É a agressão a Portugal, em toda a linha. Murro da Moody’s atiram-nos para o balde do lixo. É a notícia que corre mundo e paralisa o país.
"Enquanto nos entretínhamos a elogiar o programa e o Governo, surge o murro no estômago, dado pela Moody’s, uma das agências de rating que não acredita em Portugal. Caímos no lixo ao primeiro assalto. Mas o ‘entretenimento do elogio’ não se limitava à discussão interna. O porta-voz da Comissão Europeia para os Assuntos Económicos, Amadeu Altafaj, referiu até que as medidas previstas no programa de Passos iam além do que se exigia.
Portugal parecia ter entrado no rumo, com políticas austeras, que os portugueses teriam de compreender e que os próprios escolheram: o plano da troika estava desenhado, com o consentimento dos três partidos mais votados, que representam uma ampla maioria no Parlamento e, claro está, uma esmagadora percentagem de votos nas Legislativas." in PTjornal (Moody’s. Murro no estômago. Primeiro assalto)
Portugal parecia ter entrado no rumo, com políticas austeras, que os portugueses teriam de compreender e que os próprios escolheram: o plano da troika estava desenhado, com o consentimento dos três partidos mais votados, que representam uma ampla maioria no Parlamento e, claro está, uma esmagadora percentagem de votos nas Legislativas." in PTjornal (Moody’s. Murro no estômago. Primeiro assalto)
Portugal endividado já não tem direitos, já não se afirma, já não tem voz e talvez nem lugar marcado na orla ocidental da Europa. Portugal endividado é um país marginalizado. De glorioso país de navegadores passou a derrotado país de incumpridores. Um país pirata cuja existência se deve processar à margem do mundo. Assim dixit os novos donos do mundo: as agências de rating, produto inovador de uma sociedade desregulada onde o capital reina em total cegueira e, ainda mais, em incompreensível e consequente aceitação.
Compreender que Portugal está em grave situação deficitária não é um acto que exija esforço. A evidência dos resultados e o permanente caos das contas públicas são tão flagrantes que foi obrigado a recorrer à ajuda externa. Os compromissos assumidos no contrato de empréstimo passaram a prevalecer e a desenhar o programa do novo governo. A independência financeira perdeu-se no labirinto que foi tecendo em anos de desnorte consecutivo. Se Portugal era pobre , ficou mais pobre e muita miserabilidade passou a raiar . Deixou muita gente na rua, muitos no patamar do infortúnio e mais ainda engrossarão as filas do desespero, da inevitabilidade do desemprego. O país está em estado crísico muito forte. Todos o sabem, todos o sabiam, todos o diziam. Mas estar em pobreza, em miséria financeira, em situação de dívida e viver de saldo emprestado sob juros milionários não transforma um país em lixo, apenas o expõe ao voraz apetite dos abutres.
Compreender que Portugal está em grave situação deficitária não é um acto que exija esforço. A evidência dos resultados e o permanente caos das contas públicas são tão flagrantes que foi obrigado a recorrer à ajuda externa. Os compromissos assumidos no contrato de empréstimo passaram a prevalecer e a desenhar o programa do novo governo. A independência financeira perdeu-se no labirinto que foi tecendo em anos de desnorte consecutivo. Se Portugal era pobre , ficou mais pobre e muita miserabilidade passou a raiar . Deixou muita gente na rua, muitos no patamar do infortúnio e mais ainda engrossarão as filas do desespero, da inevitabilidade do desemprego. O país está em estado crísico muito forte. Todos o sabem, todos o sabiam, todos o diziam. Mas estar em pobreza, em miséria financeira, em situação de dívida e viver de saldo emprestado sob juros milionários não transforma um país em lixo, apenas o expõe ao voraz apetite dos abutres.
Ai América, América que será de ti sem agências de rating?
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