sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Livros : as novidades

NOVIDADES


JULHO

1 — Histórias Falsas, de Gonçalo M. Tavares
Um ligeiro desvio do olhar em relação à vida conhecida de algumas personagens históricas.


2— Pessoas Normais, de Sally Rooney
Connell e Marianne cresceram na mesma pequena cidade da Irlanda, mas as semelhanças acabam aqui. Na escola, Connell é popular e bem-visto por todos, enquanto Marianne é uma solitária.

Pessoas Normais é uma história de fascínio, amizade e amor mútuos, que acompanha a vida de um jovem casal que tenta separar-se mas que acaba por entender que não o consegue fazer. Mostra-nos como é complicado mudar o que somos e o modo como aprendemos sobre sexo e poder, o desejo de magoar e ser magoado, de amar e ser amado.
O livro obteve o Prémio Costa 2018 para Melhor Romance (Rooney foi a autora mais nova a vencer este prémio, com apenas 27 anos), foi livro do ano pela Waterstones e finalista do Man Booker Prize 2018, do Women’s Prize for Fiction 2019 e do Dylan Thomas Prize 2019. O The Guardian considerou-o “o fenómeno literário da década” e “um futuro clássico”, e o The Times “melhor romance do ano”.


3 — A Balada do Medo, de Norberto Morais
O autor de O Pecado de Porto Negro retoma personagens que parecem saídas do que de melhor produziu a literatura de uma América Latina aqui reinventada.


4 — Agnes Grey, de Anne Brontë
Agnes Grey é baseado na experiência da autora. O romance pretende responder, através da história de uma jovem mulher que se vê obrigada a trabalhar como preceptora, à pergunta: Qual o lugar da mulher na sociedade vitoriana?


5 — Pequenas Misérias da Vida Conjugal, de Honoré de Balzac
Balzac revela-se aqui um divertido observador da intimidade dos casais.

No essencial, apresenta-nos dois tipos humanos. De um lado, Adolphe, de desesperante aridez mental; do outro, Caroline, reduzida à dependência. Os dois jovens esposos vão percorrer o caminho que leva das promessas de felicidade às desilusões.


6 — Memórias, Sonhos, Reflexões, de Carl Gustav Jung
Trata-se de uma antologia de artigos e entrevistas do que depois de ter sido o mais talentoso discípulo de Freud elaborou uma das mais influentes teorias psiquiátricas do século xx.

O livro foi escrito quando, aos 81 anos, Jung decidiu contar a história da sua vida.


7 — Provocações — Ensaios Escolhidos, de Camille Paglia
O feminismo heterodoxo e combativo de Paglia continua a chocar os que mergulham na letargia do politicamente correcto. Mostra-se capaz de ter em conta os aspectos biológicos do ser humano, sem esquecer as dimensões sociais e culturais nem cair no conservadorismo.


8 — O Custo de Vida, de Deborah Levy
Neste livro, parte de uma trilogia, a autora percorre os caminhos da independência da mulher nos tempos de hoje.

A autora reflecte sobre o que é viver com significado e prazer, procurando a liberdade última, que é a de escrever a nossa própria vida, reflectindo ao mesmo tempo sobre a obra de artistas e pensadores como Simone de Beauvoir, James Baldwin, Elena Ferrante, Marguerite Duras, David Lynch e Emily Dickinson.
Deborah Levy recebeu este ano a terceira nomeação para o Man Booker Prize.


 AGOSTO

1 — Casas de Vidro, de Louise Penny
Num frio dia de Novembro, uma misteriosa figura aparece na povoação de Three Pines, provocando incómodo, alarme e confusão entre quem a vê.

O Superintendente-Chefe Armand Gamache percebe que qualquer coisa está profundamente errada, mas só pode observar, esperando que os seus piores receios não se concretizem.
No entanto, quando a misteriosa figura desaparece e é descoberto um cadáver, Gamache tem de se lançar nas investigações.

O livro venceu o Agatha Award 2017 na categoria de Melhor Romance Contemporâneo.


