno se transformara de criança encantadora em adolescente imprevisível, que parecia tornar-se cada dia mais parecida com a desprezada tia Vittoria.
A frase ouvida sem que os pais o soubessem vai levar Giovanna a procurar conhecer a tia, cujas fotografias foram apagadas dos álbuns de família e é evitada em todas as conversas.
Para saber se estará realmente a tornar-se semelhante à tia, vai visitar a zona empobrecida de Nápoles, a conhecer uma versão diferente dos seus pais, provocando sem o saber a desagregação da sua família intelectual, compreensiva e perfeita na aparência.
Confirmando a sua mestria narrativa e o profundo conhecimento do que se passa na cabeça das adolescentes, Ferrante constrói um enredo surpreendente, ligando uma história de iniciação aos episódios de uma pulseira que passa de mão em mão.
Giovanna move-se entre duas famílias e duas zonas da cidade em busca dela própria, na passagem da adolescência para a idade adulta."

Quichote, de Salman Rushdie, publicado pela Editora Dom Quixote, está nas livrarias em Setembro.
Sinopse
"
Inspirado pelo clássico de Cervantes, Sam DuChamp, um medíocre autor de livros de espionagem, cria Quichotte, um cortês e apatetado vendedor ambulante obcecado pela televisão que é vítima de uma paixão impossível por uma estrela de TV. Acompanhado pelo seu filho (imaginário) Sancho, Quichotte empreende uma picaresca busca pela América a fim de se mostrar digno da sua mão, arrostando valorosamente com os tragicómicos perigos de uma era em que Tudo-Pode-Acontecer. Entretanto, o seu criador, que vive uma crise de meia-idade, enfrenta igualmente os seus imperiosos desafios. Tal como Cervantes escreveu Dom Quixote para satirizar a cultura do seu tempo, Rushdie transporta o leitor numa desvairada corrida através de um país à beira do colapso moral e espiritual. E, com aquela magia narrativa que é a imagem de marca da obra de Rushdie, as vidas amplamente realizadas de DuChamp e Quichotte interpenetram-se numa busca profundamente humana do amor e num retrato perversamente divertido de uma época em que os factos são tantas vezes indistinguíveis da ficção. "

O Mundo à Minha Procura, de Ruben A., com edição da Assírio & Alvim e nas livrarias em Setembro.
Sinopse
"Passando pela infância, o primeiro amor, os estudos em Coimbra, amizades, livros e viagens, esta obra representa, como afirmou Ruben A. numa entrevista ao Diário Popular em Julho de 1965, «uma necessidade urgente de arrumar a minha vida sentimental, de ver a novela que dentro do meu ser transporto. A forma autobiográfica é a mais pura do romance, a criação permanente de um estado de espírito que traz presentes os fantasmas que se acolheram no sótão da sensibilidade."

Na Planície das Serpentes, de Paul Theroux, com chancela de Quetzal Editores. Em Setembro nas livrarias.

