‘Parva que Sou’ dos Deolinda é uma canção consentânea com os dias que passam. Os malefícios da crise são transversais à sociedade, mas atingem desmesuradamente os jovens que são impedidos de iniciar qualquer carreira ou, em alternativa, são arrastados para uma precariedade perigosa. Ao glosar, em cântico , esta realidade os Deolinda lançam um êxito com resultados surpreendentes. Dos concertos realizados no Coliseu ( Porto e Lisboa), a canção invadiu meteoricamente as redes sociais e o público. É a " canção de intervenção" do momento.
Sou da geração sem remuneração e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar, já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar, que mundo tão parvo onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração casinha dos pais, se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou!
Filhos, maridos, estou sempre a adiar e ainda me falta o carro pagar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar, que mundo tão parvo onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração vou queixar-me pra quê? Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração eu já não posso mais que esta situação dura há tempo demais.
E parva não sou!
E fico a pensar, que mundo tão parvo onde para ser escravo é preciso estudar.
Deolinda
É verdade, esta canção tem estado a causar furor no Youtube e nas redes sociais, dada a sua actualidade neste nosso País. Um estilon diferente daquele a que estávamos habituados, inovador mesmo, mas também irreverente.
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