2 — A Mesa dos Gatos-Pingados, de Michael Ondaatje
No começo dos anos 50, um rapaz de onze anos embarca com destino a Inglaterra. Durante as refeições, é sentado à “mesa dos gatos-pingados”, onde há adultos e outros dois rapazes. À medida que o navio atravessa os mares, os rapazes saltam de uma aventura para outra. Durante a noite, espiam um prisioneiro algemado. O crime que cometeu e o seu destino são um mistério que os atormentará para sempre.

O Wall Street Journal considera que a obra é “tão conseguida como a sua magnum opus, O Doente Inglês”.

 SETEMBRO

1 — O Sermão do Fogo, de Agustina Bessa-Luís
Através de Amélia, uma vidente que é protagonista do romance, conhecemos uma série de personagens e destinos arrastados na sua órbita. Esta filha de camponeses, e criada de servir, vai conhecer um destino surpreendente.


2 — Correspondência entre Agustina Bessa-Luís e Juan Rodolfo Wilcock (Prefácio de Ernesto Montequin)
É uma correspondência (inédita) entre dois intelectuais com afinidades, que relatam as suas viagens e falam de literatura e das suas vidas.


3 — O Abismo de Fogo, de Mark Molesky
O historiador norte-americano de Harvard escreveu a principal obra sobre o terramoto de Lisboa de 1755, um verdadeiro “Apocalipse da Ciência e da Razão”.


4 — Tudo no Seu Lugar, de Oliver Sacks
Uma das obras póstumas do autor de O Homem Que Confundiu a Mulher com Um Chapéu, que nos fala dos seus primeiros amores e nos narra as suas últimas histórias.


5 — Correspondências + Minhas Queridas, de Clarice Lispector
Nas suas cartas, a autora entreabre o seu “coração selvagem” aos leitores.


6 — Pensar sem Corrimão (antologia), de Hannah Arendt
Estes ensaios abordam temas que vão desde “Karl Marx e a Tradição do Pensamento Político Ocidental” até “Transições”, passando pelo totalitarismo e a violência na sociedade americana.


7 — Superinteligência, de Nick Bostrom
O autor, investigador em Oxford, examina um problema essencial do nosso tempo, a possibilidade humana de controlar o avanço para a superinteligência antes de ser demasiado tarde.

O livro foi altamente recomendado por Bill Gates e Elon Musk, entre outros.

8 — Atlas do Corpo e da Imaginação, de Gonçalo M. Tavares
Este livro atravessa a literatura, as artes e o pensamento, tendo como temas a identidade, a tecnologia, a morte e as ligações amorosas, a racionalidade e a loucura, a alimentação e o desejo. Uma obra dirigida a todos os sentidos.


9 — Antologia, de João Miguel Fernandes Jorge
Joaquim Manuel Magalhães escolheu o que para si são os melhores poemas de João Miguel Fernandes Jorge.


10 — O Senhor Swedenborg e as Investigações, de Gonçalo M. Tavares
O Senhor Swedenborg realiza as suas investigações geométricas, enquanto escuta uma conferência do Senhor Eliot. Entre muitas outras coisas, apresenta um método para esquecer um acontecimento desagradável.


11 — Os Invisíveis, de Roy Jacobsen
Na primeira metade do século xx, a vida dos pescadores e camponeses daquela ilha não é fácil. Mas à família Barrøy não faltam recursos. O pai de Ingrid sonha com mais filhos, uma ilha maior, e um molhe que o ligue ao continente. A mãe pretende uma ilha mais pequena, mais filhos e uma vida diferente. Ingrid cresce entre o oceano e as tempestades, os pássaros e o amplo horizonte. Mas o ciclo das tarefas e dos dias vê-se interrompido pela súbita irrupção do mundo exterior.

Finalista do Man Booker International Prize 2017.

12 — A Rebelião das Massas, de José Ortega y Gasset

«O homem vulgar, antes dirigido, resolveu governar o mundo. Esta resolução de avançar para o primeiro plano social produziu-se nele automaticamente assim que amadureceu o novo tipo de homem que ele representa.»

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