Sinopse
"Paul Theroux regressa aos seus temas clássicos, e pela porta grande: o México, a terra de todas as aventuras e de todos os sonhos. Na cultura ocidental, o México é a terra da liberdade - foi o país procurado pelos foragidos e pelos aventureiros, pelos escritores europeus e americanos e pelos viajantes em busca de exotismo, pacificação e turbulência. Da fronteira com os EUA até ao limite das grandes montanhas a sul, o México é o mapa da literatura, do cinema, da música e do gosto de viver e de viajar.
No deserto de Sonora ou nas grandes pirâmides das civilizações maia ou tolteca, nas cidades modernas ou nas que conservam a beleza da arquitectura colonial, Theroux redescobre para todos nós um país grandioso e cheio de história, que fascina várias gerações: as mais velhas, que relembram a música, a literatura e o gosto pela história; as mais jovens, que não perderam o gosto pela liberdade e pela aventura. Paul Theroux percorre toda a extensão da fronteira EUA-México (onde encontra emigrantes em busca de conforto) e depois mergulha profundamente no interior, nas estradas secundárias de Chiapas e Oaxaca, vai a Monterrey e a Veracruz para descobrir um mundo fascinante escondido por detrás da brutalidade e da violência das manchetes dos jornais e das histórias dos cartéis da droga."
Uma História de Espanha, de Arturo Pérez-Reverte , com chancela da Asa Editora, nas livrarias, em Setembro.
Sinopse
"Neste relato pessoal, irónico e sempre sagaz, Arturo Pérez-Reverte conta a acidentada história do nosso país vizinho. Uma obra concebida, segundo o autor, como "um pretexto para olhar para trás desde os tempos remotos até ao presente, reflectir um pouco sobre ele e contá-lo por escrito de uma forma pouco ortodoxa".
Das origens de Espanha até ao final da transição para o regime democrático, os principais acontecimentos da história do nosso vizinho ibérico são narrados com um olhar único, construído com as doses certas de leituras, experiência e senso comum.
"O olhar com que escrevo romances e artigos, não fui eu que o escolhi - diz o autor -, é, sim, o resultado de todas essas coisas: a visão, mais ácida do que doce, de quem, como diz um dos meus personagens, sabe que ser lúcido em Espanha acarreta sempre muita amargura, muita solidão e pouca esperança." 
Tempos Duros, de Mario Vargas Llosa , edição de Quetzal Editores, em Setembro, nas livrarias.
Sinopse 
"Guatemala, 1954. O golpe militar encabeçado por Carlos Castillo Armas, e apoiado pelos Estados Unidos através da CIA, provoca a queda do governo reformista de Jacobo Árbenz. Por detrás desta ação violenta está uma mentira que passou por verdade e que mudou a história da América Latina: a acusação — por parte do governo de Eisenhower — de que Árbenz, um líder moderado, encorajava a entrada do comunismo soviético no país e no continente. 
Neste romance apaixonante, evocativo das suas melhores reconstituições de episódios da vida da América Latina e das suas singularidades, Mario Vargas Llosa funde a realidade com duas ficções: a do narrador que livremente recria personagens e situações; e a que foi desenhada por aqueles que quiseram controlar a política e a economia de um continente, manipulando a sua história, pondo e dispondo da vida de países que tentaram caminhos independentes."
Pela Terra Alheia. Notas de Viagem , de Ramalho Ortigão
Sinopse
"As grandes descrições e narrativas de Ramalho Ortigão inventaram a moderna literatura portuguesa de viagens, emprestando-lhe cosmopolitismo, alegria e luxúria - e um picante de humor e ironia que só Ramalho pôde conhecer. 
Condensando num só volume os dois tomos da edição original que reúne textos escritos entre 1867 e 1910, esta edição de Pela Terra Alheia percorre a Espanha, a Argentina, a França, a Alemanha e a Itália. São evidentes o apreço pelo detalhe, a notável ironia de Ramalho Ortigão, bem como o seu deslumbramento pelas cidades e paragens que visita. Simultaneamente romântico e cosmopolita — o autor de Praias de Portugal é um viajante culto e informado, desejoso da companhia do leitor; por isso, os seus textos são visuais, enaltecem a paisagem (descrevendo-a em pinceladas fortes), elogiam os costumes e os hábitos estranhos, constroem um ideal de civilização onde o homem é substituído pelo gentleman e a curiosidade é tão eterna como as paragens por onde nos leva, concebendo-se a si mesmo como «um risonho fantasma de pé leve». 
O final é digno de uma grande ópera, à vista da Sicília, a súmula do espírito da civilização."

Os livros da Relógio D'Água para Outubro:

1 — A Minha Luta: O Fim, de Karl Ove Knausgård
2 — A Quinta dos Animais: O Romance Gráfico, de George Orwell (Adaptado e Ilustrado por Odyr)
3 — Fogos, de Marguerite Yourcenar
4 — A Ciência de Interstellar, de Kip Thorne
5 — A Noite das Barricadas, de H. G. Cancela
6 — Sapatos de Corda, de Mónica Baldaque
7 — Peregrino e Estrangeiro: Ensaios, de Marguerite Yourcenar
8 — EstojoPoesia Édita e Inédita, de Miguel-Manso
9 — Mary Ventura e o Nono Reino, de Sylvia Plath
10 — O Sítio do Lugar Nenhum, de Norberto Morais
11 — Reino Transcendente, de Yaa Gyasi
12 — A Muralha, de Agustina Bessa-Luís
13 — O Almanaque do Céu e da Terra, de Cristina Carvalho

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