Miguel Delibes (17 de Outubro de 1920 - 12 de Março de 2010), o maestro das letras espanholas, desapareceu.
"Vivió sus últimos años «resignadamente». Él mismo lo dijo al cumplir 87: «Soporto los días, uno tras otro, todos iguales. No deseo más tiempo. Doy mi vida por vivida». Una confesión que eriza la piel a sus fieles. Ahora este genio de la literatura les ha dejado huérfanos. ¿Fue feliz? «No existe la felicidad. A lo largo de la vida hay briznas de dicha que se deshacen como las pompas de jabón. Yo soy triste», respondió en su día. Este repaso en imágenes por lo que fue su vida trata de acercarse al maestro pesimista". Referiu o Jornal " El Mundo" com fotografia de Carlos Miralles, dedicando um caderno a Miguel Delibes distribuido da seguinte maneira:" El castellano conciso; Su Vida; Su Obra; Su Personajes; Un Sabio del Campo."
É o retrato de um grande escritor que juntamente com Camilo José Cela e Gonzalo Torrente Ballester representam a excelência da literatura espanhola dos últimos cem anos. Foi galardoado com variadas distinções tais como o Prémio Nadal em 1948, o Prémio Príncipe de Asturias repartido com Gonzalo Torrente Ballester em 1982, o Prémio Nacional de Letras em 1991, o Prémio Cervantes em 1993.
É um artífice da terra e da vida rural que descreve com exímia naturalidade , utilizando um discurso ímpar, directo e de uma justeza exemplar. Natural de Valladolid jamais abandonou a sua terra natal. Com formação em Direito nunca exerceu essa especialização, trocando-a pelo prazer da escrita. Foi Director do Jornal "El Norte de Castilla" entre 1958-1963, tendo sido obrigado a demitir-se por ter sido alvo de censura por parte do Governo de Franco de cuja política discordava. Confessou que foi pelo labor de jornalista na redacção da notícia que adquiriu a capacidade de concisão e objectividade que impregna a sua escrita.
Delibes disse um dia que: “Nas minhas obras há quatro elementos essenciais – a natureza, a morte, a sensibilidade em relação ao próximo e a infância."
Escreve PEDRO CÁCERES:" Dentro de poco, habrá que leer a Miguel Delibes con el diccionario en la mano. Casi nadie podrá entender el vocabulario del ámbito rural que emplea en su obra. Porque ese mundo campesino de obras como 'El camino' (1950) o 'Las ratas' (1962) ya desapareció. En la segunda mitad del siglo XX, cuando desarrolló su obra narrativa, España pasó de ser rural a urbana. Se perdieron los usos, las herramientas y las palabras que los describían."
Miguel Delibes tem uma imensa obra publicada, muito lamentavelmente pouco traduzida para português, desde "La sombra del ciprés es alargada"(1948)Premio Nadal, "El camino"( 1950), "Las ratas" (1962) Prémio da Crítica, "Diario de un cazador" (1955),"Diario de un emigrante (1958),"Los santos inocentes"(1981), "Cartas de amor de un sexagenario voluptuoso"(1983), "Viejas historias y cuentos completos" (2006),uma recompilação de toda a narrativa breve completa, etc..
A Espanha e o mundo ficaram de luto porque morreu um grande homem que ficará para sempre na plêiade dos grandes da Literatura Universal.
A Espanha e o mundo ficaram de luto porque morreu um grande homem que ficará para sempre na plêiade dos grandes da Literatura Universal.
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