domingo, 2 de junho de 2024

Ao Domingo Há Música

 

E lucevan le stelle
Ed olezzava la terra
Stridea l'uscio dell'orto
E un passo sfiorava la rena
Entrava ella, fragrante
Mi cadea fra le braccia
Oh! dolci baci, o languide carezze
Mentr'io fremente le belle forme disciogliea dai veli!
Svanì per sempre il sogno mio d'amore...
L'ora è fuggita e muoio disperato!
E non ho amato mai tanto la vita!

Agora (ela) fugiu e eu morro desesperado!/ E nunca amei tanto a vida! ... Um dorido lamento perante a morte, quando o amor foi intenso.
Eis um grande tenor para dar voz a uma das mais belas árias de Puccini .
 
Jonas Kaufmann , em E lucevan le stelle, da Ópera Tosca, de Giacomo Puccin
   
 "A ária 'E Lucevan Le Stelle',(A Despedida Sob as Estrelas), composta por Giacomo Puccini, é uma das peças mais emocionantes da ópera 'Tosca', estreada em 1900. Esta música é cantada pela personagem Mario Cavaradossi, um pintor apaixonado, momentos antes de sua execução. As letras reflectem a intensidade de seus últimos pensamentos e a dor de uma despedida iminente. A letra começa descrevendo uma cena tranquila e bela onde as estrelas brilham e a terra exala seu aroma, contrastando profundamente com o tormento interno de Cavaradossi. Ele relembra o amor de sua amada Tosca, evocando memórias de encontros secretos e carícias suaves. Essa reminiscência serve como um escape momentâneo de sua realidade cruel, mas também intensifica a sua dor ao perceber que esses momentos não retornarão. O clímax da ária revela a agonia de Cavaradossi ao aceitar o seu destino fatal. As palavras 'E non ho amato mai tanto la vita!' traduzem a ironia trágica de seu apreço pela vida justamente quando está prestes a perdê-la. Esta linha não apenas resume a essência emocional da ária, mas também evidencia uma reflexão profunda sobre o valor da vida e do amor, especialmente sob a sombra da morte iminente."
 
Num diferente registo, Jonas Kaufmann, em Nella fantasia, do filme Mission. Música de Ennio Morricone , Letra de   Chiara Ferraù.

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