Um dos principais dissidentes políticos cubanos, Orlando Zapata, morreu na tarde de terça-feira num hospital da capital de Cuba, Havana, após uma greve de fome de 86 dias. O governo de Cuba considera os prisioneiros dissidentes como "mercenários" ao serviço dos Estados Unidos.
Há poucas semanas, a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional havia afirmado que o estado de saúde de Zapata era "preocupante" e feito um apelo para que a sua libertação fosse imediata.Esse pedido não foi atendido e Zapata acabou por não resistir ao estado de debilidade em que se encontrava. Foi ontem a enterrar, em Banes, na presença de dezenas de amigos e dissidentes. "Acabámos de o enterrar. Muitos irmãos [dissidentes] acompanharam-me, mas nós fomos reprimidos e escoltados por agentes da Segurança de Estado até aos últimos instantes", disse à AFP a mãe, Reina Luisa Tamayo.
Zapata é o segundo preso de consciência a morrer de greve de fome em Cuba, iniciada para criticar as suas condições de detenção, tendo o primeiro sido Pedro Luis Boitel, em 1972.
O líder cubano, Raúl Castro, disse na quarta-feira que "lamentava" a sua morte, mas negou a existência de torturas na ilha. A mãe de Zapata recusou os "lamentos" do Presidente.
Depois de uma primeira reacção considerada por muitos insuficiente, o primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero, exigiu ontem a Havana a libertação dos seus mais de 200 prisioneiros políticos e o respeito pelos direitos humanos. "É uma exigência fundamental de toda a comunidade internacional", afirmou, em nome da União Europeia (que actualmente preside).
O Governo espanhol defende uma alteração da política europeia para com a ilha, apostando numa aproximação. "A morte de Zapata constitui uma bofetada para a política do Governo em relação a Cuba", lia-se ontem no editorial do El Mundo.
Há poucas semanas, a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional havia afirmado que o estado de saúde de Zapata era "preocupante" e feito um apelo para que a sua libertação fosse imediata.Esse pedido não foi atendido e Zapata acabou por não resistir ao estado de debilidade em que se encontrava. Foi ontem a enterrar, em Banes, na presença de dezenas de amigos e dissidentes. "Acabámos de o enterrar. Muitos irmãos [dissidentes] acompanharam-me, mas nós fomos reprimidos e escoltados por agentes da Segurança de Estado até aos últimos instantes", disse à AFP a mãe, Reina Luisa Tamayo.
Zapata é o segundo preso de consciência a morrer de greve de fome em Cuba, iniciada para criticar as suas condições de detenção, tendo o primeiro sido Pedro Luis Boitel, em 1972.
O líder cubano, Raúl Castro, disse na quarta-feira que "lamentava" a sua morte, mas negou a existência de torturas na ilha. A mãe de Zapata recusou os "lamentos" do Presidente.
Depois de uma primeira reacção considerada por muitos insuficiente, o primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero, exigiu ontem a Havana a libertação dos seus mais de 200 prisioneiros políticos e o respeito pelos direitos humanos. "É uma exigência fundamental de toda a comunidade internacional", afirmou, em nome da União Europeia (que actualmente preside).
O Governo espanhol defende uma alteração da política europeia para com a ilha, apostando numa aproximação. "A morte de Zapata constitui uma bofetada para a política do Governo em relação a Cuba", lia-se ontem no editorial do El Mundo.
Esperemos que Cuba se liberte dos fantasmas tão falsa e caducamente ameaçadores que descortina, ainda, na dissidência e retome definitivamente o caminho das liberdades fundamentais, entre as quais está aquela que levou Zapata à morte.
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