faz com o coração
o contrário do que fazes com o corpo:
despe-o.
Quanto mais nu,
mais ele encontrará
o único agasalho possível
- um outro coração.
Mia Couto, A Chuva Pasmada
Cantas...
Cantas. E fica a vida suspensa.
É como se um rio cantasse:
em redor é tudo teu;
mas quando cessa o teu canto
o silêncio é todo meu.
Eugénio de Andrade, em As mãos e os frutos, 1948
Cantas...
Cantas. E fica a vida suspensa.
É como se um rio cantasse:
em redor é tudo teu;
mas quando cessa o teu canto
o silêncio é todo meu.
Eugénio de Andrade, em As mãos e os frutos, 1948
Jessye Mae Norman, (Setembro 15, 1945 – Setembro 30, 2019) soprano norte-americana, continua a silenciar tudo em redor do seu canto. É impossível não sucumbir à força da sua voz. Levou, pelo mundo, em todos os palcos que pisou, a magia do canto como se do paraíso se tratasse.
Ei-la , em jeito de homenagem, neste domingo de um agitado Outubro.
Jessye Norman, em Amen, composição de Donald Fraser. A cantora é acompanhada pelo American Boychoir , Ely Cathedral Choristers , Vocal Arts Chorus e pela Bournemouth Symphony Orchestra, dirigida pelo Maestro Robert De Cormier, na Ely Cathedral.
Jessye Norman, em Amazing Grace, na gala de homenagem a Sidney Poitier, no Kennedy Center Honors,em 1995.
Jessye Norman e Kathleen Battle, em He's Got the Whole World in His Hands, no Carnegie Hall.

Sem comentários:
Enviar um comentário